Em reunião realizada na última segunda-feira, 12, a Comissão Permanente de Acessibilidade do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) discutiu propostas que promovam a melhoria da acessibilidade no entorno da região da Unipac, local em que são ministradas aulas dos cursos vinculados ao Instituto de Ciências da Vida (ICV).
Dentre as propostas a serem encaminhadas à Prefeitura de Governador Valadares estão a implantação de faixas de travessias elevadas nos locais em que há um fluxo maior de estudantes e o nivelamento das calçadas. “Temos percebido que muitas dificuldades enfrentadas por estudantes com deficiência física no campus são potencializadas por problemas de ordem infraestrutural presentes nas vias que circundam o prédio da Unipac, como, por exemplo, a impossibilidade de locomoção em algumas calçadas devido a irregularidades e desníveis. Essa impossibilidade eventualmente se dá tanto para pessoas que fazem uso de cadeiras de rodas quanto por quem não precisa do equipamento”, destacou Lucas Nápoli, presidente da comissão.
Também foram debatidos problemas de acessibilidade na parte interna do prédio da Unipac. “Algumas das questões que ainda não foram solucionadas dependem de ações que a Unipac precisa realizar e que ainda não foram feitas, como reparos nos elevadores e a mudança do local de entrada dos estudantes na instituição. A UFJF já fez a cobrança via ofício e, com base no que foi discutido na reunião, reforçará as solicitações novamente”, ressaltou Nápoli.
Criada em 2017, a Comissão Permanente de Acessibilidade da UFJF-GV é formada por seis TAEs, dois docentes e dois alunos, que se reúnem todos os meses para desenvolver ações e projetos destinados a tornar o espaço acadêmico mais inclusivo e acessível a todos. Conforme Nápoli, a Comissão de Acessibilidade tem trabalhado ativamente em parceria com a Direção Geral na busca pela superação das barreiras que dificultam a acessibilidade de pessoas com deficiência no campus. “Essa superação não é um processo fácil nem simples, pois envolve a atuação conjunta de diversos atores e a uma mudança de cultura”.
Agregadora das demandas relativas à acessibilidade no campus, a Comissão iniciou recentemente um levantamento junto às coordenações dos cursos sobre dificuldades enfrentadas por estudantes com necessidades especiais. De acordo com Nápoli, “é importante que os diversos atores da comunidade acadêmica encaminhem primeiramente à Comissão as questões de acessibilidade para que seja feita a avaliação das demandas e os devidos encaminhamentos com vistas à promoção de uma universidade cada vez mais acessível e favorável à diversidade”.
Para Peterson Andrade, diretor geral do campus GV, os trabalhos da comissão são indispensáveis para orientar a administração sobre as medidas necessárias de acessibilidade e inclusão no ensino superior. “Contamos com técnicos e docentes capacitados para buscar as melhores soluções disponíveis para nossa comunidade acadêmica. Faremos todos os esforços possíveis para o aprimoramento da acessibilidade e busca de recursos para amenizar os transtornos gerados pelas barreiras existentes. Os encaminhamentos da comissão relacionados às providências pelo Governo Municipal serão encaminhadas por esta direção à Secretaria Municipal de Obras de Governador Valadares”.