Equipe com integrantes do Planejamento, Prosdav, Prograd, Proinfra e Proex (Foto: Carolina de Paula)

Finalizando a série especial de reportagens sobre o primeiro ano de gestão de Girlene Silva e Telmo Ronzani  (2025-2028), três setores indispensáveis por fazerem com que a Universidade funcione – bem e dentro das exigências legais. Juntas, as pró-reitorias de Planejamento (Proplan) e de Infraestrutura e a Diretoria de Controle Institucional compõem um núcleo central para desenvolvimento de projetos e estratégias. 

Com um papel ressignificado por essa gestão, a Proplan atua diretamente em parceria com o Gabinete da Reitoria e na participação em comissões internas, que auxiliam na gestão acadêmica e administrativa da Instituição. Entre os assuntos debatidos nesse primeiro ano estão a aquisição de imóveis para abrigar as instalações do campus avançado em Governador Valadares, a criação da norma que regulamenta os Planos Individuais de Trabalho (PIT) e os Relatórios Individuais de Trabalho (RIT) e a revisão do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), elaborado na gestão anterior. 

“A reitora conversou comigo sobre a importância desse legado da gestão anterior, que é uma ponte que eu faço entre a antiga gestão e a nova gestão – de maneira que a gente possa aproveitar as experiências anteriores nesse processo de planejamento. Isso se manifesta muito bem no planejamento estratégico”, destaca o pró-reitor de Planejamento Eduardo Condé, que também foi titular da Proplan no reitorado de Marcus David, entre 2016 e 2024. 

Eduardo Condé é o pró-reitor de Planejamento da UFJF desde 2016. (Foto: Carolina de Paula)

Revisão de documentos importantes 

A partir do segundo semestre de 2025, a Proplan planeja apresentar proposta para elaboração de um novo Estatuto e um novo Regimento Geral para a UFJF – as versões atuais foram instituídas em 1998 e 1999, respectivamente. De acordo com o pró-reitor de Planejamento, a atualização é necessária, considerando as novas referências da legislação e as mudanças pelas quais a Universidade passou. “Talvez esse seja o projeto estratégico de longo prazo maior. A ideia é deslanchar o projeto a partir do segundo semestre, mas fazer isso ao longo do ano que vem. Não é um processo muito fácil. Mas é um projeto estratégico e que precisa ser encaminhado. É uma discussão que já leva alguns anos e a Reitoria, desde que foi eleita, também quer levar esse processo adiante”, aponta Condé. 

A Proplan também é responsável pelo Arquivo Central da UFJF, responsável por cuidar desde a gestão de documentos oficiais da instituição até itens de interesse público e histórico. Segundo Condé, os planos para esse setor envolvem a criação de um projeto, para organizar esse acervo, pelo menos como fonte. “Existem documentos dispersos que estão pelas unidades, em mãos de particulares, de ex-membros da administração superior. (Queremos) abrir um campo para esse estudo poder ser feito em algum momento no futuro”, destaca.

Infraestrutura: viabilizando antigas demandas

Pró-reitor de Infraestrutura Fábio Brum destaca na gestão investimentos com recursos do PAC . (Foto: Carolina de Paula)

Neste primeiro ano da nova administração 2024-2028, a Pró-reitoria de Infraestrutura da Universidade Federal de Juiz de Fora (Proinfra) comemora os sucessos e progressos alcançados durante esses primeiros doze meses.  Iniciativas como a elaboração de um projeto para a edificação de um prédio para o curso de Medicina Veterinária, investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no campus Governador Valadares e outros investimentos na área de transporte são alguns dos pontos destacados pelo pró-reitor de Infraestrutura, Fábio Brum.

A primeira grande ação é o início da elaboração do projeto de licitação para a construção do prédio para abrigar o curso de Medicina Veterinária. O custo estimado é de R$6 milhões de reais, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Fábio destaca que o prédio contará com clínicas para animais de pequeno e grande porte e laboratórios.

“Desde que começou o curso de medicina veterinária já tínhamos esse anseio de ter um prédio próprio para abrigar o curso. No momento estamos na fase de elaboração de projeto com a expectativa para que ainda esse ano possamos concluí-lo e dar início ao processo de licitação para a contratação de uma empresa que ficará a cargo das obras.”

O campus de Governador Valadares também irá receber investimentos do PAC para melhorias na infraestrutura no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), localizado na Unidade Vila Bretas, e na sede administrativa da Unidade Centro e na aquisição de um terreno e/ou imóvel para complementar as necessidades estruturais do campus avançado. O valor destinado pelo Ministério da Educação é de R$63 milhões.

“O nosso desafio foi buscar onde poderíamos aplicar essa verba para termos mais eficiência passando por questões técnicas, ambientais e olhando a necessidade do campus de GV. O objetivo foi isso. E como resultado, verificamos que era melhor investir essa verba na cidade em edificações, construção e compras de imóveis na cidade.”

Transportes

Fábio também fala sobre aprimoramentos na rotina laboral do departamento de transportes.  Segundo ele, foram implementadas inovações na gestão, como a criação de planilhas de controle e uma comunicação mais direta com os motoristas terceirizados, que estão na linha de frente. Isso permite a modelagem da gestão para torná-la mais eficaz nos serviços prestados.

“Abrimos esse canal de comunicação com os motoristas, estamos criando também uma planilha de controle dos veículos pegando históricos de manutenção. Agora estamos tentando fazer um plano de manutenção preventiva desses veículos. Temos um histórico de todas as peças e a data que foi trocada. Então conseguimos identificar a vida útil de cada peça dos carros e antes mesmo de dar algum problema, já realizamos a troca.” 

Outras intervenções estão sendo implementadas para serem aplicadas na garagem dos ônibus. Uma dessas intervenções é a instalação de um lavador que irá reutilizar a água das chuvas para a lavagem dos veículos. 

Frederico Riani, diretor de Controle Institucional, fala sobre 1º ano de gestão e projetos. (Foto: Carolina de Paula)

Controle Institucional

Responsável por instaurar, conduzir ou supervisionar procedimentos investigativos e disciplinares e processo de Tomada de Contas Especial, além de gerenciar o fluxo de comunicação com os órgãos de controle da Universidade Federal de Juiz de Fora, o primeiro ano da nova administração no quadriênio de 2024-2028 na Diretoria de Controle Institucional da UFJF (Dici) vem demonstrando avanços no processo de consolidação e institucionalização de sua atividade correcional. Um desses progressos é que a diretoria foi reconhecida pela Corregedoria Geral da União (CRG) como uma Unidade Correcional Instituída (UCI), conferindo ao seu titular total autonomia institucional.

A UCI é um departamento específico de um órgão ou entidade que tem uma estrutura e habilidades estabelecidas para lidar com questões corretivas. Essas unidades são formalmente condicionais, com regulamentos internos definindo competências, e têm um responsável com autoridade final para decidir sobre o juízo de admissibilidade correcional.

De acordo com o diretor de Controle Institucional da UFJF, Frederico Riani, esta qualificação da diretoria só foi possível porque o Conselho Superior (Consu) aprovou, em setembro de 2024, a Resolução nº 125, que estabelece as competências da Diretoria, dentre as quais “exercer de forma privativa a manifestação conclusiva quanto ao juízo de admissibilidade em relação aos procedimentos disciplinares”.

Outro destaque feito por Riani, é o fato da instituição ter sido classificada no Grupo 2 do Índice de Desempenho e Execução da Atividade Correcional (Idecor) do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, composto por diversos indicadores que geram pontuação para as unidades correicionais do sistema.

O professor explica que segundo os critérios estabelecidos, a Unidade Correicional pode se classificar em 5 grupos, sendo o grupo 1 o mais bem posicionado. Das 169 Unidades Correicionais participantes, somente oito figuraram no grupo 1. A UFJF está incluída no grupo 2, composto por 58 unidades correicionais, incluindo 10 Universidades Federais e sete Institutos Federais de Educação.

Ele reconhece que o índice é fruto do esforço dos servidores da Dici e do apoio dado pela Administração Central da UFJF. “Avançarmos na consolidação dos níveis de maturidade correicional definidos pela CRG e nos consolidarmos no Grupo 2 do Idecor, trabalhando com afinco para atingirmos o seleto Grupo 1 das Unidades Correicionais do Sistema do Executivo Federal.”

O diretor também ressalta uma resolução aprovada em dezembro de 2023, que estabelece a criação e constituição de um banco de servidores aptos para conduzir investigações iniciais, comissões sindicais, administrativas ou disciplinares dentro da Universidade. A Dici propôs a resolução após um diálogo com a Administração Central e o Sindicato dos Técnicos Administrativos em Educação, permitindo que este banco seja efetivamente empregado nos procedimentos corretivos.

Desafios

O diretor relata que uma das dificuldades da Dici é que, com a sua consolidação como uma Unidade de Correição Instituída, foi necessário desempenhar um papel elucidativo de que nem todas as irregularidades administrativas são também infrações disciplinares. Esta é uma situação excepcional.  Ainda de acordo com ele, existem várias ferramentas gerenciais que podem ser empregadas preventivamente, como a gestão de riscos à integridade, ou até mesmo para resolver questões concretas, como a administração de pessoas, que dispensam a intervenção corretiva.

“Esse aspecto que tem nos exigido atenção é o esclarecimento sobre o exercício da chefia e do poder hierárquico, que tem que ser feito da forma adequada, mas que é um dever do chefe. Ainda que gere descontentamento no subordinado.”

Metas e outras ações ao longo do ano

A equipe da Dici, no primeiro ano da nova gestão, estabeleceu como prioridade o desenvolvimento de fluxos de trabalho para aprimorar a maturidade correcional, segundo os padrões definidos pela CRG, em que constam cinco níveis, com 59 itens a serem plenamente satisfeitos e comprovados. 

Além disso, foi registrado pela equipe da Dici a implementação efetiva do uso do Sistema de Gerenciamento de Processos Administrativos Disciplinares, que é um sistema eletrônico obrigatório para o gerenciamento de informações correcionais no âmbito do Poder Executivo Federal. Além disso, foi dado início a realização de seminários internos para transmissão do conhecimento e discussões com a equipe, além de dar a largada nas qualificações sobre procedimentos correcionais específicos para a realidade da UFJF.

Por fim, ao lado das atividades correcionais, a Dici vem realizando o controle do fluxo de comunicação com os órgãos de controle. “Quanto ao fluxo de comunicação com os órgãos de controle, pretendemos manter o contato permanente com os gestores da UFJF de modo a atendermos às autoridades solicitantes a tempo e modo.”

Realização

Riani demonstra que ter um ambiente que promova a colaboração e o desenvolvimento dos processos é fundamental para o sucesso de qualquer organização, especialmente no setor público, onde o impacto das ações pode ser significativo para a sociedade. 

“Temos uma equipe coesa e dedicada. Servidores públicos na acepção da palavra. Trabalhar em um ambiente assim nos dá tranquilidade para implementarmos as mudanças que continuamente são necessárias. A maior conquista da Dici é ter os seus servidores pensando rotineiramente no aprimoramento dos seus processos.”

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