Terminam na próxima sexta-feira, dia 14, as inscrições para professor e monitor no cursinho popular Garra da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).  O processo seletivo é aberto a todos os alunos de graduação e pós-graduação da Universidade, e os interessados devem preencher este formulário eletrônico.

“Não temos nenhuma restrição de curso nem período, todos os estudantes podem participar. Dentro do Garra, além do suporte que damos aos professores e monitores, há uma preparação pedagógica. O nosso Departamento de Ensino existe justamente para trabalhar essa questão, o que inclui essa atenção e o suporte aos graduandos docentes”, explica Guilherme Martins, estudante do 7º período de Engenharia Computacional e vice-presidente da atual gestão do Garra.

O cursinho Garra é uma atividade extensionista que tem o objetivo de preparar estudantes de baixa renda da rede pública para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além de aulas, os estudantes são acompanhados no decorrer do curso por monitores. A iniciativa é coordenada pela professora da Faculdade de Medicina da UFJF, Ivana Moutinho.

Sobre as vagas 

Neste processo seletivo são oferecidas 34 vagas para as seguintes áreas: Redação, Língua Portuguesa, Literatura e Artes, Inglês, Espanhol, Geografia Física, Geografia Humana, História do Brasil, História Geral, Filosofia, Sociologia, Física Mecânica e Óptica, Física Termodinâmica e Ondulatória, Física Eletromagnética e Moderna, Química Orgânica, Química Inorgânica, Biodiversidade, Biologia Humana, Aritmética, Geometria, Álgebra e Matemática Básica.

O processo seletivo acontece em duas etapas eliminatórias. Em conjunto com o preenchimento do formulário, os candidatos deverão elaborar um vídeo de apresentação. Em seguida, os aprovados nessa primeira fase vão apresentar uma aula ao vivo para os avaliadores da atividade extensionista.

Para Gustavo David, estudante do 6º período de Administração e atual presidente do Garra, a participação como professor ou monitor na iniciativa colabora com a formação dos discentes da UFJF. “Nos tornamos profissionais com um olhar mais cuidadoso e afetuoso sobre a comunidade. Essa experiência muda o olhar social e o senso crítico a respeito das questões cotidianas. O Garra também dá um gás extra na vontade de aprender. Enxergo na gestão do projeto cada detalhe das questões que vi na sala de aula, isso motiva ainda mais a aprender e estudar.”

A avaliação é compartilhada por Martins que  também ressalta o duplo impacto do projeto para quem participa. “É um cursinho feito por e para pessoas, com pessoas você começa a entender a importância do coletivo. Você não sabe de tudo, mas a outra pessoa pode te complementar. É essencial na minha formação como profissional e ser humano”, finaliza o discente.

Preparação para o Enem

A previsão é que até o fim deste mês sejam abertas  as inscrições para os estudantes do Ensino Médio que quiserem se preparar para o Enem. As aulas acontecem no período da noite.

Ainda de acordo com David, o início das atividades está previsto para o fim do mês de março. Ainda há uma expectativa de retomada presencial das aulas. “Todos os processos seletivos acontecem de maneira remota, mas o nosso planejamento é voltar com as atividades presenciais de acordo com as possibilidades e protocolos da UFJF.”

Martins acrescenta que o Garra atua desde 2017 e já preparou mais de 250 alunos para processos seletivos neste período. “Não só o Garra mas todos os cursinhos populares e movimentos voltados para educação popular representam mais um auxílio à luta por uma educação de qualidade gratuita. É difícil mensurar o poder da educação, mas temos certeza que com projetos como este conseguimos derrubar certos discursos sobre uma pessoa poder ou não ocupar um determinado lugar”, complementa o estudante.

David também ressalta a importância de atividades extensionistas como o cursinho popular. “O Garra enxerga a educação como principal forma de transformação social. Acreditamos nessa capacidade de transformar a sociedade, e o Garra é mais um meio de incentivar a educação, dar oportunidade e mostrar para as pessoas que foram privadas de um bom ensino que é possível entrar em uma universidade federal”, reforça o  discente.

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