O anfiteatro do Centro de Ciências sediou na manhã desta terça-feira, 22, uma audiência pública para debater sobre a possível emancipação do campus de Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O encontro, aberto para toda a comunidade acadêmica, possibilitou um diálogo para compreender como as forças políticas e sociais podem ser impactadas em um eventual desmembramento entre os campi.
A audiência pública foi conduzida pelo representante da Comissão de Condução do Debate sobre a possibilidade de emancipação do campus Governador Valadares, Ricardo Grünewald Zarantoneli, e teve como objetivo criar mecanismos para a ampla discussão democrática a respeito da emancipação do campus avançado.
Representando a gestão da UFJF, a vice-reitora, Girlene Alves, apontou que, por meio da resolução 05.2022 do Conselho Superior (Consu), a comissão foi criada para diminuir dúvidas e conflitos de informações pertinentes ao desmembramento e que a audiência pública representa uma oportunidade para a apresentação do trabalho, previamente realizado pelo grupo, para que haja um debate sobre as peculiaridades do campus avançado e da região ao qual está inserido.
“É importante que compreendamos a história do campus de Governador Valadares para que a Universidade caminhe junto com a sociedade, oferecendo cursos de qualidade. Nesse sentido, é fundamental que o grupo apresente exemplos de desmembramentos realizados com sucesso e aqueles que deram errado. Precisamos de elementos para que haja clareza para a tomada de decisões sem desconsiderar aspectos políticos, sociais e econômicos”, enfatizou Girlene.
De acordo com Zarantoneli, a Comissão criou três grupos de trabalho para darem início às pesquisas relacionadas ao possível desmembramento. O primeiro grupo ficou responsável em desenvolver o histórico e os contextos político, social e econômico de Governador Valadares, bem como as condições legais para a emancipação; o segundo foi incubido de fazer o levantamento de casos efetivados de emancipação de outros campi; e o terceiro fez o levantamento da estrutura do campus avançado, dos cargos existentes e dos necessários para o funcionamento da Universidade.
Após a apresentação, alguns esclarecimentos foram feitos, entre eles, o pró-reitor de Orçamento e Finanças, Eduardo Condé, salientou sobre as questões relacionadas à necessidade de capital para a manutenção do campus avançado que, atualmente, gasta anualmente, apenas com aluguéis de imóveis, cerca de R$7 milhões. Ainda enfatizou sobre a onerosidade do processo, caso opte-se pelo desdobramento.
Durante a audiência, foram pedidos outros esclarecimentos aos representantes da Comissão, por exemplo, sobre aspectos relacionados aos processos formativos dos cursos de graduação e pós-graduação, sobre as demandas regionais da localidade em que o campus avançado se faz presente, e sobre as perspectivas e expectativas da comunidade acadêmica de Governador Valadares, caso haja a emancipação. Zarantoneli ressaltou que as questões serão encaminhadas ao grupo para compor um novo relatório para ser apresentado ao Consu.
O evento, transmitido para a comunidade de Governador Valadares, contou com a participação de representantes da gestão administrativa da Universidade, bem como com a do diretor do Instituto de Ciências Exatas (ICE), Eduardo Barrére; do professor da Faculdade de Engenharia, Augusto Cerqueira; e do presidente da Associação de Pós-Graduação (APG), Matheus Botelho.
Próximos passos
Vale destacar que a Comissão já produziu o relatório de suporte ao debate sobre a emancipação. O documento contempla informações administrativas, relatos de outras emancipações, detalhamento de estruturas, entre outros conteúdos relacionados ao tema. Além disso, também já foi constituído um calendário para as discussões que já está em vigência.
Confira o calendário de discussões.
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