Da esquerda para a direita: professor Luiz Menini Neto, professora Simone Cardoso, professor Fabrício Alvim Carvalho, doutoranda Érica Rievrs Borges, professora Vanessa Rezende (no vídeo) e professor Pedro Villa (foto: arquivo pessoal)

Uma tese realizada na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) analisa a diversidade filogenética em florestas urbanas, no domínio da Mata Atlântica em Minas Gerais. O estudo de Érica Rievrs Borges foi desenvolvido por meio do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e construído com informações do banco de dados ForestPlots.net e de inventários florestais organizados pelo Laboratório de Ecologia Vegetal da UFJF. A pesquisa retrata, então, algumas áreas, como o Jardim Botânico, o Campus da Universidade Federal, o Parque da Lajinha e a Reserva de Poço D’anta.  

Érica explica que analisar a diversidade filogenética significa também levar em conta a história evolutiva das espécies. Ela ressalta que as florestas urbanas são pouco estudadas e negligenciadas quanto ao seu papel na conservação da biodiversidade. Neste sentido, a pesquisadora relata que a tese mostra o grande potencial do uso de métricas de diversidade filogenética como indicadores da biodiversidade e de serviços ecossistêmicos que podem ser utilizados para o monitoramento da regeneração de florestas tropicais. “Essa ferramenta pode avaliar de maneira mais adequada como as florestas secundárias estão se recuperando”, relata. 

 Érica observa, ainda, que as relações biodiversidade-carbono variam de acordo com o histórico de distúrbio da terra, permitindo explorar estratégias de restauração e acumulação de biomassa. Essa é considerada outra constatação importante no cenário atual de mudanças climáticas e de aquecimento global, pois quanto maior a biomassa estocada nas florestas, menor é o índice de  carbono disponível na atmosfera.

O professor orientador, Fabrício Alvim Carvalho, reafirma a importância da pesquisa: “foi um dos estudos mais importantes realizados junto ao grupo do Laboratório de Ecologia Vegetal que coordeno, pois os resultados robustos vêm sendo publicados em revistas de alto impacto no âmbito da ecologia urbana”. Fabrício reforça, ainda, que estas análises estão ajudando a montar um “‘quebra-cabeças’ sobre a ecologia da vegetação de Juiz de Fora, que é um ótimo modelo do que aconteceu em grande parte do domínio do Bioma Mata Atlântica.” 

Contatos:
Erica Rievrs Borges – (Doutoranda)
ericarievrsb@gmail.com 

Fabrício Alvim Carvalho – (Orientador)
fabricio.alvim@ufjf.edu.br

Banca Examinadora:
Prof. Dr. Fabrício Alvim Carvalho – Orientador (UFJF)
Prof. Dr. Luiz Menini Neto – (UFJF)
Profª. Drª. Simone Cardoso – (UFJF)
Profª. Drª. Vanessa Rezende – (UFLA)
Prof. Dr. Pedro Villa – (UFV)

Outras informações: (32) 2102-3227 – Programa de Pós-Graduação em Ecologia