A extração de petróleo é um processo complexo e que envolve muitos estudos matemáticos para ser cada vez mais eficiente. Esse foi o tema da palestra de abertura da XVIII Semana do ICE da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Intitulada “O Problema do ajuste histórico em simulação de reservatórios de petróleo”, a palestra foi ministrada pelo professor Flávio Dickstein da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e aconteceu nesta segunda-feira, 13, no anfiteatro do Instituto de Ciências Exatas (ICE).
De acordo com Dickstein, para o processo de recuperação do petróleo ser mais preciso, é necessário ter conhecimento das características do reservatório e dos fluídos, o que é o grande desafio dos engenheiros. Para isso, os matemáticos formulam modelos, equações, que possam ajudar a obter tais informações. “Coletar dados relacionados ao petróleo é uma das grandes dificuldades do processo, pois não estamos lá para ver com os próprios olhos. A partir das características, como extensão e o geologia, nós, matemáticos, pensamos em um modelo que seja capaz de definir quanto de óleo cada poço produz e quais as características dos fluídos que há”.
“A partir das equações e leis matemáticas, pode-se estudar quanto fluído há no poço, a quantidade e velocidade de escoamento e quanto que se conserva. Também pode se definir previamente a dimensão do furo necessário para determinada quantidade de escoamento. Ao longo de muito tempo de estudos, obtêm-se informações mais precisas e têm-se conhecimento do histórico do campo”, destaca Dickstein.
O professor apontou a falta de informações como uma da principais causas dos erros cometidos durante o processo e afirmou que é preciso ajustar o reservatório ao histórico que se obteve. “A modelagem é a ferramente necessária para tal ajuste, e ,assim, conseguir evitar problemas, como simulações e cálculos errôneos. Aqui estamos trabalhando com problemas inversos, isto é, estudamos as consequências para chegar às causas”.
A recuperação de petróleo é uma atividade que reflete em toda a sociedade. Estudar e solucionar seus problemas, aprimorando todo o processo, tem consequências positivas para as empresas petrolíferas, para os países e, consequentemente, para a população. Segundo o professor do ICE, Rodrigo Weber, que participa dos estudos de modelagens junto com o professor Dickstein, “todos os nossos estudos, além de terem importância no âmbito acadêmico, têm contribuição direta para a sociedade, pois visa melhorar nosso conhecimento de como extrair petróleo. Nossos estudos têm o intuito de contribuir para questões fundamentais para o país, como é o caso do Pré-Sal”.
Veja a programação completa da Semana do ICE.
Outras informações: (32) 2102-3302 (ICE)
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