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Projeto da Fapemig produz livros de Bruno Fuser e Josimara Delgado

Capa de Nove Histórias Mineiras.

Obra reconta vidas de moradores de um bairro pobre de Juiz de Fora.

Os professores Bruno Fuser (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Josimara Delgado (Universidade Católica do Salvador) publicaram os livros Nove histórias mineiras e Memória, gerações e produção cultural: experiências e reflexões. Com apoio da Fapemig, ambos os livros foram publicados pela Editora Juizforana e fazem parte do projeto “Comunicação, Memória e Ação Cultural”.

Nove histórias mineiras conta um pouco da vida de cidadãos de Minas Gerais. São velhos trabalhadores – oito mulheres, um homem – que vivem em Juiz de Fora, no Dom Bosco, um bairro pobre, cercado de muita riqueza. Com idades entre 70 e 90 anos, muitos deles migraram do campo para a cidade ainda pequenos, viveram as mudanças de trabalhar na roça quando crianças e ter depois que conseguir emprego com pouca ou nenhuma escolaridade. Foram ser empregadas domésticas, lavadeiras, fazer biscates, poucas conseguiram se transformar em operárias.

As histórias (re)contadas neste livro foram colhidas em entrevistas conduzidas por Josimara Delgado e reescritas por Bruno Fuser, que buscou permitir a leitura mais agradável possível, tomando algumas liberdades mas respeitando sempre a fala e as principais marcas identitárias das personagens: Tercina, Percília, Vera, Dorinha, Isaías, Emília, Teresa, Maria Aparecida e Conceição. As ilustrações são de Marlene Crespo, que conferem ao livro a poesia e a leveza de sua arte.

Nove histórias mineiras será distribuído em bibliotecas e escolas públicas de Juiz de Fora, e também para os entrevistados e suas famílias. Pode ainda ser adquirido (contatos pelo email planof2000@gmail.com) por R$ 15,00 (incluído envio como correspondência registrada). Formato: 15cm x 21cm. 122 páginas. Papel: pólen bold 90g (miolo) e supremo LD 250g (capa). ISBN: 978-85-64599-01-7.

 

Memória, gerações e produção cultural: experiências e reflexões apresenta os principais resultados teóricos do projeto “Comunicação, Memória e Ação Cultural”. De forma geral, o projeto desenvolveu entre 2009 e 2012 a produção cultural comunitária – entendida aqui de forma ampla, além das artes e do entretenimento – acerca de narrativas e memórias produzidas por moradores. Em torno da coleta e produção dessas narrativas, como registros da história da coletividade, foram envolvidas várias instâncias do bairro, como escolas, igreja e organizações não governamentais, com participação de velhos, adultos e jovens na produção de vídeos, fotos, história das famílias, do bairro, registros das perspectivas de futuro e análise de presente e passado das diversas gerações.

Capa de Memória, gerações e produção cultural: experiências e reflexões.

Neste livro são apresentados e discutidos os principais resultados do projeto “Comunicação, Memória e Ação Cultural”, desenvolvido de 2009 a 2012.

Este livro se divide fundamentalmente em dois blocos. Em um deles, Josimara Delgado relata e discute as questões relativas ao projeto desde o ponto de vista de quem há anos tem se dedicado academicamente às reflexões sobre memória, história de vida e envelhecimento. Em outro, Bruno Fuser aborda o tema geral do projeto pela perspectiva da cidadania e da ação cultural, da construção da democracia no campo da comunicação. Cada um deles tem autonomia, mas ambos se debruçam sobre o mesmo rico material construído nesses anos de atividades de extensão e pesquisa. Memória, gerações e produção cultural: experiências e reflexões será distribuído em bibliotecas universitárias e centros de pesquisa que se dedicam ao estudo das questões abordadas na obra. Formato: 15cm x 21cm. 120 páginas. Papel: pólen bold 90g (miolo) e supremo LD 250g (capa). ISBN: 978-85-64599-04-8.

 

Contracapa de Nove Histórias Mineiras.

As ilustrações são da artista plástica fluminense Marlene Crespo.

 

SOBRE OS AUTORES

Jornalista, Bruno Fuser trabalhou como repórter e redator em jornais como Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, em assessorias de comunicação, como da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Luiza Erundina, antes de se dedicar exclusivamente à vida acadêmica. Professor durante 18 anos na PUC-Campinas, fez mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo, com pós-doutorado na Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha) e na Universidade de Guadalajara (México). Desde 2006 é docente efetivo da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde dá aulas de produção jornalística, desenvolve atividades de extensão e pesquisa e leciona no Mestrado em Comunicação. Dedica-se aos temas de comunicação, cidadania, educação e tecnologias digitais. Nasceu em Campos dos Goytacazes-RJ.

Josimara Delgado é assistente social pela Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora, doutora pelo Programa de Pós-Gradução da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desde 1994, desenvolve pesquisas sobre a velhice na classe trabalhadora, com enfoque em alguns temas como memória e identidade, família, relações entre gerações e proteção social. É também nesse período que inicia suas atividades como docente na área do Serviço Social, na qual atua até hoje, também como pesquisadora. Atualmente é docente do Mestrado em Políticas Sociais e Cidadania da Universidade Católica do Salvador. Mineira, Josimara vive há dois anos em Salvador-BA.

Além de discussões teóricas, livro traz fotos de várias atividades do projeto "Comunicação, Memória e Ação Cultural".

Além de discussões teóricas, livro traz fotos de várias atividades do projeto “Comunicação, Memória e Ação Cultural”.

 

Fluminense de Campos dos Goytacazes, Marlene Perlingeiro Crespo vive há muitos anos em São Paulo, onde vem desenvolvendo uma longa carreira de artista plástica. Mais precisamente, artista gráfica, dedicada ao desenho e à gravura. A participação, com desenho, na IX Bienal de São Paulo (1967), marca um ponto importante no início de sua trajetória. Suas últimas exposições são porém bem recentes, ambas de gravura: em 2009, pelo grupo do Museu Olho Latino, em Atibaia, SP; e em 2010, na PUC de São Paulo. Marlene Crespo tem atuado também como ilustradora, em livros e jornais, inclusive em publicações de cunho político-social.