A prevenção ainda é o principal antídoto para os nossos problemas de saúde. Com o suicídio não é diferente. O fenômeno – responsável pela morte de um milhão de pessoas todos os anos – encontra na educação e no diálogo as medidas preventivas mais eficazes.

O psicólogo do setor de Apoio Estudantil do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV) explica que “quando uma pessoa decide tirar a própria vida chegou no último estágio de um processo de adoecimento psicológico extremamente grave, porque não está conseguindo visualizar uma outra saída para as suas dificuldades que não seja se matar e acabar com tudo”. Segundo Lucas Nápoli, para não chegar a esse nível, é preciso alertar as pessoas sobre a importância do cuidado com a saúde mental.

Pensando nisso, o psicólogo preparou uma série de estratégias para ajudar os estudantes a lidarem com as situações de sofrimento psicológico que surgem no ambiente acadêmico, impulsionadas principalmente pelas dificuldades de adaptação ao novo contexto, excesso de tempo dedicado aos estudos, aumento do nível de exigência na formação, modificações na rotina do sono, dentre outros fatores.

Nápoli divide essas estratégias em dois grupos: individual e coletivo.

Individuais:
– Desenvolver habilidades de organização nos estudos;
– Não se isolar; buscar a formação de vínculos positivos;
– Buscar a ajuda de colegas, amigos, familiares e, quando necessário, de profissionais;
– Dormir pelo menos 7 horas por dia;
– Alimentar-se bem, procurando adotar uma dieta equilibrada;
– Evitar o uso de álcool, cigarro e outras drogas;
– Reservar momentos exclusivamente para o lazer e o descanso.

Coletivas:
– Fortalecer os diretórios acadêmicos e outros coletivos visando o enfrentamento de posturas arbitrárias e outras formas de opressão psicológica na universidade;
– Desconstruir o mito de que a passagem pela universidade pública precisa ser necessariamente marcada por sofrimento, desgaste e níveis excessivos de exigência;
– Participar de espaços de discussão e deliberação na universidade, como reuniões de departamento, colegiados de curso e encontros com o reitor;
– Fazer sugestões e solicitações para tornar a universidade um ambiente mais favorável à saúde mental;
– Solidarizar-se com os colegas que porventura tenham sofrido assédio moral ou outra forma de opressão psicológica no ambiente universitário e denunciar práticas dessa natureza.

Estas são apenas algumas orientações para ajudar o estudante a melhorar sua saúde mental. Mas a UFJF-GV dispõe de psicólogos para atendimento individualizado dos discentes. Basta entrar em contato com o setor de Apoio Estudantil. Os agendamentos podem ser feitos presencialmente, na sede administrativa (rua São Paulo, 745, Centro), por e-mail (lucas.napoli@ufjf.edu.br e alessandra.efrem@ufjf.edu.br) ou pelo telefone (3301-1000, ramal 1112).