O Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza, no dia 11 de junho, a partir das 15h30, no YouTube, a 3ª edição do evento extensionista “Troca de saberes, fazeres e dizeres indígenas, quilombolas e caiçaras no CAp”. A atividade on-line é gratuita, aberta a acadêmicos e profissionais, e terá como tema “Métodos de ensino que darão conta de um mundo pós-pandêmico”. As inscrições devem ser feitas durante o evento, para garantia de certificação. 

O objetivo da iniciativa é aproximar diferentes grupos sociais, visando a transformação do ensino pós-pandemia. Além disso, o “Troca de Saberes” pretende estimular pesquisadores e extensionistas a realizar outros estudos com indígenas, quilombolas, caiçaras e portugueses, bem como publicar trabalhos em parceria com os integrantes das comunidades que estão concluindo suas graduações e pós-graduações; possibilitar a continuidade do curso de formação de professores da rede básica; e incentivar a produção de materiais didáticos.

Confira o vídeo

Diversidade sociocultural

A professora do Colégio João XXIII e organizadora do evento, Cátia Duarte, destaca que “o desenvolvimento deste projeto permite divulgar e ampliar para a sociedade, além de professores e alunos, as ações realizadas pela Universidade, na promoção e respeito à diversidade sociocultural das comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras, proporcionando e incentivando um amplo debate sobre temáticas e desafios concretos, enfrentados por estes grupos sociais.” 

A avaliação é compartilhada pela pró-reitora de Extensão da UFJF, Ana Lívia Coimbra, que enfatiza o compromisso da instituição na garantia de uma formação integral e crítica em todos os níveis.

“O evento Troca de Saberes, agora na sua terceira edição, consolida a relação dialógica que é tão importante para a extensão universitária. Professores, bolsistas e demais estudantes têm a oportunidade de intercâmbio de informações  eexperiências com comunidades quilombolas e indígenas de territórios diferentes. Isso fortalece a concepção da escola de trazer para o cotidiano de seus estudantes uma metodologia participativa, colaborativa e que respeita as diferenças e as particularidades de cada grupo social.”

Saberes referenciados na cultura popular

Cátia Duarte pontua que a produção de conhecimento é inerente ao processo de formação e deve considerar não apenas o saber produzido no meio escolar, mas também aqueles provenientes e referenciados na cultura popular. 

“É necessário cuidar do conhecimento trazido pelos participantes das comunidades, contextualizados em sua realidade de vida. Com esta premissa, esses grupos são incluídos na produção de conhecimento e no processo de ensino-aprendizagem da nossa escola e, por meio dos professores do município presentes no evento, no processo de ensino-aprendizagem das escolas públicas de Juiz de Fora. Tem-se a possibilidade de interagir com grupos sociais considerados vulneráveis e perceber que, talvez, todos estejam vulneráveis às políticas governamentais.”

O “Troca de Saberes” também proporciona que bolsistas de diferentes cursos tornem-se sensíveis às causas da diversidade, ao perceberem que o respeito à diferença é resultado do exercício da alteridade e do diálogo, para além de um discurso acadêmico.  É o que afirma a bolsista e graduanda em Serviço Social, Laura de Melo Soares.

“É uma grande oportunidade conhecer os diferentes saberes culturais, como por exemplo, os indígenas, quilombolas e caiçaras. Além disso, estar à frente da organização deste evento, é uma experiência que possibilita o contato direto com as lideranças e suas comunidades, e permite uma maior compreensão das suas culturas e identidades.”

Conforme Cátia Duarte, o evento “Troca de Saberes” é fruto da colaboração e do trabalho de inúmeros atores da UFJF. “São inúmeras as contribuições. Agradecemos a todos que vêm contribuindo para a realização deste projeto, como a equipe da Pró-Reitoria de Extensão,  professores, técnicos e estudantes, especialmente os formandos do ensino médio regular, a professora Lilian Gil e o jornalista Ricardo Reis”, conclui a docente.

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