O pesquisador Fernando Tavares ao lado de alunos da Escola Estadual Olavo Costa (Foto: Alissa Andrade)

Como é possível ajudar a sociedade através do estudo? Existe uma maneira de enfrentar os problemas do dia a dia por meio da ciência? Como parte do projeto “A Ciência Que Fazemos”, a Escola Estadual Deputado Olavo Costa recebeu, na manhã desta sexta-feira, 26, o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernando Tavares que desenvolve pesquisa em áreas como políticas públicas, educação, sucesso e trajetórias.

De forma descontraída, o professor se apresentou na sala que acomodou alunos do 9º, 2º e 3º ano. Com intuito de ilustrar os objetivos da pesquisa no campo de ciências sociais, Tavares perguntou aos presentes se já tinham ficado gripados e, unanimemente, responderam que sim. “E como cura a gripe? A área médica pesquisa o corpo humano; a farmacêutica, o remédio; e, assim, se descobre como tratar”, afirmou o professor. Continuando o raciocínio, ele pediu que pensassem nas plantas e como o estudo da biologia pode encontrar um meio de ajudá-las. “Mas e quando quem está doente é a sociedade? A violência, por exemplo, é uma doença da sociedade – e as ciências sociais podem estudar isso e tentar encontrar um ‘remédio’.” 

O pesquisador ainda explicou como as ciências sociais podem ajudar na resolução de problemas enfrentados diariamente e destacou a importância de que as propostas não se limitem ao papel. Para isso, é necessário que se apliquem as soluções para os problemas de políticas públicas. Assim como não é possível forçar alguém a tomar um remédio quando se está doente, não se pode esperar que, sem ações, determinados problemas sociais sejam erradicados. Após esta reflexão, o pesquisador convidou os alunos para conhecerem o Instituto de Ciências Humanas (ICH) e encerrou a conversa após esclarecer algumas dúvidas. O aluno Yuri Sá Freire disse que gostaria que a escola tivesse outros eventos como este e propôs um tema que conscientize os alunos da importância de respeitar os professores.

Incentivo para os alunos
Alguns dos alunos que se mostraram tímidos quando o professor abriu espaço para questionamentos, o procuraram após a apresentação para tirar dúvidas sobre as áreas que já escolheram cursar, sobre os institutos e faculdades da Universidade. Foi o caso de Felipe Melo, que se interessa por Engenharia Mecatrônica e afirmou que não sabia muito sobre as possibilidades dentro da UFJF. Para ele, a palestra e a conversa com Fernando foram “muito interessantes, tiraram várias dúvidas”.

Já a professora de ciências e biologia, Adelc Medeiros disse perceber que os alunos pareceram mais motivados após esse contato. “Quando chega alguém de fora, eles tem um outro olhar. Nós, enquanto professores de certa área, às vezes não abrimos este espaço para eles falarem, e eu também fiquei muito feliz com as respostas deles”, avaliou.