Dudu do Cavaco, o primeiro músico com Síndrome de Down do Brasil a gravar um CD e DVD, em visita à UFJF-GV. (Foto: Dante Rodrigues)

Foi celebrado neste domingo, 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down. Criada em 2006, a data visa conscientizar a população sobre esta alteração genética que se caracteriza pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo. As pessoas com Síndrome de Down possuem 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

Coordenadora do projeto de extensão Trissomia do 21 do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), Andréia Peraro afirma que a data deve servir para alertar a sociedade de que as pessoas com Síndrome de Down merecem mais respeito e menos preconceito. “Percebo que as pessoas com Síndrome de Down que tem mais apoio da família, mas sem super proteção, se desenvolvem mais, tem mais autonomia, então essa data serve para lembrarmos que as pessoas com Síndrome de Down existem, merecem respeito e principalmente oportunidade. A luta é diária, luta por uma sociedade mais inclusiva, livre de preconceitos. mais acessos à estimulação precoce(fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional) para famílias de baixa renda”, afirmou.

De acordo com as Organizações das Nações Unidas, todos os anos uma média de 3 a 5 mil crianças nascem com a síndrome. Já no Brasil, segundo a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, estima-se que a Trissomia do 21 esteja presente em 1 de cada 700 nascimentos.

No entanto, preconceito e desinformação ainda são frequentes quando se aborda a Síndrome de Down. Dentre os quais, um dos mais comuns é chamar a T21 de doença. “T21 ou Síndrome de Down não é uma doença, é uma condição genética e não se diz portador de Síndrome de Down e sim pessoa com Síndrome de Down”, alerta Peraro.

Clicando aqui é possível desmistificar uma série de informações equivocadas sobre o assunto. Elaborada pela Fundação Síndrome de Down, a lista com mitos e realidades traz observações necessárias para que a sociedade se informe corretamente, dê visibilidade ao tema e mais oportunidades às pessoas com T21.