José Carlos Maluf: "Realizamos todos os serviços relativos a pequenas reformas"

José Carlos Maluf: “Realizamos todos os serviços relativos a pequenas reformas”

Em continuidade à série de entrevistas com a equipe administrativa que compõe a nova estrutura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), serão apresentadas a seguir propostas do pró-reitor de Infraestrutura, José Carlos Simão Maluf. A equipe de Comunicação da UFJF conversou com ele sobre os principais desafios do cargo e as primeiras diretrizes definidas para a pasta. O objetivo da série é mostrar de forma transparente a toda a comunidade universitária o que pensa e como pretende atuar cada integrante da equipe indicada pelo reitor Júlio Chebli e pelo vice Marcos Chein.

O pró-reitor é graduado em Desenho, Arquitetura e Urbanismo pela UFJF e especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. Maluf começou a atuar na Universidade há 38 anos como estagiário. Como técnico-administrativo em educação já trabalhou como desenhista auxiliar, desenhista projetista, chefe do Departamento de Desenho, diretor de Obras e Manutenção, gerente de Projetos e coordenador de Projetos da Pró-reitoria de Infraestrutura.

A antiga Pró-reitoria de Infraestrutura foi dividida em duas – uma mantendo o nome de Infraestrutura e outra chamada Pró-reitoria de Obras, Sustentabildade e Sistemas de Informação. Quais são as atribuições da nova estrutura?

As atribuições da Pró-reitoria de Infraestrutura são administrar e executar a manutenção do espaço físico, das reformas dos prédios e das redes de eletricidade, telefonia e lógica. Também fica a cargo dela administrar o uso e ocupação do espaço físico, o sistema de correspondência, protocolo e transporte. Na nova estrutura, houve o acréscimo da Coordenação do Uso e Ocupação do Espaço Físico. Temos um plano diretor para ser seguido, as obras deverão ser executadas onde o plano determinar.

Por qual meio o serviço deve ser solicitado à Pró-reitoria?

– Através de ofício, enviado para mim. Encaminho para as coordenações que convêm para realizar o serviço pedido. Não é através do Siga, é mais por ofício mesmo, porque a gente controla melhor. Esses ofícios são arquivados para depois, em todo fim de semana, termos uma reunião com os coordenadores para que me informem quais serviços foram realizados e quais os que não foram. Com isso, terei um controle melhor. (Cabe à pró-reitoria) toda a parte de manutenção predial, elétrica, de jardins. Temos equipes para cuidar dessas manutenções. Soltarei uma circular dizendo quais são os serviços dessa pró-reitoria para que o solicitante não se perca na hora de fazer o pedido. Já passei vários serviços. Por enquanto, a demanda está até sendo pequena.

Como o senhor está há mais de 30 anos na Universidade, deve conhecer bem as demandas da Pró-reitoria. Quais são as principais?

– É muita reforma, mudança de layout, pinturas. Na área de jardins, também há muitos pedidos. É em tudo. Realizamos todos os serviços relativos a pequenas reformas: vazamento em telhado, (conserto de) portas, pinturas, reboco, pisos. As grandes reformas, que requerem licitação, é com o pró-reitor Rubens (de Oliveira, pró-reitor de Obras, Sustentabilidade e Sistemas de Informação). Estou na Universidade há 38 anos, desde estagiário. Quando me ofereceram a Pró-reitoria já sabia o que enfrentar. Sei que os problemas são muitos. O dinheiro (para custeio, reforma) tem que ser aumentado porque a Universidade triplicou seu tamanho. Temos que cuidar do que estava pronto e do que está sendo feito, para termos boa manutenção. Ela existe, a prova é que a Universidade está funcionando.

Um dos objetivos da Pró-reitoria é auxiliar a impedir que uma reforma pequena, como uma infiltração, torne-se maior e mais custosa.

– Sobre isso quero soltar uma circular para todos os diretores, informando-os que antes de acontecer o problema grave, que me informe sobre o pequeno. Que essa manutenção fique com o custo mais em conta para a Universidade. Quando se tem um vazamento no teto, ele não ocorre todo de uma vez só. É raramente, quando há pancada de chuva muito forte, e a carga não comporta. Esse é um caso à parte, há determinadas infiltrações que vêm, às vezes, por uma pequena rachadura na telha. Vamos ter um procedimento para isso. Vou me reunir com os coordenadores para a gente bolar esse trabalho, feito em equipe.

O senhor projetou o complexo esportivo da Faculdade de Educação Física. O que da sua experiência pode ser agregada ao novo cargo na Pró-reitoria principalmente na área de manutenção?

– Já participei de grandes projetos na Universidade como o Restaurante Universitário, o complexo esportivo, a Reitoria atual e a futura. A experiência é a seguinte: sempre ao fazer meus projetos procurei empregar material de fácil acesso para manutenção. Nunca procurei colocar aqueles que não estão ao nosso alcance, os quais se faltarem serão difíceis de repor. Um exemplo: antigamente as bancadas eram todas em azulejo branco. Vi que estava tendo de ter muita manutenção – quebrava, tinha problema em rejunte. Passaram para mármore, que tem determinadas substâncias que vão sendo corroídas, não era um bom material. Passei para granito, adotei um de três centímetros. Foi uma reclamação por parte dos empreiteiros. Mas exigi que fosse usado essa espessura, porque a durabilidade seria bem maior. Outro material que mudei foram as esquadrias, que eram de metalon ou de cantoneira de ferro. Esses dois, com o tempo, dão muita ferrugem. Então passei para o alumínio, que é mais caro, mas a manutenção é praticamente zero. Tenho esse conhecimento pela vivência. Já fui coordenador de manutenção no reitorado do Renê Matos. Fui criando essa experiência e pratico essa escolha de materiais.