Evento foi presidido pelo diretor de Ações Afirmativas da UFJF, Julvan Moreira de Oliveira (primeiro à esquerda), acompanhado de representantes da Ufop, da Ufes e da UFF (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

O Centro de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebeu, nesta quinta, 27, o seminário “A constituição de comissões de verificação de vagas em cotas para Pretos, Pardos e Indígenas. Desafios e experiências”. O evento contempla a programação da reunião da Regional Sudeste do Colégio de Pró-reitores de Graduação da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Cograd/Sudeste-Andifes).

Participam do encontro, que termina nesta sexta, 28, gestores de graduação de todas as universidades federais dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, e dos centros federais de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ) e de Minas Gerais (Cefet-MG).

O seminário foi presidido pelo diretor de Ações Afirmativas da UFJF, Julvan Moreira de Oliveira, que esteve acompanhado dos professores Adilson Pereira dos Santos, Zenólia Christina Campos Figueiredo, e José Rodrigues de Farias Filho, das pró-reitorias de Graduação das universidades federais de Ouro Preto (Ufop), do Espírito Santo (Ufes) e Fluminense (UFF), respectivamente.

Moreira traçou um histórico das desigualdades enfrentadas por certas parcelas da população brasileira, como pardos, indígenas e, especialmente, negros. “As ações afirmativas no Brasil são fruto de um processo histórico de reivindicação dos negros brasileiros contra a desigualdade sistêmica sofrida por esta população”, observou.

O pesquisador ainda ponderou os problemas estruturais do atual sistema de cotas aplicado ao ensino superior brasileiro e citou instrumentos que buscam corrigir algumas distorções encontradas, além de apurar denúncias de possíveis fraudes ao sistema. “A Universidade Federal de Juiz de Fora criou uma Comissão de Sindicância, que eu presidi, e essa comissão, além do critério fenotípico, considerou a identidade coletiva – por exemplo o grupo familiar do qual o estudante faz parte –  e não individual, e as narrativas sobre as experiências sofridas de preconceito e racismo por parte do estudante e/ou de sua família”.

O pró-reitor de Graduação da Ufop também citou o exemplo da Comissão de Sindicância instalada naquela Universidade e expôs o trabalho desenvolvido na Instituição desde 2017. “Na Ufop, 83% dos denunciados não atendiam aos requisitos para se enquadrar como cotistas”, revelou Pereira.

Durante os dias de encontro, além de questões relacionadas às comissões de verificação de pessoas com deficiência, pretas, pardas e indígenas, os participantes debatem os processos e dinâmicas próprios dos cursos de graduação, além do acompanhamento acadêmico dos graduandos.

Também estiveram presentes a pró-reitora de Graduação da UFJF, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, e o pró-reitor adjunto e coordenador do Cograd/Sudeste, Cassiano Caon Amorim.

Confira a programação completa da reunião do Cograd

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Outras informações
(32) 2102-3975 – Pró-Reitoria de Graduação