A palestra “Um passado traumático ainda latente: reflexões sobre tortura, memória e esquecimento” marcou o encerramento da 35ª Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), nesta sexta-feira, dia 25. Os professores da UFJF, Odilon Caldeira Neto e Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de Castro, juntamente com o professor convidado da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Valdei Lopes de Araujo, conduziram o debate.
O evento é uma das Semanas pioneiras do Brasil, e traz temas atuais, sociais e políticos. Neste ano, as reflexões estiveram centradas nos “Usos públicos da história e a construção da memória popular: disputa, narrativa e resistência em tempos sombrios”, buscando abordar uma discussão pungente para o saber histórico.
A programação se concentrou no Instituto de Ciências Humanas (ICH), e contou com exibição de filmes, minicursos, palestras, oficinas, comunicações orais, dentre outras atividades. A iniciativa reuniu estudantes, professores e pesquisadores da UFJF e convidados, com cerca de 200 participantes.
Pesquisadores debateram sobre tortura, memória e esquecimento. Foto: Maria Otávia/UFJF
Para o professor da UFOP, Valdei Lopes de Araújo, a temática escolhida para o encerramento da 35ª Semana de HIstória da UFJF evidencia a necessidade de o meio acadêmico envolver e integrar em seus debates o conhecimento produzido pela sociedade, através dos movimentos sociais. “Ficamos muitos felizes ao chegar em Juiz de Fora e encontrar a UFJF tão aberta à diversidade, conseguindo fazer esse diálogo entre sociedade e Universidade”, destacou.
O tema da 35ª Semana de História foi destacado pela professora do Departamento de História da UFJF, Hebe Mattos. “Este evento, organizado por alunos com esse tema, é inspirador, o que me deixa feliz, pois pensar em história no cenário público atual está complicado”.
Balanço da Semana
A estudante do curso de História e uma das organizadoras do evento, Júlia Machado, explica que o tema foi escolhido pela comunidade acadêmica, inserida nos cursos das Ciências Humanas, “Veio como um reforço do que é a Universidade pública, gratuita e de qualidade”, salientou.
A também organizadora da 35ª Semana de História e estudante do 5° período do curso, Júlia Delage, destacou os aprendizados promovidos pela iniciativa. “Estar presente em eventos assim, além de complementar a formação acadêmica no âmbito do conhecimento, traz uma grande experiência, assim como estar na organização. Saímos daqui preparados para organizarmos eventos maiores. É uma experiência muito interessante”.
Outras informações: (32) 2102-3101 – Instituto de Ciências Humanas