O projeto de extensão “Garra – Cursinho Popular”, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), deu início às atividades do ano letivo na última segunda-feira, 17. Em uma aula inaugural, os organizadores apresentaram o programa aos novos alunos, estimulando-os por meio de conversas e dinâmicas descontraídas. O encontro aconteceu às 18h30, no anfiteatro anexo do ICB (Instituto de Ciências Biológicas). 

O Garra, cujo foco é a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), visa a democratizar o conhecimento ao promover uma maior inclusão ao ensino superior. O projeto é gratuito, com aulas acontecendo de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 22h30, na Faculdade de Letras (Fale) da UFJF. Em fins de semana específicos, o projeto oferece ainda a realização de simulados pensados à semelhança de uma prova de vestibular. Das 70 vagas oferecidas, sete são reservadas para alunos com mais de 30 anos que não cursaram uma graduação e outras sete para ex-alunos do projeto que não conseguiram a aprovação. 

O reitor Marcus Vinícius David esteve presente e ressaltou o enriquecimento na aproximação entre a UFJF e a sociedade, permitindo que professores e estudantes conheçam diferentes realidades e pensamentos. “Um projeto de extensão deve conseguir juntar o conhecimento universitário com uma necessidade social, sanando-a. É o que o Garra faz. Ele pega alunos das mais diferentes graduações e, com orientação, oferece cursos para pessoas que querem justamente se preparar para entrar na Universidade. É um projeto que nos enche de orgulho, que tem resultados importantes e impactantes. O Garra muda a vida das pessoas.”

O presidente do projeto Garra, Guilherme David, acredita que “o fato de estudar em uma instituição de ensino pública, gratuita e de qualidade, faz com que você queira, de alguma forma, se aproximar ainda mais da sociedade e, além de ajudá-la, ser ajudado por ela. E é aí que o Garra entra. Buscamos, através da UFJF, impactar de alguma forma a vida dos outros e também ser impactado por eles.” Segundo Guilherme, o que permite o Garra a funcionar ano após ano é a persistência dos membros para continuar ajudando. “Todos acreditamos na educação como plataforma transformadora, o que dá muito gás para seguir em frente trabalhando.”

O vice-presidente do Garra, Vitor Bessoni, complementa que um dos objetivos do projeto é oferecer uma assistência estudantil a grupos que geralmente não a recebem. “O Garra oferece oportunidade para quem nunca teve. O projeto conduzir todos os alunos até o final do ano, superando obstáculos financeiros e mostrando que a educação é a melhor opção para a vida deles.” Para ele, a grande importância da extensão é sua capacidade de disseminar a relevância do ensino superior, atraindo alunos das mais diferentes realidades. 

Outras informações: Garra – Cursinho Popular