No dia 6 de abril de 2016, o professor Marcus Vinícius David — que dirigira a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Facc) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entre 2010 e 2014 — tomava posse como reitor da UFJF, em cerimônia realizada na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília (DF). A Gestão Reconstruir a UFJF, que também é encabeçada pela vice-reitora Girlene Alves e conduzirá os rumos da Universidade até 2020, foi apresentada à comunidade acadêmica no dia 8 e iniciou seus trabalhos há exatamente um ano, no dia 11 daquele mês.

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” Para enfrentar tantos desafios, era fundamental que nós tivéssemos uma Universidade bastante unida e comprometida com seus ideais” – Reitor Marcus David (foto: Luiz Carlos lima/UFJF)

Para celebrar a data, lideranças do mandato pontuam as principais frentes de trabalho e apresentam, para a comunidade acadêmica, os primeiros resultados deste primeiro ano de gestão, considerado como um “período de transição e aprendizado” pelo reitor.

“Este primeiro ano de Gestão foi marcado por muitos desafios, tanto no âmbito interno, quanto no contexto brasileiro. Para enfrentar tantos desafios, era fundamental que nós tivéssemos uma Universidade bastante unida e comprometida com seus ideais”, afirma Marcus David.

Segundo o reitor, duas características foram marcantes neste período: “foi primordial estabelecermos muita transparência em todas as nossas ações e em todas as nossas decisões; era muito importante restabelecer a cultura colegiada de tomada de decisões. Uma outra característica foi o esforço para institucionalizarmos os processos e procedimentos dentro da UFJF.”

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“conseguimos, com a participação dos técnico-administrativos em educação, professores e discentes e o trabalho articulado de todos, tomarmos as decisões de maneira colegiada e democrática para a institucionalização e viabilização de processos importantes na superação desses desafios.” – vice-reitora Girlene Silva (foto: Twin Alvarenga – UFJF)

A vice -reitora Girlene Silva acrescenta: “Certamente não foi um ano fácil, nem na perspectiva econômica, nem na política, no cenário da educação pública brasileira. No entanto, apesar de todos os obstáculos, nós, na UFJF, conseguimos, com a participação dos técnico-administrativos em educação, professores e discentes e o trabalho articulado de todos, tomarmos as decisões de maneira colegiada e democrática para a institucionalização e viabilização de processos importantes na superação desses desafios.”

Para David, transparência e democracia são alguns dos princípios que têm norteado o trabalho da Gestão, que é conhecedora dos desafios que estão por vir. “Acreditamos que, com práticas como essas, que são características básicas da democracia, foi possível, apesar de tantas dificuldades, termos tido muitos avanços. Certamente, ainda temos muito trabalho pela frente, mas acreditamos que a Universidade pode cumprir o seu papel com cada vez mais qualidade e excelência.”

Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Proplan) prioriza reorganização institucional

A Proplan possui uma Pró-reitoria Adjunta de Orçamento e Finanças e tem, sob sua responsabilidade, as áreas de gestão orçamentário-financeira e patrimonial, compras, contratos, convênios, viagens, o planejamento de processos, além do Censo da Educação Superior, a área de Tecnologia da Informação e a Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara).

“Foi um ano de muito trabalho e que exigiu uma dedicação redobrada. Após realizarmos um diagnóstico completo da situação orçamentário-financeira da UFJF, foi necessário reescalonar prioridades, estabelecer pagamentos e planejar uma reorganização institucional. Como se nota, 2016 foi um ano de reestruturação organizacional para construir uma maior organicidade na vida universitária”, pondera o pró-reitor, Eduardo Condé.

O gestor cita a condução do Plano Diretor de Tecnologia de Informação (PDTI), a criação da comissão para o Plano de Logística Sustentável (PLS) e o planejamento das compras de material permanente para as unidades acadêmicas, além da construção Portal de Transparência da UFJF como produtos desta nova mentalidade organizacional.

“Agora, em 2017, está sendo dado encaminhamento a uma ação que a UFJF precisa realizar, não somente por exigência formal, mas porque representa instrumento de controle e planejamento: o inventário de todo o seu patrimônio. O principal desafio encontrado, e que estamos a superar, foi a desorganização institucional, um sem número de exigências a serem cumpridas, oriundas de órgãos de controle e protocolos muito confusos e personalistas, além de situações de endividamento não resolvidos e problemas contratuais. Nosso endividamento foi resolvido e nosso contratos estão sendo encaminhados com as correções devidas.”

Em março, Eduardo Condé foi eleito para exercer a vice-coordenação da Regional Sudeste do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração das Instituições Federais de Ensino Superior (Forplad).

Propp reestrutura pesquisa e pós-graduação

Ao longo deste primeiro ano, a Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (Propp) investiu em diversas frentes de trabalho, dada a dimensão do setor, que engloba, além da pós-graduação, toda a área de pesquisa da UFJF.

Com relação à pós-graduação stricto sensu e tendo em vista o final do quadriênio avaliativo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi criada uma rede de apoio aos Programas de Pós-graduação (PPGs), destinada ao correto preenchimento da Plataforma Sucupira da Capes, “constituída por uma oficina de trabalho, um FAQ (Frequently Asked Questions, que pode ser traduzido por ‘Perguntas Mais Frequentes’) e lista de discussão, o chamado SOS Sucupira. Estruturamos uma política de incentivo ao fortalecimento dos PPGs, baseado em três ações básicas: financiamento à vinda de pareceristas externos, o monitoramento do processo de recredenciamento do corpo docente e ainda uma série de ações vinculadas à internacionalização, em parceria com a Diretoria de Relações Internacionais”, explica a pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa, Mônica Ribeiro de Oliveira.

Dentre as ações de internacionalização dos PPGs, Mônica cita o financiamento de convidados estrangeiros para os programas com conceito 5, a tradução dos sites para a língua inglesa e uma resolução específica para a recepção de pesquisadores-colaboradores, nacionais e estrangeiros, que ganharão, por meio de um perfil no Siga, uma identidade institucional, acesso ao RU, wi-fi e às instalações esportivas do campus.

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Seminário de Iniciação Científica marcou uma das ações em 2016 (foto: Clara Downey/UFJF)

“No campo da pesquisa, encontramos um enorme passivo e muitos desafios. Conseguimos negociar, com o apoio dos pesquisadores do Instituto de Ciências Exatas e do Instituto de Ciências Biológicas, a instalação dos microscópios que estavam há anos parados. Eles ainda se encontram em fase de instalação e deverão dar origem a um laboratório multiusuário de microscopia. Também tratamos da instalação e da aquisição de outros equipamentos vinculados aos Editais ‘Finep’ e ao ‘Capes Equipamentos’ e prestamos contas, com êxito, recentemente”, acrescenta.

A Pró-reitora também destaca a continuidade do processo de seleção, distribuição e controle de aproximadamente 800 bolsas de iniciação científica e a realização da segunda Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade realizada em parceria com a Pró-reitoria de Extensão, prevista para outubro deste ano. “Recentemente foi criado o Fórum de Pesquisa da UFJF, como um espaço de discussão da política de pesquisa na Instituição. Estamos reunindo esforços para a reorganização da Editora da UFJF, tanto no que se refere à sua gestão financeira e administrativa, quanto ao seu espaço nas dependências do Centro de Vivência, cuja mudança ainda acontecerá em meados de 2017”, finaliza.

UFJF se reinsere no cenário cultural da Zona da Mata

A pró-reitora de Cultura (Procult), Valéria Faria, destaca uma série de ações realizadas neste primeiro ano de gestão e que, em sua análise, tem fortalecido a democratização das artes na Universidade e na cidade de Juiz de Fora. Diversos espaços foram palco das manifestações culturais, assim como projetos alvos de melhorias. “Este primeiro ano da gestão ‘Reconstruir’ proporcionou à Pró-reitoria de Cultura o fortalecimento do propósito de democratizar a arte em todas as suas formas e expressões, sistematizando um modelo de gestão que valoriza suas ações em harmonia com os ideais de promover a cidadania plena e as liberdades individuais, direitos inalienáveis do ser humano, independente de gênero, raça ou crença. Exemplar na defesa dessa concepção, o projeto Som Aberto fez bater o coração da Universidade Federal de Juiz de Fora, aproximando como nunca a sociedade e a comunidade acadêmica.”

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Som Aberto reúne a comunidade na Praça Cívica da UFJF (foto: Géssica Leine/UFJF)

Valéria ressalta a manutenção de espaços e eventos tradicionais, mesmo diante das questões políticas do cenário atual. “Foi possível dar continuidade a uma de nossas principais vitrines culturais, o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, proporcionando a preservação da memória artística que representa importante contribuição para a formação de nossa identidade. O palco do Pró-Música UFJF recebeu especial atenção com um projeto de reforma para garantir comodidade e segurança ao público, que continua conferindo as exposições da Galeria Renato de Almeida, tradicional espaço para a arte. Da mesma forma, representam significativa vitória desta gestão os projetos do Cine-Theatro Central, com as Visitas Guiadas e o Luz da Terra, inovando com o Central de Compositores nas escadarias desse patrimônio, que vem recebendo, ao longo de quase nove décadas, os principais nomes da música, do teatro, da dança.”

Na área da museologia e da memória, a pró-reitora destaca os trabalhos no Museu de Arte Murilo Mendes e no Memorial Presidente Itamar Franco, no Espaço Reitoria, no Centro de Conservação da Memória, e no Museu de Arqueologia e Etnologia Americana. “A Pró-reitoria de Cultura firma-se no propósito de contribuir positivamente para a transformação da própria instituição, que, finalmente, pode ser avaliada como um agente diferenciado e fundamental de fomento da cultura em Juiz de Fora e toda a região, com uma contribuição que se coaduna à representatividade que a Universidade Federal de Juiz de Fora conquistou neste primeiro ano de gestão.”

Imagem Institucional aproxima Universidade dos estudantes

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Iniciativa mostra espaços desconhecidos dentro da UFJF

Para o diretor de Imagem Institucional da UFJF, Márcio Guerra, o primeiro ano de gestão foi de grandes desafios, mas durante o qual também foi possível conquistar avanços significativos. “A começar pela recuperação da identidade do setor pelo nome, uma vez que é isso que fazemos, zelar pela imagem e trabalhar por ela em relação aos diversos públicos. Temos atingido um público muito especial na UFJF, que são os nossos alunos. Os relatos que estamos recebendo é que agora a instituição fala para eles. Nossas campanhas institucionais têm recebido retorno nacional. Nesse um ano, é importante destacar a introdução da cobertura das defesas de teses e dissertações, dando retorno importante à sociedade. Há dois novos projetos criados: ‘Check-in’, que mostra espaços desconhecidos dentro da UFJF e, agora, o ‘Tô aqui’, que recupera vínculos da instituição com seus ex-alunos.”

Progepe humaniza gestão de pessoas através de gestão participativa

Para a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Kátia Maria de Oliveira e Castro, “é importante destacar um relevante e peculiar estilo gerencial que vem sendo incrementado na UFJF, ou seja, a gestão participativa, a administração fundamentada nos princípios da transparência, das decisões compartilhadas, do diálogo com a comunidade, seja nas reuniões de gabinete ou nas reuniões do Conselho Superior, haja vista as longas discussões relativas ao Programa de Apoio à Qualificação – Graduação e Pós-Graduação stricto sensu e à flexibilização da jornada de trabalho, à prestação de contas, às novas propostas de melhorias de espaços físicos, todas estas, situações que impactam positivamente a vida de toda a comunidade acadêmica”.

Reitor Marcus David e pró-reitora Kátia - posse de servidores

Pró-reitora Kátia Maria ao lado do reitor Marcus David em uma das posses de servidores (foto: Twin Alvarenga/UFJF)

Segundo Kátia, mudanças culturais nas organizações são necessárias e saudáveis, na medida em que implementam melhorias comportamentais e despertam seus servidores para competências que, por vezes, se encontram latentes. “Temos observado nestes últimos meses um crescente número de projetos de impacto tanto dentro da UFJF como fora. Esta gestão está se fazendo presente no âmbito da nossa cidade e região; nossos pró-reitores têm sido incentivados a participar dos fóruns de suas respectivas áreas de atuação, representando a UFJF e inserindo-a nas discussões de cunho político, social, financeiro, científico, enfim, no cenário nacional e internacional”, pondera.

A pró-reitora acrescenta que esta gestão tem oferecido suporte para a implementação de melhorias procedimentais, destinadas a alavancar os trabalhos prestados pelos colaboradores, visando o atendimento mais adequado e eficiente dos clientes internos e externos da Universidade. “As capacitações de técnicos e docentes têm sido incrementadas, os números de graduados, mestres e doutores aumentados, as visitas às unidades acadêmicas e administrativas mais presentes. Temos trabalhado para melhorar os processos sujeitos à fiscalização dos diversos órgãos de controle. Desta forma, objetivamos poder colaborar para que o desempenho organizacional da UFJF se faça presente como uma expressão da competência de seus servidores, os quais têm apresentado capacidade técnica para agregar conhecimento e valores aos trabalhos realizados.”

Aproximação da Proae com estudantes gera bons frutos

“O encontro de um grupo de professores, TAEs e estudantes, que tinham a esperança de Reunir e, posteriormente, Reconstruir a nossa UFJF, vem se consolidando com as bases e princípios discutidos desde então: aprender com a diversidade, construir outra realidade, viver nova experiência com coragem, transparência e com a participação de todos”. Desta forma, o pró-reitor de Assuntos Estudantis e Educação Inclusiva (Proae), Marcos Freitas, define este primeiro ano de mandato.

Freitas destaca dois movimentos importantes ao longo do caminho: “o protagonismo dos estudantes nas decisões, através da criação, no início da gestão, do Fórum de Discussão Permanente sobre as Políticas de Assistência Estudantil da UFJF, pelo qual todas as ações e projetos desenvolvidos, antes de acontecerem, são amplamente debatidos com a representação estudantil”; e a reorganização do trabalho da Proae. “A equipe formada por pedagogas, psicólogos e psicólogas, assistentes sociais, um Administrador, TAEs têm realizado um trabalho interprofissional com muita competência”.

O pró-reitor pondera as principais dificuldades encontradas até então. “A busca pela implementação do programa que nos trouxe até aqui não tem sido uma tarefa fácil. A triste conjuntura nacional e a herança recebida, no plano interno da Universidade, foram elementos dificultadores para obtermos maiores avanços neste primeiro ano de gestão. No entanto, acredito que a luta coletiva das trabalhadoras, trabalhadores e dos estudantes da UFJF, característica da nossa história, podem fortalecer a resistência necessária para a transformação que todos desejamos”, finaliza.

Nova política quer tornar a UFJF um “ecossistema de inovação”

Entre os principais feitos da Diretoria de Inovação da UFJF, o destaque do primeiro ano de gestão vai para a recuperação da regularidade da operação do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), com a intensificação de parcerias com agentes econômicos e instituições da cidade e da região. “A motivação básica de tais ações, naturalmente, é a aproximação entre universidade e empresa, para criar oportunidades para pesquisadores e estudantes da UFJF e, ao mesmo tempo, favorecer a elevação da competitividade da economia regional”, explica o diretor de Inovação, Ignácio Delgado.

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Lançamento da Plataforma de Negócios e Inovação no dia 23 de novembro de 2016 (foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Entre as iniciativas que se destacaram nos últimos 365 dias estão o lançamento do edital da Incubadora de Base Tecnológica, suspenso há dois anos; a criação do Grupo de Trabalho Desenvolvimento e Inovação na Mata Mineira (GDI-Mata); o apoio às empresas juniores; a retomada do projeto do Parque Tecnológico de Juiz de Fora; e a elaboração da minuta do Novo Marco de Inovação.

“Estamos preparando as condições para a conversão da UFJF como um todo em um ecossistema de inovação e do Critt como catalisador das ações internas e externas, por meio de parcerias com o Sebrae, da criação de um ambiente de ideação e do laboratório de prototipagem, do fortalecimento do relacionamento com as redes estaduais e nacionais de promoção da tecnologia e a definição dos projetos Desafios de Inovação na UFJF e StartUp UFJF a ser apreciado pelo Conselho Superior”, acrescenta Ignácio Delgado.

Proinfra regulariza serviços de construção e manutenção na UFJF

A Pró-Reitoria de Infraestrutura e Gestão (Proinfra) faz  a execução, o acompanhamento e a fiscalização dos projetos e das obras de engenharia que implicam na manutenção e ampliação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra as ações de sustentabilidade, bem como a ocupação e o uso das áreas da UFJF, sendo responsável por planejar, gerenciar e executar a manutenção e a reforma dos espaços físicos, incluindo as redes de eletricidade, de dados e de telefonia. A Proinfra também administra o patrimônio, os processos de compras, o almoxarifado, os serviços de correspondência, protocolo e transporte, além de ser responsável pela segurança da instituição.

“Muito mais que isto, a Proinfra, na atual gestão, valoriza os seus servidores e os seus terceirizados, centrais na prestação de serviços”, pontua o pró-reitor de Infraestrutura e Gestão da UFJF, Marcos Tanure Sanábio.

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Proinfra ampliou ações de manutenção no primeiro ano de trabalho da nova gestão (foto: Twin Alvarenga/UFJF)

No setor de manutenção, a partir de uma profunda reestruturação de suas atividades, em especial com a contratação da empresa SM21 – especializada em engenharia – para os serviços de manutenção e pequenas obras, ocorreu uma intensificação do atendimento das requisições enviadas pelas unidades acadêmicas e administrativas.

Com relação aos projetos e obras de engenharia, a Proinfra vem atuando no saneamento dos problemas encontrados nos contratos assumidos e ainda não finalizados referentes às obras da nova reitoria e das Faculdades de Administração, Direito, Farmácia e Odontologia; Laboratório de Apoio à Estação Experimental de Plantas (LAEEP); Moradia Estudantil; Almoxarifado; Pronto Atendimento; e Transporte.

A Pró-reitoria também desenvolve estudos que visam solucionar as obras do campus avançado de Governador Valadares e do Hospital Universitário – unidade CAS; e é responsável pelo Teleférico e Trenó de Montanha no Jardim Botânico, pelo Parque Tecnológico, Colégio de Aplicação João XXIII e anel viário do campus-base. Segundo Tanure, a Proinfra ainda acompanha a finalização das obras da Faculdade de Fisioterapia, do Observatório Astronômico e Planetário e da reforma do Laboratório de Zoologia, além da implementação da iluminação de LED no campus e restauração do Cine-Theatro Central.

“O primeiro ano de gestão à frente da Proinfra foi marcado por um volume intenso de trabalho, como na regularização de procedimentos e da estruturação de ações para sua execução futura”, finaliza Tanure.

Comunidade acadêmica assume protagonismo nas ações de extensão

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Mostra de Extensão da UFJF em 2016 (foto: Luiz Carlos Lima/UFJF)

Uma marca das ações na área de Extensão neste primeiro ano de gestão, segundo a pró-reitora Ana Lívia Coimbra, foi a participação efetiva da comunidade universitária na definição dos rumos tomados até aqui. “Partimos do programa apresentado na eleição e, após discussões, estimulamos  a articulação dos projetos com a prática de pesquisa — seja por meio de edital específico, seja pela realização da Mostra de Extensão Universitária, em conjunto com o Seminário de Iniciação Científica —; o atendimento de demandas que levantamos junto à comunidade do entorno da UFJF; o fortalecimento da economia solidária via incubação de coletivos de trabalhadores, com a rearticulação da Incubadora de Cooperativas Populares; a relação com movimentos sociais, por meio de um programa de extensão institucional que está em andamento”.   

Um novo regimento para o Conselho de Extensão e Cultura, no Conselho Superior da UFJF, foi aprovado e o processo eleitoral para escolha de seus membros já teve início. O processo para representantes de coordenadores de programas, de projetos e dos beneficiários dos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares ocorrerá em abril, com resultado no início de maio. “Até que o Conselho inicie seus trabalhos, depois da inoperância de alguns anos, criamos o Fórum de Extensão Universitária da UFJF, uma iniciativa que envolveu toda a comunidade extensionista ao longo desse primeiro ano. Assim, todas as decisões têm sido debatidas com docentes, técnico-administrativos e estudantes de Juiz de Fora e de Governador Valadares, por meio de webconferência”.

Um exemplo desta metodologia é o Programa Boa Vizinhança que, em Juiz de Fora, atende às demandas da comunidade do entorno do campus sede e, em Governador Valadares, foi criado para fortalecer a relação com as comunidades dos municípios do médio Rio Doce, atingidas pelo rompimento da barragem de Mariana.

De acordo com Coimbra, mesmo com os avanços já conquistados, os desafios a enfrentar são muitos. “Deles destacamos o debate e inserção da prática de extensão nos currículos de graduação; criação de apoio aos programas e projetos para além da concessão de bolsas; ampliação das ações do Centro de Ciências; e abertura efetiva do Jardim Botânico da UFJF para a comunidade interna e externa. Tudo isso fortalece aquilo que identifica o trabalho de extensão: o diálogo e a horizontalidade na relação com a comunidade externa, que possam fazer da Universidade um espaço de reconhecimento de direitos, inclusão social e crítica da sociedade brasileira e dos descaminhos que tem tomado a educação superior pública”.

O trabalho tem dado resultado; em abril deste ano, Ana Lívia Coimbra foi eleita coordenadora da Regional Sudeste do Fórum de Pró-Reitores de Extensão de Instituições Públicas de Educação Superior (Forproex). A eleição se deu durante o 48º Forproex Sudeste, realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Reconstrução de GV sai do papel

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Reitor Marcus David preside uma das colações de grau em Governador Valadares

Durante os últimos 12 meses, o campus avançado de Governador Valadares vivenciou uma série de conquistas no processo de desenvolvimento e inserção na sociedade valadarense. Esses avanços foram alcançados com o apoio da Administração Superior que, desde o início da gestão “Reconstruir a UFJF”, realiza visitas periódicas ao campus avançado, no intuito de partilhar decisões, esclarecer vínculos contratuais e favorecer o diálogo intercampi. É o que atestam Peterson Marco e Fábio Pieri, diretor e vice-diretor da UFJF-GV.

“Neste ano da gestão Marcus David visualizamos o aumento da transparência nos recursos financeiros da UFJF como um todo, e especialmente do Campus GV, e contamos com visitas frequentes do reitor e equipe da gestão superior ao Campus GV, aumentando a comunicação da reitoria com os três segmentos da comunidade acadêmica do campus avançado”, afirma Marco.

Pieri acrescenta: “Foi um ano de relevante avanço no suporte da reitoria à direção do Campus GV, especialmente no que diz respeito às eleições para as três direções, que passaram a contar com cadeiras no Consu, com voz e voto de representantes de Governador Valadares.”                      

Os coordenadores também citam outros avanços, como o apoio à realização de chamadas públicas para aluguel e aquisição de imóveis para funcionamento do Campus, trazendo maior transparência para a gestão de espaços na cidade pela UFJF-GV; a garantia na devolução dos recursos do superávit do campus que não foram utilizados no calendário 2016, o que acontecerá em 2017; e ainda o atendimento às solicitações do campus avançado em questões acadêmicas amplas, como calendários dos cursos, políticas de ampliação de projetos e programas de extensão.

Ações Afirmativas buscam uma Universidade pautada na justiça social

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Professor Julvan Moreira durante o Seminário “Diversidade na UFJF: integrando ações afirmativas e os espaços formativos na graduação” (foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Nesse primeiro ano de gestão, a Diretoria de Ações Afirmativas (Diaff) tem trabalhado para superar desafios para além das políticas de assistência estudantil existentes. O diretor da Diaff, Julvan Moreira, acredita que é necessário criar políticas de permanência dos estudantes cotistas, cujos perfis não são do padrão tradicional daqueles que anteriormente frequentavam a universidade pública. “A implantação do Fórum da Diversidade pela DIAAF tem o objetivo de desenvolver a Política de Ações Afirmativas, reconhecendo as diversas identidades que enriquecem a Universidade, articulando projetos e ações multidisciplinares, integrando atividades de pesquisa, ensino e extensão em busca da construção de uma UFJF pautada na justiça social, na igualdade étnico-racial, de gênero e sexualidade e de classes sociais.”

Prograd acompanha mudanças na sociedade

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Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) está entre as políticas coordenadas pela Prograd

A Pró-reitoria de Graduação (Prograd) cuida da qualidade acadêmica desde as políticas de ingresso na UFJF até o momento em que os estudantes colam grau e se colocam como cidadãos profissionais para atuação na sociedade. Segundo a pró-reitora Maria Carmen Cardoso de Melo, a unidade tem buscado acompanhar a Universidade em seu permanente movimento, assumindo desafios na gestão dos cursos de graduação, principalmente com os recentemente oferecidos pelos dois campi, em fase de reconhecimento pelo Ministério da Educação.

“Enfatizamos que pudemos contar com o empenho de todos em uma parceria que se colocou a serviço da qualidade da formação desenvolvida na universidade pública. Sendo que estas ações são parte de um projeto coletivo, agradecemos e parabenizamos a todos e a cada um por sua contribuição envolvida e responsável”, pondera Maria Carmen.

Já o pró-reitor adjunto de Graduação, Cassiano Caon Amorim, afirma que a preocupação, ao longo deste ano, foi em institucionalizar processos e dinâmicas próprias da graduação, envolvendo principalmente as áreas do setor de estágios; programas de bolsas, por meio da nova resolução de Monitorias, Comissão de Bolsas de Treinamento Profissional e Incentivo aos Grupos de Educação Tutorial. Dentre outras ações, Amorim também enaltece a retomada do Fórum das Licenciaturas, objetivando atender às exigências da resolução nº 02/2015 do Conselho Nacional de Educação (CNE).

“O grande desafio da nossa gestão na Prograd tem sido atender com qualidade e eficiência as exigências formativas em nossos cursos de graduação, em consonância com as demandas da sociedade. Temos que considerar que os cursos de graduação são continuamente repensados e reestruturados; novos cursos são criados e com eles uma série de exigências legais e demandas são apresentadas. A Universidade sinaliza e acompanha as transformações da sociedade, do mundo do trabalho, da evolução da ciência e da tecnologia, tendo como alvo a formação de qualidade e inclusiva. Desafios cotidianos são apresentados, portanto”, conclui.

DRI reposiciona UFJF no cenário internacional

A Diretoria de Relações Internacionais (DRI) possui, como missão, a promoção de uma visão plural de mundo através da internacionalização. Para isso, visa aprofundar e ampliar relações diplomáticas com parceiros globais da Universidade, expandindo a mobilidade acadêmica e as possibilidades de cooperação em pesquisa e publicação. Também é um objetivo da organização implementar a política linguística da UFJF.

“A DRI, durante este primeiro ano de gestão, realizou um diagnóstico da situação de internacionalização da UFJF, considerando mobilidade internacional na graduação, na pós-graduação, grupos de pesquisas e publicações”, pondera a diretora de Relações Internacionais, Bárbara Daibert. 

Projeto de internacionalização redimensiona UFJF no cenário internacional

Projeto de internacionalização redimensiona UFJF no cenário internacional

O processo de internacionalização da Universidade – um dos pilares da DRI – engloba projetos que atendem a diversas demandas, como a assinatura de acordos com instituições de ensino parceiras no exterior, a tradução do site oficial da Instituição, a reestruturação do programa Idioma Sem Fronteiras e a expansão dos Programas de Pós-Graduação (PPGs), que estão tendo seus sites traduzidos para o inglês, em ação conjunta com com a Propp.

Bárbara explica que, a partir dos resultados obtidos em 2016, e tendo como base a missão de promover a Internacionalização para ajudar a fortalecer os programas de pós-graduação, além de continuar abrindo possibilidades na graduação e, ainda, pensando formas de estender à extensão a experiência de internacionalização, foram traçadas metas para este ano. “Nessas metas, entre outras oportunidades, inclui-se o programa Global July, que deverá abrir as portas de nossa instituição, em julho, a professores e pesquisadores de universidades parceiras estrangeiras, além de promover a Internacionalização em casa para nossos alunos e professores, fomentando oportunidades de colaboração e publicação”.

Universidade é avaliada positivamente interna e externamente

A Diretoria de Avaliação Institucional é um setor vinculado à Reitoria cujo objetivo principal é oferecer suporte e propor diretrizes relacionadas à operacionalização da avaliação da Universidade, conforme previsto na Lei 10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

“Temos contado com muito apoio da Reitoria para a consolidação e aprimoramento dos processos de avaliação institucional e de cursos, além do suporte à Comissão Própria de Avaliação. Esse apoio foi  indispensável e permitiu, ainda em 2016,  a realização de atividades de sensibilização e capacitação, nos dois campi, e o acompanhamento bem próximo dos processos de avaliação de cursos realizados pelo Inep, com bons resultados”, afirma a diretora de Avaliação Institucional, Michèle Farage.

Em março deste ano, o Ministério da Educação, através do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), avaliou 11 cursos da UFJF; 70% deles conquistaram a nota máxima (Administração, Ciências Contábeis, Direito diurno, Direito noturno, Jornalismo diurno, Jornalismo noturno e Psicologia), enquanto 90% alcançaram os conceitos 4 ou 5, os maiores estipulados pela avaliação. A escala de notas vai de 1 a 5, e cada curso é avaliado com a periodicidade de três anos.

Farage pondera, ainda, a importância do setor contar, hoje, com uma sede própria, e um corpo técnico “qualificado e motivado”. “Há muitos desafios – principalmente no que se refere à avaliação interna – mas a UFJF tem plenas condições de superá-los, apesar do quadro nacional tão difícil. Ao Reitor, Marcus David, e à Vice-Reitora, Girlene Alves, não têm faltado disposição e sensibilidade para enfrentar qualquer problema, o que traz muita confiança e otimismo para a equipe da Avaliação Institucional”,finaliza.

Educação a distância cresce e leva ensino superior gratuito e de qualidade a regiões atendidas pela UFJF

Romper barreiras para levar ensino superior gratuito e de qualidade a cidades que não contam com faculdades ou onde a oferta de cursos é inferior à demanda da população, contribuindo, desse modo, para o desenvolvimento regional. Essa é uma das principais metas da Educação a Distância (EaD) da UFJF, que tem norteado os trabalhos do Centro de Educação a Distância (Cead), ao longo desse primeiro ano da Gestão Reconstruir a UFJF.

Com mais de uma década de experiência em EaD, atualmente a Universidade é referência nesta modalidade de ensino, sendo responsável por oferecer diversos cursos de graduação e de formação continuada, com qualidade, a estudantes em seus polos de apoio presencial, distribuídos por diversos estados brasileiros.

“O ensino a distância já corresponde a aproximadamente 20% do número total de alunos da UFJF, o que evidencia a sua crescente relevância para a Universidade”, afirma o diretor do Cead, José Paulo Abdalla.

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Ensino a distância já corresponde a aproximadamente 20% do número total de alunos da UFJF.

Segundo o diretor, nestes 12 primeiros meses, muitos avanços foram alcançados com a nova Gestão. “Nós conseguimos promover a entrada de, aproximadamente, 2.500 novos alunos e organizar administrativamente o Centro, bem como iniciar o processo de normatização do ensino a distância no contexto da Universidade, coisa que até o momento ainda não havia sido realizada”, afirma. 

A reabertura de cursos que haviam sido solicitados ainda em 2015 foi o destaque do primeiro ano da Gestão à frente do Cead. No vestibular de 2014, 1.987 candidatos se inscreveram para concorrer a 1.160 vagas nos cursos de graduação. Já os processos seletivos de alunos divulgados em 2016, nos cursos de graduação e de pós-graduação, obtiveram inscrições recordes, com mais de 6.305 candidatos para concorrerem a 1.425 vagas nos cursos de licenciatura e bacharelado,além de 5.921 candidatos para concorrerem a 1.250 vagas de especialização, o que evidencia um aumento considerável, tanto no número de vagas ofertadas, quanto na procura pelos cursos da EaD.

Segundo o diretor, a pretensão para os próximos meses é continuar o processo de normatização da educação a distância na UFJF, realizar um trabalho em conjunto com os coordenadores, no sentido de melhorar a qualidade dos cursos, combater a evasão de alunos e racionalizar o número de polos, a fim de estreitar o relacionamento com os mesmos. “Além disso, estamos trabalhando em conjunto com a Diretoria de Educação a Distância da Capes no sentido de viabilizar a oferta de novos cursos”, conta.

Abdalla destaca a constante interação entre os setores da UFJF e a Administração Superior, que vem oferecendo várias oportunidades de diálogo, como responsável pelos avanços conseguidos ao longo deste primeiro ano de Gestão.

“As iniciativas institucionais caminham para que a comunidade acadêmica se aproprie, de modo geral, das perspectivas inovadoras em ensino e aprendizagem, através de debates e troca de conhecimentos por todos os envolvidos na educação superior, sejam eles pró-reitores, docentes ou discentes e isso contribui de forma significativa para a excelência e ampliação das oportunidades educacionais”, conclui o diretor.