Diretor de Relações Internacionais da UFJF, Alexandre Cadilhe (segundo à esquerda) ressalta acordos com países do Brics, adesão a novo programa do Ministério das Relações Exteriores e mais ações (Foto: Carolina de Paula/UFJF)
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) consolidou avanços significativos no processo de internacionalização, entre abril de 2024 e abril de 2025, reforçando sua presença global e atraindo novos estudantes e pesquisadores estrangeiros. Sob a gestão da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), diversas iniciativas ampliaram o alcance da instituição, elevando sua posição em rankings acadêmicos e promovendo a formação de parcerias estratégicas. Para 2025, a agenda possui desafios importantes, com foco na expansão das ações de ensino, pesquisa e extensão internacionais. Confira os resultados, nesse campo, no primeiro ano da gestão 2024-2028 da Reitoria nesta reportagem integrante do especial “Juntos pela UFJF”.
Vice-reitor Telmo Ronzani assina acordo com universidades russas, como parte de ação dos Brics (Foto: Divulgação)
Um dos destaques foi a participação da universidade em missões acadêmicas internacionais, em Roma (Itália) e em Moscou (Rússia). Como parte das ações de encontro do Brics – grupo de países formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, a missão, na Rússia, deu início a uma série de diálogos com instituições dos países membros.
A UFJF também avançou em sua política de acolhimento de estudantes estrangeiros, aumentando de 145 para 190 o número de discentes internacionais. “A maioria é do Sul global, de países africanos, da América Latina e, em caráter inédito, também da Ásia, sobretudo de Bangladesh”, destaca o diretor de Relações Internacionais, Alexandre Cadilhe. Objetiva-se, desse modo, mais diálogo entre países do Sul global, termo geopolítico que se refere, de modo geral, a conexões entre países em desenvolvimento, com vista a relações mais cooperativas e multilaterais do que exploratórias e de dominância.
A instituição aderiu a novas iniciativas, tais como o Programa G-CUB Palestina, que oferta vagas a refugiados; o Move La América, voltado a pós-graduandos latino-americanos; e o programa PEC-PLE, destinado a estudantes de 75 países para aprendizagem da Língua Portuguesa e da cultura brasileira para posterior ingresso na graduação.
Ascensão em rankings
UFJF foi sede temporária do consulado da Colômbia para atender comunidade regional (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)
O impacto das ações de internacionalização também foi refletido na performance da UFJF em rankings globais. No Center for World University Rankings 2024, a universidade manteve-se entre as 5% melhores do mundo, alcançando a 1.071ª posição global. Já no Study Abroad Aide 2025, a UFJF subiu 318 colocações, passando a ocupar a posição de número 1.258 entre 8.536 instituições avaliadas, consolidando-se como uma das melhores universidades brasileiras para estudantes estrangeiros.
No Times Higher Education World University Rankings by Subject 2025, a UFJF se destacou em diversas áreas, figurando entre as 20 melhores instituições do país em Artes e Humanidades, Psicologia e Estudos Clínicos e Saúde.
Em 2024, a UFJF marcou presença em todos os colegiados e associações voltadas para a internacionalização, como o Colégio de Dirigentes de Relações Internacionais da Andifes, o Fórum de Assessores das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (Faubai), a Rede Uniminas e o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB). A participação “possibilita o aprimoramento das políticas institucionais, tendo como efeito o alinhamento de ações com foco no diálogo sul-sul e diálogo entre países dos Brics”.
No rol de iniciativas, também se destacam a oferta de cursos pelo programa Idiomas Sem Fronteiras, com fins específicos de internacionalização, as ações da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (DRI/UFJF/Acnur) e nova edição do programa institucional de intercâmbio, o Piigrad. Em convênio com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (Propp), o Global July 2024 congregou estudantes e pesquisadores locais e estrangeiros na realização de cursos.
“A UFJF tem se destacado no cenário acadêmico brasileiro por suas iniciativas de internacionalização. A Diretoria de Relações Internacionais desempenha papel fundamental na promoção de parcerias e programas que visam ampliar a presença da UFJF no exterior e atrair estudantes e pesquisadores internacionais”, ressalta Cadilhe.
Projetos e desafios para 2025
Uma das iniciativas para este ano, na gestão de Cadilhe na DRI, é a ampliação do evento Global July (Foto: Carolina de Paula/UFJF)
Até abril de 2026, a DRI planeja avançar na implementação de novas estratégias de internacionalização. Entre as prioridades, está a organização de evento anual de internacionalização, como o Global Studies Forum e o Global July Agenda.
Outro desafio é a reformulação das políticas linguísticas da instituição. Com a criação de um Comitê de Internacionalização e Comissão de Políticas Linguísticas, a UFJF pretende aprimorar a oferta de idiomas para seus estudantes e docentes.
Também está prevista a realização de um censo de internacionalização e de políticas linguísticas, em parceria com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (Propp), para mapear as necessidades e avanços na área.
Leia o relatório completo da Diretoria de Relações Internacionais.
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