Além de sua atuação no cenário acadêmico, o movimento estudantil sempre participou ativamente da vida política brasileira

Agente de mobilização social e participante ativo dos principais momentos da política brasileira, o movimento estudantil é tema de um evento que o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH) do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) promove na próxima quinta-feira, 18.

A atividade vai abordar a trajetória do movimento, principais personagens e seu papel tanto no cenário acadêmico quanto na política nacional. E essa história vai ser contada por nomes que participaram desse percurso.

A programação começa às 19h, pela internet, e conta com três palestras sobre temas como a atuação do movimento estudantil na luta contra a ditadura civil-militar de 1964, suas contribuições para a democracia e principais desafios e rumos para o futuro. A experiência do movimento nos campi avançados também está na pauta dos debates.

O docente do Departamento de Direito do campus GV Pablo Leurquin integra o CRDH. Ele explica que o evento é fruto de conversas entre estudantes, professores e lideranças de movimentos sociais. “Inspirados na vida e obra de Paulo Freire, entendemos que a ação de extensão é também um processo de organização política, que tem como um dos principais eixos, no contexto universitário, o movimento estudantil”.

Leurquin ainda destaca que “entender a promoção dos direitos humanos como valor central para a democracia é necessariamente repensar as formas de sociabilidade, dentro e fora da nossa universidade. É também refletir sobre a própria democracia na universidade pública. Esses temas ganham maior relevância se entendermos que está em curso um processo de destruição da autonomia das universidades públicas e dos institutos federais, a partir de um projeto de privatização e de sucateamento do ensino público do país”.

Por tais razões, segundo o professor, o evento pretende “abrir um diálogo sobre a atuação das organizações políticas estudantis nacionais, como, por exemplo, a UNE [União Nacional dos Estudantes]”, além de “lançar um olhar sobre a necessidade de se consolidar redes valadarenses de promoção e proteção de direitos humanos.”

Movimento Estudantil: História em Debate
Dia 18/3, de 19h às 21h
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