Projeto “A Ciência que Fazemos” promove visita de pesquisador ao Colégio João XXIII

Dentre as dúvidas, os alunos indagaram sobre o Big Bang, teoria das cordas, buraco de minhoca e multiverso (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Como a astronomia está presente na nossa vida? Esse foi o tema central da apresentação do pesquisador Lucas Batista durante visita ao Colégio de Aplicação João XXIII na última sexta-feira. A conversa faz parte das ações desenvolvidas pelo projeto de extensão da UFJF “A Ciência que Fazemos”, que trabalha com a divulgação científica voltada para os alunos dos ensinos fundamental e médio.

As visitas tem o intuito de humanizar a figura dos cientistas, apresentar as pesquisas desenvolvidas por eles e promover um bate-papo, tirando as principais dúvidas dos estudantes sobre o tema e a própria carreira científica. Durante o último encontro, vários assuntos foram abordados sobre o universo da astronomia e os adolescentes interagiram durante todo o processo, fazendo perguntas e descobrindo curiosidades sobre as galáxias e as estrelas.

Projeto “A Ciência que Fazemos” promove visita de pesquisador ao Colégio João XXIII (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Para Arthur Menon, estudante do nono ano, a visita foi uma oportunidade de entender mais sobre um dos seus filmes favoritos, Interestelar (2014), que explora diversas teorias da física: “Foi uma expansão gigante da minha mente! Nunca pensei em estudar os astros, mas expandiu a minha mente quando ele falou de um filme que eu amo muito! Esse projeto é uma forma de aprender mais sobre o mundo lá fora.”

O encontro também foi especial para o pesquisador e professor Lucas Batista, que conduziu a apresentação. Além de trabalhar, atualmente, como divulgador científico no Centro de Ciências da UFJF e ter realizado um estágio sobre esse tema na Nasa (National Aeronautics and Space Administration), ele cursou os ensinos fundamental e médio como aluno do Colégio de Aplicação João XXIII. Esse último ponto o aproximou ainda mais da realidade dos estudantes.

“É sempre bom voltar, rever professores, conversar com os alunos. Fiquei muito feliz de falar um pouco da minha trajetória, falar também desse assunto que eu amo muito (astronomia) com pessoas que já estiveram exatamente onde eu estive”, destacou Batista.

Para ele, a divulgação científica tem um papel ainda mais importante quando voltada para um público jovem. “Esse é um dos principais públicos porque são pessoas que estão iniciando a sua formação, pessoas que começam a descobrir tudo o que existe, não só da ciência, mas de qualquer outra área. A divulgação científica entra junto com o professor para levar os alunos e diminuir as barreiras que acabam sendo construídas entre a Universidade e a escola.”

Essa aproximação da Universidade com a realidade dos estudantes é um dos pontos centrais das visitas na visão da professora do Colégio João XXIII, Fernanda Bassoli, que faz parte do projeto e recebeu o pesquisador durante uma de suas aulas. “Nós somos uma unidade da Universidade, mas para os alunos ainda é uma coisa distante. Então, hoje foi muito especial porque eles receberam um pesquisador que é ex-aluno do colégio e isso é muito motivador, para que eles possam ver que daqui a oito, dez anos, eles podem estar nesse lugar.”

Saiba mais sobre o projeto “A ciência que fazemos”

O projeto pretende romper as barreiras entre o conhecimento produzido na Universidade e o dia a dia de crianças e adolescentes, para que esse público desenvolva autonomia e seja, cada vez mais, inserido dentro do debate científico.

Com o intuito de promover a cidadania científica são realizadas visitas de pesquisadores da UFJF em escolas de ensino fundamental e médio.

Acompanhe o projeto no Instagram: @acienciaquefazemos

Relembre: A Ciência que Fazemos agora em quadrinhos