Manobra para evitar asfixia é demonstrada aos educadores (Foto: Carolina de Paula)

O projeto de extensão “Escola Segura” e a Liga de Habilidades e Simulação Clínica receberam, na última sexta-feira, 5, cerca de 60 professores e monitores educacionais da rede pública e privada de educação para treinar manobras de ressuscitação cardiopulmonar, desobstrução de vias aéreas e atendimento à criança com crise convulsiva. A capacitação, em parceria com a Secretária Municipal de Educação, busca preparar os participantes para incidentes deste tipo, comuns no ambiente escolar. 

Segundo a coordenadora da iniciativa, professora Suellen Emídio, o projeto extensionista cumpre seu papel social, pois de acordo com a Lei nº 13722/18, chamada de Lei Lucas, as escolas, públicas e privadas, e espaços de recreação infantil devem treinar os seus profissionais para atendimentos de primeiros socorros. “Destaco a importância do treinamento, especialmente quanto a necessidade de aprendizado das manobras de reanimação e desobstrução de vias aéreas”, explica a professora da Faculdade de Enfermagem.

Lucas Begalli, que dá nome à lei, morreu por asfixia comendo um lanche durante uma excursão da escola, não recebendo os primeiros socorros de forma rápida e adequada. O caso aconteceu em Campinas, em 2018, quando o menino tinha 10 anos.

Projeto promove troca de experiências e aprendizados sobre o ambiente escolar (Foto: Carolina de Paula)

“Estamos fazendo a capacitação para poder replicar para outras pessoas que trabalham na instituição. A gente espera que não seja necessário aplicar, mas se acontecer algo, nós estaremos preparados”, disse a coordenadora da educação infantil do Centro Educacional Mundo Encantado, Maria Luiza Fonseca Morais.

Troca de experiências

Para a aluna de Enfermagem Bianca Batista Porto, a atividade propõe uma troca de experiências e aprendizados. “Alguns chegam até nós com um pouco de medo, perguntam se há leis que resguardam a intervenção em caso de necessidade e apresentam o receio de não conseguirem fazer as manobras de forma correta. Nós explicamos que eles não precisam saber a prática de forma profunda, mas o básico para salvar a vida de alguém até o profissional de saúde chegar.”

A estudante Camila Custodio da Silva acrescenta que a iniciativa amplia a formação oferecida no curso de graduação. “Há uma troca de aprendizado em que nós ensinamos, mas também aprendemos com eles. Por não serem da área de saúde, os professores têm muitas experiências para nos ofertar.”

Parceria

Segundo a técnica do departamento de Formação da Secretaria de Educação Ana Lopes, a parceria com a UFJF no projeto tem sido importante. “Os profissionais precisam ter esse conhecimento para atuar e para repassar para os colegas, tanto que podem ocorrer com as crianças no dia-a-dia, quanto um salvamento de uma situação de risco dentro da escola.”

Na primeira etapa do projeto, realizada entre outubro e novembro de 2022, mais de 270 profissionais da educação pública e privada de Juiz de Fora participaram da capacitação. Para a segunda fase, que acontece entre abril e junho deste ano, a previsão é oferecer a oportunidade para cerca de 200 pessoas. 

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