A quinta reportagem da série que faz um balanço dos oito meses da gestão “Reconstruir a UFJF” e que aponta algumas perspectivas para 2017 traz como destaque as iniciativas e projetos futuros da Diretoria de Avaliação Institucional. Nas matérias anteriores, publicadas nessa semana, foram abordados temas relacionados aos trabalhos da Diretoria de Inovação, da Diretoria de Ações Afirmativas, da Pró-reitoria de Extensão e da Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças.
A Diretoria de Avaliação Institucional é um setor vinculado à Reitoria cujo objetivo principal é oferecer suporte e propor diretrizes relacionadas à operacionalização da avaliação da Universidade, conforme previsto na Lei 10.861/2004, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
O órgão serve, ainda, como suporte às ações da Comissão Própria de Avaliação (CPA). De acordo com a diretora de Avaliação Institucional da UFJF, Michèle Farage, as primeiras ações do órgão foram voltadas para o restabelecimento da normalidade na Comissão. “O nosso foco foi trabalhar para que o novo regimento fosse aprovado, apoiar a eleição dos novos membros da CPA e, então, colaborarmos nos procedimentos para que se iniciasse a autoavaliação institucional a partir de 2016. Esse processo todo levou meses e foi só agora em dezembro que a Comissão pôde se reunir e aprovar os instrumentos de avaliação institucional para a elaboração de relatórios de autoavaliação”, afirma.
Dentre as diversas incumbências da Diretoria, destaca-se que o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade estabelece a implantação de instrumentos de autoavaliação, que possibilitem a participação de todos os integrantes da comunidade acadêmica, sejam eles professores, técnico-administrativos em educação ou estudantes. De acordo com Michèle, esta é uma das principais metas da avaliação institucional para os próximos meses. “Estamos trabalhando em propostas para dois tipos de questionários: avaliação de disciplinas – conforme estabelecido pelas normas de avaliação das atividades acadêmicas – e avaliação institucional, com base nos instrumentos de avaliação externa empregados pelo Ministério da Educação, através do INEP”, explica.
Coleta de dados é fundamental para a autoavaliação
A Diretoria de Avaliação Institucional e a CPA encaminharam, ao final do mês de novembro, os formulários para a coleta de dados dos setores que vão fornecer informações para a elaboração do Relatório de Autoavaliação Institucional (RAAI) 2016. Foram envolvidos nesta etapa a Reitoria, Pró-reitorias, Diretorias, alguns Centros da UFJF (CEAD, CPPD e CGCO), Biblioteca Central, Hospital Universitário (HU) e Colégio de Aplicação João XXIII. Foram enviados para cada departamento um memorando eletrônico, a cartilha explicativa e o link para o preenchimento do formulário online específico.
Também cabe à Diretoria o acompanhamento e apoio às ações de regulação e supervisão de cursos e da instituição, o que envolve apoio às coordenações de cursos em procedimentos burocráticos, como o preenchimento de formulários eletrônicos e organização de documentos, além da preparação e participação em reuniões com as comissões de avaliação in loco. Segundo Michèle, fez-se uma pesquisa sobre as experiências de outras universidades. “Uma dificuldade é justamente a falta de conhecimento e de envolvimento da comunidade com os processos de avaliação. Buscamos, então, contato com outras instituições, para entendermos como elas lidavam com isso e vimos que realmente essa não é uma dificuldade exclusiva da UFJF. Vimos, então, que seria muito importante tomarmos algumas ações para essa sensibilização.”
Exemplo dessa troca de experiências ocorreu em setembro, quando o Secretário de Avaliação Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Daltro José Nunes, ministrou uma palestra, na Faculdade de Direito, sobre a experiência da UFRGS em avaliação institucional. O evento fez parte do ciclo de seminários sobre o tema, que contou com o apoio da CPA. Já entre os dias 5 e 6 de outubro, com o objetivo de qualificar os novos membros da CPA, que iniciaram a gestão no primeiro dia daquele mês, a Diretoria de Avaliação Institucional realizou a I Oficina de Avaliação no campus-base – que foi ministrada pela pedagoga Jacqueline Moreno, do CEFET-MG.
Em agosto, toda a comunidade acadêmica do campus avançado de Governador Valadares foi convidada a participar do evento “Avaliações Externas de Cursos, que aconteceu no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), no dia 29. A iniciativa contou com a presença da avaliadora de cursos do INEP e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Eliane Moreira Sá de Souza, que ministrou a palestra principal e chefiou uma reunião com os coordenadores de cursos para esclarecer procedimentos e requisitos exigidos nas avaliações in loco, além de destacar a importância do envolvimento conjunto de professores, TAE’s, alunos e administração nos processos de avaliação externas.
Segundo a professora Michèle, “essa interação é muito importante e agora também vai ser facilitada porque junto com a CPA foi eleita a comissão setorial própria de avaliação de GV, que é uma ligação com a Comissão e também vai facilitar essa troca de informações para que a gente realmente integre a avaliação dos dois campi como um todo.”
A Diretoria é também responsável por fornecer apoio às coordenações dos cursos que prestam o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o que demanda ações de suporte a todas as etapas relacionadas a inscrições, esclarecimentos, preenchimento de formulários, entre outras. O setor mantém uma página na internet com informações sobre o Enade, contendo cronograma, notas explicativas e materiais de apoio. Um folder sobre as etapas do exame foi elaborado para facilitar o entendimento do processo.
“Em 2017, serão implementadas atividades para conscientizar os estudantes quanto à importância do exame, além de sugestões aos colegiados de cursos e Núcleos Docentes Estruturantes para a análise dos resultados do Enade, visando a melhoria dos processos acadêmicos e dos projetos pedagógicos”, esclarece a Diretora.
Ações futuras devem fomentar cultura de autoavaliação
“Os resultados da autoavaliação institucional devem ser considerados no planejamento institucional – o que não tem sido identificado com clareza nos últimos anos”. Com esse diagnóstico, a Diretora destaca algumas das principais atividades desenvolvidas ao longo de 2016 e a necessidade da continuação de projetos, como a Oficina de Avaliação, realizada em Juiz de Fora, e o evento Avaliações Externas de Cursos, voltado para Governador Valadares. “Uma ferramenta importante para divulgar estes processos é a própria implementação de questionários de avaliação”, completa.
A expectativa é que, a partir de 2017, haja um questionário para a avaliação das disciplinas – que vai ser aplicado todo período letivo, conforme estabelecido em regulamentação do Conselho Superior – e também um questionário para coleta de informações que vão subsidiar a CPA na elaboração do relatório de avaliação institucional, que até o momento tem sido elaborado pela Comissão com informações coletadas dos setores. “Essa é uma meta muito importante e estamos trabalhando para isso junto ao CGCO. Esses questionários visam colher informações dos três segmentos da comunidade acadêmica para a autoavaliação institucional, tanto com relação às disciplinas, quanto com relação aos cursos e setores.”
A Diretoria também pretende, com o apoio da CPA, integrar as avaliações externa e interna – um aspecto que tem gerado críticas na Universidade, segundo Michèle. “Pretende-se, principalmente, trabalhar para estimular a avaliação institucional como um processo intrínseco à gestão da informação que, por sua vez, é imprescindível à gestão universitária”, finaliza.
Outras informações: (32) 2102-3915 – Diretoria de Avaliação Institucional
Confira as matérias da série já publicadas
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Reestruturação da Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças amplia conhecimento de gestão