Debater, elaborar e propor políticas para a Assistência Estudantil. Essas são propostas do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis (Fonaprace), que realiza esta semana o 1º Encontro Regional Sudeste 2018. O evento teve sua abertura nesta terça-feira, 17, no Cine-Theatro Central. Pela primeira vez na história, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sedia o encontro, que, nesta edição, aborda os “30 Anos de Fonaprace na luta pela Assistência Estudantil”.
A mesa de abertura contou com a presença do reitor, Marcus David; do pró-reitor de Assistência Estudantil da UFJF, Marcos Freitas; da deputada federal e ex-reitora da UFJF, Margarida Salomão, do representante do Diretório Central dos Estudantes, Vitor Victor e dos professores André Alexandre Guimarães Couto (Coordenação Sudeste/Cefet/RJ) e César Augusto da Ros (Coordenação Nacional/UFRRJ)..
O reitor destacou a relevância do Fórum para as políticas de Assistência Estudantil e a satisfação da UFJF em receber o evento. Ele comentou sobre os desafios na defesa dos direitos sociais e das universidades públicas. “Além das condições de acesso, fez-se necessária também a criação de condições de permanência do aluno na universidade. Esse cenário já teve contextos mais favoráveis, mas neste momento enfrentamos muitas dificuldades”, observou David. Apesar das complexibilidades atuais, o reitor exaltou o trabalho da Pró-reitoria de Assistência Estudantil da UFJF, que vem sendo construído junto aos estudantes.
Diante do atual momento político, Freitas comentou da necessidade do diálogo. “Estamos observando perdas sociais que foram conquistadas com dificuldades ao longo dos anos. Então, é um momento que essas discussões se impõem para que possamos garantir uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. Além de uma assistência estudantil que atenda verdadeiramente as demandas dos estudantes”, declarou.
Expectativa e resistência
Para a deputada, as expectativas que foram se construindo ao longo dos últimos anos estão sendo quebradas. “Este século se iniciou de uma forma promissora, através do Reuni, das políticas de cotas e dos programas de acessibilidade. Diante do atual cenário, estamos aqui para resistir, lutar pelas conquistas”. Ela salientou a necessidade da política estudantil ser uma política estadual e não governamental.
Couto, por sua vez, destacou a importância das universidades na formação dos estudantes além do âmbito profissional. “É essencial trabalhar as questões de diversidade e acessibilidade, de forma que os estudantes levem tudo isso para fora da universidade”. Já Ros comentou sobre a ruptura de toda a expectativa que foi construída no país. Segundo ele, o contexto atual faz com que a união e a reflexão sejam fundamentais para que possamos garantir as conquistas sociais e combater o retrocesso. Representando o DCE, Victor levantou a necessidade das discussões para que os estudantes possam ter uma assistência estudantil efetiva.
Após a abertura, o evento contou com mesas temáticas que abordaram a conjuntura nacional da assistência estudantil e de acessibilidade e inclusão, que teve a presença das professoras Patrícia Tropia, Maria Nivalda de Carvalho Freitas e Aline Araújo Passos.
Pesquisa do Perfil Socioeconômico
Durante o evento foi enfatizada a importância da realização da Pesquisa do Perfil Socioeconômico dos Estudantes das Universidades Federais. A professora Patrícia Tropia apresentou dados e comentou sobre pesquisas anteriores. Ela destacou também conquistas que tiveram influência desse recurso. A V Pesquisa do Perfil Socioeconômico dos Estudantes das Universidades Federais é feita pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Confira a importância da participação dos alunos, de acordo com Patrícia Tropia.
As ações do Fórum continuam nos dois próximos dias. A programação está disponível no site do evento.
Outras Informações
(32) 2102-3777 – Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae/UFJF)