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Professora sugere ensaios, uso de gestos em sincronia com a fala e variação no ritmo da fala

Ao apresentar seminário na faculdade, defender dissertação ou relatório, bate aquele frio na barriga, a garganta fica seca e a voz trêmula? Esses sinais de nervosismo podem ser reduzidos, conforme aponta a atriz e  professora da Faculdade de Comunicação Márcia Falabella, que dá aulas de Comunicação e Expressão Oral.

A docente, especialista em linguagem corporal, é a convidada da coluna #UFJFoportunidades desta semana com dez estratégias para melhorar o desempenho em apresentações. Confira:

1 – Organize o conteúdo em núcleos

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As ideias e o argumento da apresentação ficam mais claros quando conectados

“Uma boa preparação está totalmente ligada ao domínio do conteúdo. Faça um brainstorming, ou seja, coloque todas as informações no papel. Em seguida, organize-as por núcleos, de maneira a conectar todos esses blocos.”

2- Liste informações extras
“Tenha sempre informações suplementares, sobretudo, quando a apresentação está condicionada ao tempo. O nervosismo faz com que muitas pessoas falem mais rápido, esgotando o conteúdo antes da hora prevista. Você pode administrar a apresentação também usando bons exemplos.”

3 – Ensaie a apresentação

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No ensaio, você pode contar com uma plateia especial

“É fundamental treinar a apresentação várias vezes em voz alta. Isso vai acertando a fala e dá uma certa tranquilidade ao orador. Avalie como pretende abrir e encerrar o discurso.”

4 – Varie o ritmo ao falar
“Fale com clareza, articulando bem as palavras. Não as acelere ou as atropele – isso pode atrapalhar totalmente o entendimento do conteúdo. Mas, atenção: para não manter um ritmo lento e monótono, porque dispersa os espectadores, o principal é ter energia, vigor e colorido vocal na hora da apresentação. Fala é música. É preciso usar diferentes ritmos, alturas, harmonias. Seja natural.”

5 – Use as mãos em sincronia com a fala

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Libere as mãos para dar ênfase à fala

“Use as mãos com adequação ao conteúdo falado. E não de maneira repetitiva. Evite os gestos nervosos e não esconda as mãos nos bolsos ou fique de braços cruzados.”

6 – Olhe para toda a plateia
“Dirija o olhar para o público todo, ainda que não esteja vendo ninguém, e sim uma grande massa. Olhar para um ponto ou uma pessoa só dá a impressão de exclusão do restante dos participantes. Também não olhe para o teto ou para o chão: o olhar desviante demonstra insegurança.”

7 – Priorize a fala à leitura do texto

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Para manter a plateia atenta, priorize sua explicação espontânea em vez da leitura

“Tente ao máximo não ler o que você preparou. Tenha em mãos apenas um esquema, um roteiro com palavras-chave para guiar sua apresentação. O uso da leitura cabe apenas quando se pretende citar alguma frase importante ou relatar datas ou informações estatísticas. Mantenha-se concentrado. E tenha fé e segurança de que tudo vai dar certo.”

8 – Mantenha o microfone estável
“Se for usar microfone, mantenha a boca sempre na direção dele, como se fosse uma extensão da boca. Muitas pessoas gesticulam com o microfone na mão, e o som fica quebrado.”

9 – Use tópicos em slides em vez de textos

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Textão no slide? Prefira tópicos concisos, números, citações

“Quanto ao recurso do datashow, muitos utilizam-no de maneira equivocada. Escrevem um texto enorme e, no momento da apresentação, leem o que está escrito. Isso é um desperdício de tempo e de recurso, além de subestimar o público que lê o mesmo que o orador. Sem contar que, ao ler, o falante coloca-se de costas para o seu público, cortando o contato visual, necessário para uma boa persuasão. A apresentação que utiliza o datashow deve conter apenas tópicos básicos, citações e imagens ilustrativas.”

10 – Não é só isso
“Nunca encerre a fala com as expressões ‘É isso!’ e ‘É só!’. São pobres e redutoras. Dá a impressão de que o conteúdo apresentado foi ‘pouco’ ou ‘insuficiente’. Encerre com uma síntese geral, uma frase de efeito ou mesmo um questionamento que leve os ouvintes a refletirem. E cuidado com piadas – elas podem derrubar seu discurso.”

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