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Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFJF inicia inquérito de saúde em Juiz de Fora

Pesquisadores percorrem bairros para avaliar a saúde local

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Equipe prepara-se para ir a campo nesta sexta-feira, 5

 

Quais os principais problemas enfrentados pela população de Juiz de Fora quando necessita de serviços de saúde para suas crianças? Como o ambiente familiar estimula o desenvolvimento motor infantil? Qual é o índice de ocorrência de fraturas provocadas por quedas em idosos? Perguntas como essas instigam pesquisadores do programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que estão à frente do estudo que pretende avaliar e traçar um perfil da saúde local.

O trabalho de campo começou nesta sexta-feira, dia 5, com uma equipe percorrendo as ruas dos bairros Monte Castelo, Esplanada e Fábrica, na Zona Norte, para verificar, a princípio, quais casas têm idosos e crianças – o foco da pesquisa – para, em seguida, retornarem com a aplicação de questionários e observações. Mais bairros da região serão visitados no sábado, dia 6. No total, a equipe passará por 14 deles em março (ver quadro).

”A Zona Norte foi escolhida em função de sua expressividade no contexto da cidade, representando a maior área territorial e a de maior população“, justifica a aluna do mestrado em Saúde Coletiva Manuella Feitosa. Já os bairros foram selecionados por sorteio e parte deles será visitada, satisfazendo a mostra desejada na pesquisa, conhecida na área de saúde como inquérito populacional, esclarece o professor do Departamento de Estatística Luiz Cláudio.

A pesquisa está dividida em três vertentes, que correspondem aos trabalhos de três mestrandas, e ocorrerão ao mesmo tempo. A primeira frente verificará quais fatores estão associados à queda de idosos e levantará o histórico de fraturas ocasionadas por esse tipo de incidente no último ano. ”Juiz de Fora tem um percentual de pessoas acima de 60 anos (12,51%) maior que o verificado em Minas Gerais e no Brasil (em média 11%). Os incidentes com idosos são comuns e eles são um dos principais usuários do sistema de saúde”, explica uma das orientadoras do projeto a professora Isabel Cristina Gonçalves Leite. Essa parte do estudo, encabeçada pela aluna do mestrado Danielle da Cruz, investigará ainda o perfil sociodemográfico e de saúde desses idosos, além de verificar o uso dos serviços de saúde, principalmente, de fisioterapia, área em que as três autoras são formadas.

A segunda frente de trabalho será responsável por analisar como as pessoas, normalmente mães, têm acesso aos serviços de saúde para seus filhos e quais as dificuldades enfrentadas por elas para conseguí-los, conforme relata Manuella. A outra parte está direcionada a crianças de três a 18 meses. Conforme a autora do projeto, Érica Cesário Defilipo, o objetivo é avaliar a existência de oportunidades para o desenvolvimento motor infantil na casa em que moram. “Veremos, por exemplo, se o espaço da casa oferece condições para a criança se desenvolver, se ela tem brinquedos para aquela faixa etária. Será que a presença de irmãos facilita o desenvolvimento da criança ou não?” A atividade dependerá do auxílio dos responsáveis pelos bebês, que precisarão fornecer dados como peso e altura da criança e tempo de gestação.

”O resultado da pesquisa poderá subsidiar a formulação de políticas públicas na saúde da criança e do idoso“, afirma Manuella. A divulgação dos dados está prevista para o final deste ano, quando as dissertações serão defendidas.

Para tanto, a equipe solicita a cooperação da população visitada para a realização da pesquisa. A fim de facilitar a recepção pela população, os integrantes estarão identificados com camisa verde, que terá a logomarca da UFJF, Nates (Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde) e do programa de Saúde Coletiva, além de usarem crachás.

A pesquisa tem o apoio do Nates e conta também com a orientação dos professores Ronaldo Rocha Bastos, Maria Tereza Bustamante e Jaqueline da Silva Frônio.

 

Toda a cidade

 

Os trabalhos na Zona Norte integrarão a primeira etapa da pesquisa, que pretende abranger Juiz de Fora inteira, “à medida que novos mestrandos ingressarem no programa e apresentarem suas propostas“, afirma a professora Isabel Cristina. ”É um sonho antigo do programa de Saúde Coletiva acontecendo.”

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Outras informações: (32) 2102-3841 (Pós-graduação em Saúde Coletiva)

mestrado.saudecoletiva@ufjf.edu.br