No terceiro dia do Pint, os pesquisadores conversam sobre africanidades, tecnologia e gênero e sexualidade. (Foto: Freepik / Visualhunt

No terceiro dia do Pint of Science, os pesquisadores conversam sobre africanidades, tecnologia e gênero e sexualidade. (Foto: Freepik / Visualhunt)

Esta semana, o happy hour vem com doses de ciência: a partir desta segunda-feira, 14, começa o Pint of Science, festival internacional de divulgação científica que chega, pela primeira vez, em Juiz de Fora. A programação, que segue até quarta-feira, 16, reúne o útil ao agradável e leva pesquisadores renomados para conversas descontraídas, sobre seus temas de pesquisa, em bares da cidade. Com a expectativa de 50 mil pessoas comparecendo em todo o país, o evento não exige inscrição, pagamento ou reserva para participar.

Confira os temas do primeiro dia | Confira os temas do segundo dia

No terceiro e último dia do Pint of Science, quarta-feira, 16, as temáticas abordadas são africanidades, tecnologia, gênero e sexualidade:

Tecnologia, pra quê te quero?
O bar Na Garganta recebe os pesquisadores Eduardo Barrére, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e Artur Ziviani, do Laboratório Nacional de Computação Científica, para um bate-papo sobre como a  diversidade e aplicações da área de tecnologia. Enquanto o primeiro debate o crescente número de registros em vídeos feitos diariamente e disponibilizados na internet, e quais recursos tecnológicos são associados à essa mídia, o segundo discorre sobre big data e suas implicações, positivas e negativas, para o futuro (além de como essa área pode ajudar outras, como a de saúde, transporte e marketing). O painel começa às 19h30 e segue até às 21h. O Na Garganta fica localizado na avenida Barão do Rio Branco, 267, bairro Manoel Honório.

O que me define? Um debate para além dos rótulos
Já no bar Arteria, o debate é para além dos rótulos — os pesquisadores da UFJF, Anderson Ferrari e Alexandre Cadilhe, conversam sobre gênero e sexualidade nos âmbitos da escola e da linguagem. Enquanto Ferrari expõe avanços científicos da área, além de debater formas de lidar com a diversidade e praticar o respeito dentro das escolas, Cadilhe aborda as diferentes performances de masculinidades no mundo social através da linguagem, conversando sobre o que são masculinidades hegemônicas e reconhecendo as chamadas periféricas e alternativas. O painel começa às 19h30 e segue até às 21h. O Arteria fica localizado na rua Chanceler Oswaldo Aranha, 545, bairro São Mateus.

Africanidades
No bar Brauhaus, o tema trabalhado são as características, ensinamentos e heranças africanas. Com o intuito de mostrar a dinamicidade do continente africano, a pesquisadora da UFJF, Fernanda Thomaz, apresenta o que aprendeu com sua pesquisa sobre as mulheres do norte de Moçambique — que estão longe de se encaixar no esteriótipo de submissão –, abordando a questão de gênero e sexualidade. Sua colega de painel, também professora da UFJF, Enilce Rocha, do curso de Letras da UFJF, abordará pensamentos teórico-poético de Éduard Glissant, que discute os processos híbridos cultural das Américas a partir do tráfico de escravos e sistemas de plantações, observando assim, as convergências culturais. O painel acontece a partir das 19h30 e segue até às 21h, no Brauhaus Zeppelin, localizado na rua Roberto Stiegert, 21, bairro São Pedro.