Os desafios enfrentados pelo Brasil frente à emergência climática mundial e o impacto de políticas ambientais – ou o boicote das mesmas – será o tema discutido por pesquisadores de referência nacional na mesa-redonda que integra o primeiro dia da programação científica da 73ª Reunião Anual (RA) da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O debate será coordenado pela pesquisadora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Angélica Cosenza, coordenadora do Grupo de Educação Ambiental (GEA).

O termo “emergência climática”, usado para designar a urgência em estabelecer ações para diminuir ou evitar danos ambientais irreversíveis ao planeta, ganhou destaque em 2019 – e, conforme adianta a pesquisadora Angélica Cosenza, o conceito também pode ser aplicado para explicar e prevenir situações de risco à saúde, como a própria pandemia de Covid-19. “A mesa-redonda discutirá, de forma interdisciplinar, a seriedade da emergência climática e como esse cenário de afronta à políticas ambientais pode acirrá-la.”

Além disso, a importância da educação ambiental será outro ponto do debate. “Seja na escola ou fora dela, na própria constituição de cidadãos como sujeitos ecopolíticos, a educação ambiental pode contribuir para melhor compreensão, tanto coletiva quanto individual, da necessidade de construir um futuro possível.” A mesa-redonda será realizada junto aos pesquisadores Paulo Artaxo (Universidade de São Paulo), Michele Sato (Universidade Federal de Mato Grosso) e Philippe Layrargues (Universidade de Brasília). 

Crise ecológica afeta controle de zoonoses; cenário nacional preocupa
A pesquisadora Angélica Cosenza destaca a relevância em inserir o debate sobre a emergência climática e o impacto de ações anti-ecológicas no maior fórum da comunidade científica brasileira, a 73ª Reunião Anual da SBPC. “É importante discutir junto a cientistas como esse cenário pode, inclusive, ser tratado como uma das causas da pandemia, uma vez que processos de degradação ambiental favorecem esse tipo de cenário: na medida que produções contemporâneos – como determinadas práticas do agronegócio e da mineração – desterritorializam sujeitos e seres vivos, são abertos espaços para relações que podem levar ao desenvolvimento de zoonoses.”

“Nesse processo, é fundamental que a ciência olhe para esse fenômeno e que seja aberto um grande debate público para compreensão do mesmo, uma vez que a emergência climática decorre de uma crise ecológica e é observada pouca disposição de países para colaborarem com políticas ambientais – sendo o cenário brasileiro ainda mais preocupante”, alerta a pesquisadora.

73ª Reunião Anual da SBPC
O evento acontece entre os dias 18 e 24 de julho de forma inteiramente on-line, sediando conferências, mesas-redondas, webminicursos, painéis e sessões de bate-papo. Confira também a programação da SBPC Jovem e Família e a SBPC Cultural.

programação completa da 73ª Reunião Anual da SBPC traz nomes de projeção no cenário científico nacional, sendo transmitida pelos canais SBPCnetTV UFJFCentro de Ciências UFJF,  Critt – UFJFUFJF Notícias e Revista A3 UFJF.

Outras informações: Site oficial da 73ª Reunião Anual da SBPC

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