Da esquerda para a direita: professor Geraldo José de Paiva, professor Lélio Moura Lourenço, professora Márcia Helena Fávero de Souza, professora Marta Helena de Freitas (no vídeo), doutoranda Pedrita Reis Vargas Paulino e professor Alexander Moreira-Almeida (foto: arquivo pessoal)

Apesar de a maioria dos psicólogos ter filiação religiosa (78,3%), a frequência dos sem religião é quase três vezes maior que a da população brasileira. Esse foi um dos resultados obtidos na tese de doutorado da psicóloga Pedrita Reis Vargas Paulino, que procurou conhecer o perfil e as implicações da religiosidade/espiritualidade (R/E) e saúde em uma amostra de 4.300 profissionais da área. A pesquisa realizada por meio do Programa de Pós-graduação em Psicologia (PPGPSI), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), é considerada uma das poucas que investigam essa questão entre os trabalhadores da saúde mental. 

De acordo com a psicóloga, a maioria dos respondentes era do sexo feminino, com elevado nível de escolaridade (pós-graduação) e atuando na prática clínica. Segundo Pedrita, o estudo também apontou que, apesar de grande parte dos profissionais considerar a religião benéfica para a saúde mental (62%), uma parcela considerável julga que as questões R/E não são relevantes para o tratamento proposto (65%). “Acredita-se que isso tenha relação com a falta de treino específico sobre como lidar com R/E na clínica, treino esse afirmado por apenas 24,2% dos respondentes.” 

Diante do contexto dos resultados obtidos, Pedrita avalia que há necessidade de desenvolvimento de competências e habilidades para uma compreensão e inclusão desta dimensão na prática profissional de cuidados em saúde mental.

O professor orientador, Alexander Moreira-Almeida, avalia que a pesquisa faz uma investigação em profundidade de vários aspectos da religiosidade e espiritualidade (R/E) dos psicólogos no Brasil. Na opinião dele,  “ao fornecer um panorama abrangente de vários aspectos R/E dos psicólogos no Brasil, bem como as implicações para a pesquisa e a prática clínica, o estudo servirá de base para futuras pesquisas que busquem um melhor entendimento do tema, bem como para medidas de treinamento dos psicólogos e alunos de psicologia, a fim de que sejam capacitados a abordarem a R/E dos pacientes de modo ético e baseado nas melhores evidências científicas disponíveis.”

Contatos:
Pedrita Reis Vargas Paulino
pedritarvp@gmail.com

Alexander Moreira-Almeida
alex.ma@medicina.ufjf.br

Banca Examinadora:
Prof. Dr. Alexander Moreira-Almeida – (Orientador – UFJF)
Prof. Dr. Lélio Moura Lourenço – (UFJF)
Prof. Dra. Márcia Helena Fávero de Souza – (UFJF)
Prof. Dra. Marta Helena de Freitas – (Universidade Católica de Brasília)
Prof. Dr. Geraldo José de Paiva – (Universidade de São Paulo)

Outras informações: (32) 2102- 6321 – Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)