Nível de transmissão baixo, número de casos em queda e número de vidas perdidas estável e próximo de zero. Estes são alguns dos destaques da nova atualização do boletim da plataforma JF Salvando Todos. Divulgada nesta quarta-feira, 11, a 53ª edição do material apresenta um panorama dos indicadores da pandemia em Juiz de Fora. 

Pela primeira vez em 2022, o nível de transmissão do vírus que causa a Covid-19 é considerado baixo na cidade. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, com terminologia adaptada e traduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o nível de transmissão é baixo quando são registrados de 0 a 9,99 casos por 100 mil habitantes em um período de 7 dias; é moderado quando são registrados de 10 a 49,99 casos por 100 mil habitantes; é elevado quando são registrados entre 50 e 99,99 casos por 100 mil habitantes; e é elevadíssimo quando há registro de 100 ou mais casos por 100 mil habitantes. 

O coordenador geral da plataforma e professor do Departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas da UFJF, Marcel Vieira, atribui a essa redução dois possíveis fatores. O primeiro é a queda do número de casos de Covid, que gera a mudança do nível de transmissão. O segundo fator é a baixa procura por testagens por pessoas infectadas, o que pode significar que os sintomas da doença estão sendo, em sua maioria, leves. “Desta forma, seja por uma real redução do número de casos ou pelos casos atuais serem mais leves, temos a redução desta classificação.”

Entre os dias 24 de abril e 7 de maio, o município registrou aumento de 0,19% e 0,9% para o número de casos e de vidas perdidas, respectivamente. Nos 14 dias anteriores, estes percentuais de aumento tinham sido de 0,57% e 0,4%. Na 17ª semana epidemiológica, que corresponde ao intervalo entre 24 e 30 de abril, a cidade teve 69 novos casos e uma vida perdida. Já na primeira semana de maio, houve redução de 18,84% no número de novos casos e estabilidade no registro de óbitos.  

Queda dos indicadores
A média móvel para o número de novos casos em Juiz de Fora sofreu redução de 21,43 casos em 24 de abril para oito casos em 7 de maio, sendo, assim, 62,37% menor. Para os casos suspeitos, o indicador apresentou queda de 12,62%, saindo de 58,86 para 51,43 no mesmo período. Para os óbitos, houve aumento de 0,14 óbitos por dia, sendo de zero no início do período analisado. 

A taxa de letalidade é calculada a partir da divisão do número de vidas perdidas desde o início da pandemia pelo número de casos registrados no mesmo período. Em 7 de maio, o dado era de 3,39% em Juiz de Fora. No Brasil, o mesmo dia registrou uma taxa de 2,17%. 

Outro indicador analisado se refere ao coeficiente de letalidade da Covid-19, que é calculado mensalmente a partir da divisão do número de vidas perdidas pelo número de casos registrados no referido mês. Em abril, este índice foi de 0,56%, sendo de 1,13% no mês anterior.

Ocupação zero na UTI Covid
Segundo dados disponibilizados pela Prefeitura de Juiz de Fora, no dia 9 de maio o município tinha duas pessoas hospitalizadas pela doença e nenhum leito de UTI especializado em Covid para adultos ocupado.  

Vacinação segue em avanço
Levando em consideração a projeção populacional do IBGE de 577.532 habitantes para o município Juiz de Fora, é possível considerar que 87,15% da população recebeu a primeira dose, 80,19% receberam as duas doses, 47,27% receberam a terceira dose e 5,95% receberam a quarta dose na cidade. Todos estes percentuais seguem acima da média nacional. 

Na 18ª semana epidemiológica, foram aplicadas 379 primeiras doses, 2.180 segundas doses, 3.844 terceiras doses e 19.846 quartas doses, totalizando 26.249 doses no município.

Cuidados ainda são necessários
Marcel Vieira reforça a importância dos cuidados e medidas de controle da circulação do vírus, como o uso de máscaras em locais fechados e o distanciamento mínimo, mesmo com os indicadores registrando reduções. “O panorama atual é, sem dúvidas, favorável. Porém, de certa forma é perigoso, pois pode levar ao pensamento de que a pandemia já acabou.”

O especialista continua recomendando cautela e atenção para a manutenção do cenário positivo, pois o aumento da transmissão do vírus pode acarretar no surgimento de novas variantes desconhecidas e muitas vezes mais prejudiciais. 

Outras informações:
Plataforma JF Salvando Todos
53ª edição do Boletim Informativo