Na próxima quinta-feira (19/05), às 10 horas, acontecerá a palestra online “Moda e Ferrovia do Diabo: masculinidade, migração e modernidades na Amazônia Brasileira”, ministrada pela professora doutora @elizabeth_kutesko da Central Saint Martins – University of the Arts London, promovida pelo Grupo de Pesquisa em História e Cultura de Moda em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens (@ppgacl.ufjf) e o curso Bacharelado em Moda (@modaufjf) da Universidade Federal de Juiz de Fora (@ufjf).
A palestra ocorrerá de forma online, às 10 horas, e será transmitida pela plataforma Youtube (através deste link), com tradução simultânea do inglês. A palestra ficará disponível no mesmo link após o final da transmissão.
Além disso, serão emitidos certificados de participação, mas não é necessário se inscrever para assistir.
Sobre a palestra:
“Em sua palestra, Elizabeth Kutensko examinará treze negativos em vidro produzidos em 1911 pelo fotógrafo nova-iorquino Dana Betran Merrill de trabalhadores migrantes na ferrovia Madeira-Mamoré. A ferrovia foi construída no coração da Amazônia brasileira entre 1907 e 1912 e tornou-se famosa na mídia dos EUA e do Brasil como ‘a Ferrovia do Diabo’. Este apelido é devido ao chocante número de mortes de sua força de trabalho, que era excepcionalmente diversificada. Trabalhadores vieram ao Brasil de mais de 52 nações, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha, China, Grécia, Índia, Caribe, Portugal, Espanha e Japão. O espaço, como observa a geógrafa cultural Doreen Massey, não é um palco vazio ou uma superfície plana, mas sim uma “almofada de alfinetes com um milhão de histórias”. Sua alusão à ferramenta por excelência da costureira combina com os retratos de Merrill, estabelecendo um delicado equilíbrio entre o universal e o específico, o global e o local. Enquanto o fracasso da ferrovia aponta para as contradições e ambiguidades do processo de modernização, o clique da câmera de Merrill marcou uma pausa literal na jornada de trabalho de seus sujeitos anônimos. Esta pausa permite especular sobre as trajetórias cotidianas dos migrantes da modernidade por meio de escolhas individuais de suas roupas. A documentação cuidadosa de macacões e jardineiras, camisas de algodão sem gola, calças funcionais e jaquetas não estruturadas que são pontuadas com ocasionais acentos globais – seja um turbante sikh, brincos de ouro indiano, um colete cretense ou um sombrero mexicano – nos lembram como diferentes corpos se unem em intersecções, ou projetos de “modernidade”.” (texto retirado do post do perfil do PPGACL/UFJF).
Não percam essa oportunidade!