É a primeira vez que o quarteto se apresenta em Juiz de Fora (Foto: Divulgação)

É a primeira vez que o quarteto se apresenta em Juiz de Fora (Foto: Divulgação)

O Quarteto BH Trompas é a atração desta terça-feira, dia 25, às 20h, na Igreja  São Sebastião, no 28º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, com entrada franca. É a primeira vez que o grupo se apresenta em Juiz de Fora, e, segundo José Francisco dos Santos, um de seus integrantes, o Quarteto considera o evento uma oportunidade de divulgação da trompa, instrumento usado normalmente em orquestras e que, na formação do conjunto, ganha destaque. “O momento é crítico. A música clássica é pouco ensinada, pouco divulgada e com acesso limitado, por isso acredito que o festival de Juiz de Fora, como outros poucos no Brasil, é de muita importância. É uma das poucas formas de se levar a boa música ao conhecimento de todos, através de concertos”.

O repertório da apresentação do Quarteto BH Trompas vai passar por vários períodos, começando pelo transição entre o renascimento e o barroco de Gabrieli, até o período atual de Kerry Tunner, com algumas músicas escritas originalmente para quarteto de trompas.

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O Quarteto BH Trompas faz apresentações em espaços culturais, escolas de música e também em colégios públicos municipais e estaduais de ensino fundamental, divulgando a trompa e sua utilização em quartetos.

O grupo teve papel fundamental no 1º Recital de Trompas Mineiras, que aconteceu no auditório da escola de música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com um repertório que explorou as formações com quatro, oito, 12 e 16 trompas e, desde então, dedica-se também à organização de recitais com um grupo maior de trompistas. Na apresentação do Festival, utilizará as formações quarteto e sexteto.

O BH Trompas é composto por Gustavo Garcia, José Francisco dos Santos, Lucas Filho e Priscila Viana e se dedica ao repertório original para essa formação.

Programa

GIovanni Gabrieli:  Ricercar  é um tipo de composição instrumental da Renaissance tardia e do início do Barroco. O termo significa pesquisar e muitos dos Ricercares têm função de introdução da tonalidade ou do modo de peça que se segue.

John Bennet: Madrigals  está escrito para quatro partes vocais e foi publicado pela primeira vez em 1599 em Roma. Possivelmente o primeiro compositor de madrigais. São quatro movimentos, porém o grupo vai tocar o primeiro e o terceiro: I Whenas I Glance, III So Gracious.

Mitushin: Concerto para Quarteto de Trompas. A versão que normalmente vemos foi publicada pelo Southern em 1968, porém, foi tocada pela primeira vez em 1964, pelo quarteto de trompas da Sinfônica de Chicago, com três movimentos. I Maestoso, II Andante, III Allegro.

Kerry Tunner: Fanfare For Barcs (“Tocata para Barcos”) foi escrito em 1989 para o quarteto de trompas americano comemorar o seu sucesso na 4ª competição internacional Phillip Jones de música de câmara. O Quarteto N° 3 para quarteto de trompas foi escrito no verão de 1992, projetado para ser o principal trabalho de qualquer concerto de quarteto de trompas. Tem quatro movimentos, porém, o BH Trompas vai tocar três: I The Sooners, III The Ghost Town Parade, IV Finale.

Integrantes

Gustavo Garcia Trindade: iniciou seus estudos em 1991, na Banda de Música 12 de Março. De 1998 a 2001, cursou o bacharelado em Trompa na Universidade do Estado de Minas Gerais. Participou de aulas e festivais com Adalto Soares; Edward Brown; Eric Ruske; Luiz Garcia; Mario Rocha; e Sergio Gomes. Atuou junto à Orquestra Sinfônica Nacional e, como músico convidado, na Orquestra Petrobras Sinfônica. Em 2001, venceu o Concurso Jovens Solistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na categoria Banda Sinfônica, e, um ano depois, foi o ganhador do 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Instrumentistas e Regentes, seção Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Modalidade Metais.Atualmente, integra o naipe de trompas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e é Músico Técnico na Orquestra da Escola de Música da UFMG.

José Francisco dos Santos: iniciou seus estudos de Trompa na escola Municipal de Música de São Paulo entre 1995 e 1998, sob orientação de Ozéas Arantes. Em 1999, ingressou na Universidade Livre de Música de São Paulo, onde se aperfeiçoou com o professor Mário Rocha. Participou dos festivais de Londrina e Garulhos, estudou com os professores Zdenek Swuab, Daniel Grabis e Daniel Havens e foi ouvinte masterclass com o trompista Radovan Vlatkovic. Em 1999, passou a integrar a Orquestra Amazonas Filarmônica, na qual permaneceu até janeiro de 2008. Atuou como solista do Concerto para quatro trompas e orquestra de Schumann ao lado da Amazonas Filarmônica no ano de 2006. Foi, ainda, primeiro trompista no ciclo de óperas O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner, na Sexta Sinfonia de Brückner, na Quinta de Tchaikovsky, na Quinta de Shostakovitch, na Sétima de Beethoven, na Nona de Dvorák, entre outras. Atualmente, integra o naipe de trompas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Lucas Filho: iniciou sua formação musical com seu pai em 1999. Graduou-se pela Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais em 2011, na classe da professora Sarah Ramez. Na Orquestra Sinfônica da UEMG, Lucas foi Trompa Principal de 2007 a 2010. Atuou como Trompa Principal na Orquestra Jovem do Palácio das Artes de 2005 a 2007, época em que estudou com o professor Ailton Ramez no Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Participou de aulas e festivais com os professores Bostjan Lipovsek; José Costa; Luiz Garcia; Nigel Downing; Samuel Hanzen; Stefan Dohr; e Will Sanders. Atuou como músico convidado das orquestras de Câmara de Ouro Branco; Filarmônica do Espírito Santo; e Sinfônica de Minas Gerais. Ao lado da Neojibá, orquestra jovem do Estado da Bahia, apresentou-se na abertura do festival Young Euro Classic, no KonzertHall, em Berlim; no Victoria Hall, em Genebra, com participação da pianista Maria João Pires; e no Royal Festival Hall, em Londres, como parte da turnê do pianista Lang Lang.

Priscila Viana: natural de Belo Horizonte, iniciou seus estudos de trompa no Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. É bacharel em Música – Trompa pela Universidade do Estado de Minas Gerais com o professor Sérgio Gomes. Em 2013, passou a integrar o naipe de trompas da Orquestra Sinfônica da UFMG após ser transferida da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense. Em 2003, participou como solista do Concerto Jovens Solistas de Metais, realizado no Teatro Municipal de São Paulo.Como convidada, tem atuado na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais; Orquestra Filarmônica de Minas Gerais; Orquestra Sinfônica da USP; Orquestra Bachiana Brasileira; Orquestra Filarmônica do Espírito Santo; entre outras.

Todos os concertos noturnos serão precedidos de palestras ministradas pelo Prof. Rodolfo Valverde (UFJF), com início às 19h, nos mesmos locais das apresentações.

A Igreja São Sebastião fica localizada na Rua Santo Antônio, atrás do Parque Halfeld, no Centro da cidade.

Confira a programação completa do 28º Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga

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