Ao todo, foram avaliadas 14.505 crianças menores de cinco anos em 123 municípios brasileiros
Os resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) foram divulgados na última sexta-feira (7). Os dados apontam para uma alta para os índices de aleitamento materno no país. Ao todo, foram avaliadas 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020 em 123 municípios brasileiros. O encerramento da coleta de dados foi antecipado devido à pandemia da Covid-19. O inquérito nacional de alimentação e nutrição infantil foi aplicado por questionários, com a realização de avaliação antropométrica e de coleta de sangue de crianças menores de cinco anos para avaliar o estado nutricional.
A pesquisa revelou que 53% das crianças brasileiras continua sendo amamentada no primeiro ano de vida. No caso das crianças menores de seis meses, o índice de amamentação exclusiva é de 45,7% e nas menores de quatro meses, 60%.
Na comparação do Enani com inquéritos nacionais anteriores, levando em conta indicadores de amamentação propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o resultado aponta que todos os indicadores melhoraram no Brasil. Ao avaliar os últimos 34 anos, comparando com os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 1986, houve aumento de quase 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de 4 meses e de aproximadamente 16 vezes entre crianças menores de 6 meses.
O estudo foi encomendado e financiado pela CGAN/DEPROS/SAPS do Ministério da Saúde, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordenação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os dados apresentados sobre aleitamento materno são preliminares. O restante dos resultados do estudo ainda está em fase de consolidação. A pesquisa irá auxiliar na atualização dos indicadores nacionais referentes ao estado nutricional, consumo alimentar e carências nutricionais infantis, além de subsidiar as políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde.
Para acessar o relatório preliminar do Enani, clique aqui.
Fonte: www.cfn.org.br/noticias