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A sala 5 da Facom: das maquinas de escrever às telas de LCD

 

Por Lilian Werneck
15 de outubro de 2007  

Como aconteceu a evolução da informática na Faculdade de Comunicação da UFJF

 

Volta e meia eles se encontram nos corredores da Faculdade de Comunicação da UFJF. Freqüentam a mesmaNovos computadores secretaria e dividem, muitas vezes, as mesmas salas. Mas Nilson Alvarenga, Fernanda Fernandes e Frederico Belcavello têm em comum outro aspecto muito peculiar: os três foram alunos da Facom nos anos 90 e hoje são professores da faculdade em disciplinas que utilizam o computador como ferramenta essencial no ensino do jornalismo. Essa peculiaridade permitiu que eles sentissem de perto as mudanças dos equipamentos de informática pelas quais a Faculdade de Comunicação passou nos últimos dez anos.

 Nilson, que cursou jornalismo de 1992 a 1996, pertenceu a uma das últimas turmas a utilizar somente máquinas de escrever para produzir seus textos e trabalhos. Elas eram pesadas, difíceis de manusear e ocupavam as mesas da sala 5, no segundo andar da faculdade. Mas por dossie_07_02muito tempo, as máquinas de escrever foram as principais ferramentas dos jornalistas, assim como o gravador e a máquina fotográfica. As redações esfumaçadas nas quais só se ouvia o teclar barulhento nas máquinas ainda representa  no imaginário popular a produção jornalística. Desde que o computador começou a entrar com força total na vida dos brasileiros, há cerca de 20 anos, esse quadro vem sendo modificado. Com a Faculdade de Comunicação não foi diferente. A adequação teve que acontecer, no meio dos anos 90. “Quando estava terminando a faculdade, em 96, foram instalados seis computadores Pentium 100 que rodavam Windows 95 na sala 6. Mas isto foi apenas no último ano, já que, na maior parte da faculdade, os trabalhos eram feitos em máquinas de escrever”, confirma o professor de disciplinas como Planejamento e Produção Visual e Introdução ao Cinema.dossie_07_03

Já Fernanda Fernandes, que entrou na faculdade em 1997 e se formou em 2001, não chegou a utilizar as máquinas de escrever. “Nos primeiros anos, eram somente matérias teóricas. Mas eu observava os alunos do último ano fazendo suas monografias e trabalhos nos computadores da sala 6. Não era comum ter computador em casa! Apesar disso, eu não fiz parte da era do jornalismo datilografado. Mas sei como a máquina de escrever reproduzia um fetiche”, lembra a jornalista, que hoje em dia ministra aulas no Mergulhão de Impresso em computadores exatamente nesta sala.

dossie_07_04Fred Belcavello, como é mais conhecido o professor de Estudos da Recepção e do Mergulhão de Rádio, entrou na Facom em 1998 e presenciou a troca das máquinas de escrever da sala 5 pelos novos computadores, numa reforma realizada em 2000 em função da visita do MEC – Ministério da Educação, para avaliação do curso. O equipamento também tinha a configuração Pentium 100 e rodavam Windows 95. Na época a reforma significou um grande avanço e permitiu que a Facom entrasse, juntamente com a UFJF, na era da internet banda larga. Fred lembra: “Eu fiz minha primeira conta de e-mail na sala 6! E vivi a implantação dos computadores da sala 5. Acho que nossa Facom está sempre correndo atrás dos avanços em equipamento, numa caminhada bem mais lenta do que deveria ser um centro de conhecimento na área de comunicação. Mas aí entramos em toda a conjuntura da Universidade Pública”.

 A burocracia das Universidades

dossie_07_05Exatamente por pertencer a uma universidade pública, a Comunicação ficou estacionada no tempo por muitos anos no sentido de informatização dos equipamentos. As mesmas máquinas que os três professores viram ser instaladas naqueles laboratórios quando eram alunos continuaram por lá até este ano. A luta da direção da Facom pela implantação de tecnologia eficiente ao ensino do jornalismo é de longa data. Mas os resultados sempre foram recebidos aos poucos e com entraves burocráticos. Com o tempo, os laboratórios de TV ganharam novas câmeras, os de rádio foram reestruturados e o de fotografia ganhou algumas câmeras digitais. Somente os computadores continuavam os mesmos.dossie_07_06

O técnico administrativo Gilmar dos Santos trabalhou por quatro anos como apoio das salas 5 e 6. Ele conta que os computadores eram muito deficitários, viviam dando problemas e que os alunos precisavam fazer fila para utilizar os que ainda funcionavam. “Quando uma máquina estragava, era preciso vir um técnico do setor de informática da Universidade para retirá-la em carro oficial e levar para o concerto. Só que demorava de cinco a seis meses para ela voltar! Isso só melhorou quando o Paulo e o Basileu vieram para cá”. Os funcionários que Gilmar cita, chegaram à faculdade para resolver os pequenos problemas de rede que os computadores sofriam. Mas eles acabaram se tornando uma grande solução para evitar que os alunos ficassem sem os equipamentos.

dossie_07_07Paulo Avezzani, que continua até hoje no setor, afirma que sempre está procurando conservar as máquinas. “Eu arrumo o que pode ser arrumado, dentro das possibilidades. Tento facilitar o uso pelos alunos e professores. Antigamente, por exemplo, o aluno que quisesse imprimir seu trabalho tinha que gravá-lo em disquete para levar para uma única máquina com acesso à impressora. Hoje é só mandar imprimir do PC em que está trabalhando porque está tudo em rede” Paulo não só mantém os equipamentos como auxilia os professores a ensinar os programas utilizados pelos alunos.

 A realidade do ensino do jornalismo

Na verdade, o que se pode constatar é que a Faculdade de Comunicação da UFJF viveu por quase sete anos o atraso tecnológico que se confirmava no resto das unidades de ensino superior público do resto do país. A informatização da educação ainda estava longe de ser uma realidade e o valor dos equipamentos significava um entrave muito grande para a modernização dos cursos. O retrato vivido por essa geração era o de sempre correr bem atrás do que o mercado oferecia. Dessa forma, o ensino do jornalismo ficou tentando acompanhar as novas demandas da prática da profissão.dossie_07_08

 As novas mídias criadas com o advento da internet, o avanço dos meios de comunicação alternativos e as facilidades de acesso às informações do mundo inteiro revolucionaram a forma de se produzir o jornalismo. Os professores de Comunicação perceberam isso e tiveram consciência de que, se não houvesse a integração total da informática à prática da redação, os alunos iriam ficar para trás. “Acho que jornalismo e informática se encontraram há alguns anos pra nunca mais se separarem. O exercício do jornalismo já está imerso e entrelaçado às ferramentas da informática, de maneira que precisamos nos manter atentos e atualizados. Especialmente o professor deve saber utilizar a tecnologia a favor do ensino, estimular o aluno a se atualizar”, afirma Fred Belcavello, lembrando que é papel fundamental do professor criticar o tecnicismo e valorizar os conceitos da prática e do processo jornalístico à parte da informática.

 Já na opinião de Fernanda Fernandes o computador deve ter apenas a função de facilitador. ”Ele permite agilidade na transmissão de dados e dá acesso a um universo muito amplo. No entanto, esta mesma característica positiva pode ser desvirtuada caso o futuro jornalista explore esta poderosa ferramenta de maneira limitada ou antiética. Por isso, penso que a postura do professor neste cenário é a de orientar para o bom uso da tecnologia, lembrando sempre que, por mais que hardwares e softwares evoluam, equipamentos e sites de busca não substituem a capacidade de articulação das informações que todo jornalista precisa cultivar”. A professora ainda reafirma que, para ser um jornalista, não basta ter o equipamento apropriado. “É preciso muita bagagem, conhecimento que se aprende todo dia em livros, discos, filmes, exposições conversas, aulas e também na internet. O bom jornalista é um bom observador, que cdossie_07_09onsegue produzir reflexão a partir daquilo que vê, independentemente da ferramenta que utiliza”, completa.

 Nesse sentido, Nilson Alvarenga concorda: “O que diferencia um bom profissional é saber lidar reflexivamente com as informações ao seu alcance. A idéia é parecida: se qualquer um tem acesso a qualquer momento aos dados à disposição de todos, onde está o diferencial? Ora, na capacidade de buscar informações com um objetivo específico e bem elaborado e, depois de obtidas as informações, de ‘organizá-las’ de forma coerente e consistente. Mais uma vez: quem está apto a realizar estas tarefas é quem é capaz de lidar reflexivamente com o material ao seu alcance”.

As readequações da Facom ao novo universo da informática

Percebendo essas transformações da prática jornalística e dos meios de comunicação, e já que não havia verba para renovar os equipamentos de informática, a Faculdade de Comunicação da UFJF procurou mexer no conteúdo que oferecia. Em 2002, após várias discussões, foi implantada a nova grade curricular do curso.dossie_07_10 O novo currículo previa, inclusive, o fim da Licenciatura em Rádio e TV e a exclusividade do Bacharelado em Jornalismo. Com as mudanças, além de releituras nas ementas das disciplinas, quatro módulos práticos foram criados para substituir os dois penúltimos semestres. Nascia o chamado Mergulhão, no qual o aluno é submetido a uma imersão no exercício de Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo e Produção Jornalística em Hipermídia. Este último, totalmente em sintonia com a nova tendência de produção jornalística para internet, mas, pela realidade da Facom naquela época, ainda sem condições de funcionar efetivamente. 

 Mais do que nunca, a Comunicação precisava se movimentar no sentido de adquirir novos computadores. Vendo essa necessidade, as então coordenadoras do curso Marise Mendes e Tereza Neves criaram o projeto “Gestão de Graduação”, no qual solicitavam à reitoria verba para melhorias no curso. A professora Marise Mendes, que é a atual diretora da faculdade, explica como o problema do Mergulhão foi solucionado em parte com o projeto: “Nós conversamos com o Fernando Fiorese, diretor no período, e percebemos que a maior carência do curso era em relação aos equipamentos de informática. Desde a primeira implantação, alguns computadores vieram de outras unidades, mas eles não serviam para ensinar o jornalismo na internet. Assim, conseguimos com o projeto R$30 mil e compramos 10 novos computadores. Além disso, fizemos o fechamento de uma área da sala 6 para separar Impresso de Hipermídia”. A diretora explica ainda que essa solução foi provisória, porque ainda havia muitos problemas nesse laboratório. E que, por outro lado, a aquisição desses dez computadores, já preparados para rodar tanto o sistema operacional Linux quanto o dossie_07_11Windows XP, foi o início de uma série de mudanças na infra-estrutura do prédio. “Nós estamos sempre tentando nos atualizar. Com a criação do laboratório na sala 6, o Mergulhão de Rádio foi para uma sala específica, com os computadores antigos formatados. Da mesma forma, a sala 5 foi liberada para outras disciplinas que utilizam o computador como ferramenta, como Planejamento e Produção Visual”, explica. Sobre essa disciplina, o professor Nilson Alvarenga completa: “Quando dei Planejamento Visual pela primeira vez, tinha que usar programas que não são para diagramação, como o CorelDraw, na versão 9. Isso porque eram os mesmos computadores de antigamente”. Ou seja, mudanças ainda eram necessárias.

Veja nesse link um vídeo com imagens da sala 6 como é hoje em dia.

Os novos equipamentosdossie_07_12

 Em maio de 2007, o prédio da faculdade passou por uma grande reforma. Por quase duas semanas, as aulas foram suspensas As salas foram pintadas e receberam novas carteiras, ventiladores de teto, estrutura para receber data shows e novos equipamentos de TV e DVD. Porém, os alunos tiveram uma grande surpresa quando retornaram às aulas e entraram naquela mesma sala 5 onde antes havia máquinas de escrever: 22 computadores Pentium 4, com 512MB de memória RAM, gravador de DVD e monitores LCD de 14 polegadas estavam instalados e, quase todos, preparados para o uso. A faculdade estava pronta para receber o XII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, promovido pela Intercom e pela UFJF. A diretora Marise Mendes conta como foi possível a reforma: “Nós conseguimos fazer tudo através de um processo conjunto. Há um projeto da Reitoria que visa melhorar a qualidade das unidades através da aquisição de equipamentos. A vinda do Intercom para cá ajudou também, tínhamos que ter a estrutura para apresentação e consulta dos trabalhos. Dessa forma, além da estrutura das salas, nós pedimos os computadores. Pedimos até mais, mas eles mandaram 25 máquinas. A atual gestão tem sido muito sensível nesse sentido. Pergunta pelas demandas e procura atender com rapidez dentro das possibilidades da universidade”. Segundo a professora, as outras três máquinas não foram instaladas porque têm uma configuração melhor e vão ser disponibilizadas no laboratório de Hipermídia. Veja o vídeo com a nova sala 5 neste link

dossie_07_13Ela afirma ainda que os data shows não foram colocados nas salas de aula por causa da greve dos servidores e por falta de cabeamento, mas até o final do ano tudo terá sido instalado. Para os alunos que entraram recentemente, os novos equipamentos não surpreendem tanto. A maioria deles tem em casa computadores até mais potentes do que os que são oferecidos na Facom. Muitas vezes, os alunos até reclamam dos equipamentos ou da demora do acesso à internet.

 Mas a realidade é que, com a atual estrutura, o curso está mais bem equipado do que a maioria das unidades da UFJF. Muitas coordenações não têm sequer um computador para uso dos professores. E apesar das configurações daquelas máquinas já serem consideradas defasadas, a Facom conseguiu se equiparar às melhores faculdades de jornalismo do Brasil no quesito informatização.dossie_07_00

 A professora Fernanda Fernandes adverte para a realidade da faculdade em contraponto com a realidade do mercado: “Nunca estaremos por um semestre inteiro satisfeitos com os equipamentos disponíveis, até porque a tecnologia evolui muito rápido e os micros ficam ultrapassados depressa. O material disponível oferece alguma estrutura para as aulas e isto é suficiente para manter o aprendizado, pois, no mercado de trabalho, as condições também nunca são ideais. Muitas vezes os alunos reclamam dos computadores e usam as deficiências das máquinas como desculpa para adiar a produção. Eles nem imaginam que há situações semelhantes na redação dos jornais e que, em caso de pane, todos têm que correr atrás de qualquer jeito ou o jornal não sai no dia seguinte. Portanto, é preciso aprender a se virar com as ferramentas que se tem. Há redações de grandes jornais que trabalham no DOS e disponibilizam uns poucos micros para acesso à internet. Máquinas equipadas com todos os recursos disponíveis são exceção, não regra”.

Veja o vídeo em que os alunos do professor Fred Belcavello aproveitam o recurso do data show para apresentar um seminário. O vídeo mostra também a sala 6 da Facom, na qual os computadores antigos dividem espaço com o computadores adquiridos com o projeto “Gestão de Graduação”.

Ainda o que melhorar

 De qualquer forma, um lado ainda precisa ser solucionado. O de suporte para atualização dos professores. Muitas vezes, como acontece na maioria das escolas do Brasil, o corpo docente não está preparado da melhor maneira para lidar com o ensino através da informática. As correntes pedagógicas tradicionais não prevêem a integração da tecnologia à educação de forma institucionalizada. No ensaio “Informática e Educação – Primeiras Viagens pela Internet”, publicado no site da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, Eduardo José Reinato avalia essa necessidade de adaptação das linhas pedagógicas às novas tecnologias. Segundo ele, “poucas são as escolas que se preocupam em construir um mecanismo de inserção do computador na vida acadêmica, seja de alunos ou de professores. Ao que parece, tecnologia é algo que se dissocia da realidade educacional”. Ele afirma também que não basta adquirir novos equipamentos sem que seja definida uma política de utilização produtiva da informática. “Estudos mais recentes têm mostrado que não basta a compra de computadores se não houver treinamento adequado de pessoal e manutenção constante de hardware, software e de ‘peopleware’”, completa o historiador.

dossie_07_14A questão é que, na Facom, os professores tentam correr atrás do prejuízo aprendendo junto com os alunos. Como as disciplinas não são voltadas para o ensino dos programas, os professores realizam os ajustes necessários para a utilização das ferramentas usadas nas salas de aula. Um fato constatado por eles é o de que a maioria dos alunos de hoje já chegam à faculdade com os conhecimentos primários do uso do computador. Fernanda Fernandes destaca que, antigamente, não era tão fácil assim: “Lembro-me bem de quando juntei dinheiro para comprar meu primeiro gravador de fita cassete durante a faculdade e de como este era um passo importante enquanto estudante. Hoje os alunos têm a facilidade de usar MP3 ou pen drive antes mesmo do acesso à universidade e, obviamente, a relação com esses instrumentos é outra”.

Nilson Alvarenga ensina em sua aula um programa bem específico para diagramação e, no seu caso, é necessária a explicação passo a passo para que o aluno participe da aula. “Pela minha experiência, não há dificuldades por parte deles com programas básicos como, por exemplo, os editores de texto. Mas quanto a softwares mais específicos, como o InDesign, aí sim acho bom sempre começar do zero. Até para que o aluno não perpetue vícios que eventualmente tenha adquirido por um aprendizado não sistemático. Sempre haverá pessoas que se interessam mais por trabalhar com programas de qualquer tipo e outras mais resistentes, mas isso é normal”, afirma.

Mas são poucos os professores que têm tempo de ensinar algum programa diferente para os alunos. Dessa forma, os computadores disponíveis têm os recursos necessários, mas são usados basicamente com editores de texto, de fotos, pesquisas na internet e conversas on-line.

 Computadores para os professoresdossie_07_15

 Outra situação complicada é a inexistência de um espaço específico com computadores para os professores. Para consultas, preparação de aulas ou para atender aos alunos, o corpo docente da Faculdade de Comunicação se limita a usar os poucos computadores da secretaria. Algumas vezes, eles acessam os equipamentos da sala 6. Sobre essa demanda, a direção da faculdade garante que providências já estão sendo tomadas. “Nós vamos criar um espaço para os professores onde hoje funcionam os departamentos. O PET será transferido para outra sala e lá será uma sala de reunião. Já os departamentos serão transformados nessa área, com sofá, armários e computadores exclusivos para os professores, proporcionando mais conforto e segurança. Esse setor será exclusivamente administrativo. Mas, para que isso tudo aconteça, primeiro temos que tirar o PET de lá”, explica a diretora da Facom, Marise Mendes.

 O importante é que todos tenham acesso à informática na faculdade para que o ensino da tecnologia seja efetivo. E, já que a falta de verbas não permite um acompanhamento paralelo ao mercado, é preciso aprender a aproveitar ao máximo o que está sendo oferecido. Porque há dez anos, quando os professores Nilson, Fernanda e Fred eram alunos, a realidade dos laboratórios de informática da Facom era algo muito distante de ser realidade. Hoje os computadores estão ali, nas salas 5 e 6 da Facom para facilitar o aprendizado do jornalismo, a apuração das matérias e produção de trabalhos dos alunos.  Basta usá-los com sabedoria.  

fotos e vídeos: Lilian Werneck