Na manhã desta sexta-feira, 13, o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus David, e a vice-reitora Girlene Silva, juntamente com representantes da Administração Superior, reuniram-se com a imprensa juiz-forana para um café da manhã. No encontro foram apresentados dados sobre a Universidade, entre eles, o balanço de atividades realizadas em 2019.
O diretor de Imagem Institucional, Márcio de Oliveira Guerra, abriu o evento, agradecendo a presença dos participantes e dos representantes da imprensa que trabalharam junto com a Universidade ao longo do ano. Ele apresentou dados da Diretoria e da Central de Atendimento (CAT), até novembro, o que apontou um crescimento da busca pela divulgação de ações no Portal e nas redes sociais da UFJF e do aumento pela procura dos serviços oferecidos pela equipe de Cerimonial e do Programa de Visitas. Finalizou exibindo a nova campanha audiovisual “UFJF transformando vidas”. “O portal foi acessado 1.123.765 vezes e divulgou 1.479 notícias. É importante destacar a relevância da partilha dessas informações por meio do Portal, das redes sociais e do trabalho prestado pela nossa equipe, pois demonstra a legitimação do trabalho da Diretoria e da busca constante da comunidade acadêmica pelo apoio institucional.”
O reitor Marcus David saudou a imprensa e agradeceu a oportunidade de poder fazer um balanço das atividades universitárias. Destacou o quanto o ano foi desafiador e avaliou o período de 3 anos e 9 meses de reitorado. “Esse ano, com um novo governo houve muita mudança da estabilidade da autonomia universitária. Foi caracterizado por um período de consulta pública e possibilitou um debate do trabalho realizado e o que precisa ser modificado. O que apresentamos hoje são os resultados. Mesmo em um cenário que impusesse desafios, conseguimos, não apenas manter as atividades na UFJF, mas obter saltos qualitativos importantes. Foram políticas na área de desenvolvimento e de melhoria na graduação, pós-graduação e junto a comunidade. Apesar das dificuldades, projetamos a Instituição em cenário nacional e internacional.”
David destacou alguns dados, como a queda de evasão de estudantes na graduação; a formação de professores de nível básico, médio e universitário; o número recorde de inscritos no Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism); a evolução dos programas de pós-graduação e das produções científicas; e os desafios enfrentados para a boa utilização da Fazenda Experimental da UFJF. “Os nossos jovens continuam a querer estudar na nossa Instituição, seja na graduação ou na pós. A UFJF tem a característica de ter uma pós-graduação tardia, quando ingressamos, muitas universidades estavam na nossa frente e, hoje, rankings relevantes colocam a UFJF como a segunda maior em Minas Gerais.”
Comunidades
Pensar na universidade pública é a necessidade de considerar o contato com as mais diversas comunidades que a integram. Considerando a relação com a sociedade, a Extensão da UFJF protagonizou 560 ações que atingiram 58 mil pessoas, há 850 estudantes bolsistas e 1.287 voluntários, 112 cursos e alcançou 93 bairros e distritos em Juiz de Fora e 37 em Governador Valadares. “Na área de proximidade com a Universidade, os centros de Extensão são fundamentais no contato com a comunidade. O Centro de Ciências, no novo espaço, teve 40 mil visitas anuais. Também podemos citar o Jardim Botânico com 50 mil visitas, desde a inauguração em abril.”
Se tratando de ingresso e permanência estudantil, o reitor apresentou dados da Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae) que apontam que 4.671 alunos recebem algum auxílio para permanência e possibilidade de conclusão do ensino superior de qualidade. “Não se trata apenas de bolsas. Tem conversas, atendimentos psicológicos e ações que dão apoio aos nossos estudantes. Esse ano foi investido R$ 14 milhões em auxílios de permanência, sendo que o aumento surge pelo crescimento da demanda e o ajuste dos benefícios.”
Também foi tratada a alta procura pelas 29 vagas oferecidas pelo concurso público. “Mais de 16 mil candidatos disputaram as vagas. Isso nos enche de orgulho, pois mostra o quanto a UFJF é desejada tanto para o estudo quanto para o trabalho.”
Trabalho integrado
Marcus David destacou a importância de fazer da Universidade um espaço que trabalha e se envolve com as diferenças. Nessa perspectiva, abordou a relevância de promover e incentivar as ações afirmativas em âmbito universitário. “As ações afirmativas devem ser caracterizadas como um local de aceitação e respeito às diversidades. Nesse ano, criamos a Comissão de Heteroidentificação, o Fórum Permanente de Diversidade da UFJF, o Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), a Política do Uso de Nome Social e o acolhimento e apoio a estudantes cotistas.”
Além disso, apresentou os trabalhos desenvolvidos pela Pró-reitoria de Cultura (Procult), ressaltando a relevância dos espaços culturais para o município e a transformação do Grupo Divulgação em Patrimônio Imaterial pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Abordou os números alcançados pelo setor de Inovação, focando na renda alcançada e nos 40 empregos criados, o que representa 2% do total de ocupações geradas em Juiz de Fora em 2018 e falou sobre o trabalho intensivo realizado pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI).
“A DRI tem desenvolvido vários projetos como o Mais Idiomas Reverso, o Laboratório de Internacionalização (Programa Labint), e a Mobilidade Internacional Docente (Programa Promid). Porém, gostaria de destacar o Global July. A diretora de Relações Internacionais, professora Bárbara Daibert, tem sido procurada por outras universidades para apresentar essa experiência. Neste ano, recebemos 35 professores e 38 alunos estrangeiros, além dos 478 estudantes que participaram das atividades. Além disso, aumentamos o número de parcerias com novas instituições estrangeiras e, agora, já são 167 acordos. Mantê-los é fundamental.”
O reitor também apresentou os dados do Hospital Universitário (HU), sendo considerado o mais satisfatório da rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), destacou os resultados da Universidade nas notas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e no Índice Geral de Cursos (ICG) recebendo avaliação de excelência pelo MEC ao alcançar a nota 4.
Planos
A UFJF pretende continuar os projetos iniciados e permanecer com as políticas universitárias que promovem inclusão e respeitam as diversidades de estudantes, professores e trabalhadores, sendo eles técnico-administrativos em Educação (TAEs) e terceirizados. De acordo com Marcus David o cenário a longo prazo traz inúmeros desafios, considerando principalmente a estabilidade financeira. “Pretendemos continuar a adotar uma estratégia orçamentária para o bom funcionamento universitário, apesar da contingência do governo federal, vamos conseguir fazer a travessia com o mesmo nível de estabilidade que mantém a UFJF em destaque nos âmbitos nacionais e internacionais.”