Da esquerda para a direita: o diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Humberto Alves; o superintendente da faculdade, Maurílio Elias; o diretor do ICV, o professor e o servidor técnico da UFJF-GV, respectivamente, Ângelo Denadai, Kennedy Martinez e Walteir Magalhães. (Foto: divulgação)

Um acordo firmado entre as universidades federais de Juiz de Fora (UFJF) e de Minas Gerais (UFMG) já rendeu os seus primeiros resultados. Na última sexta-feira, 29, a instituição de Belo Horizonte realizou a cessão dos primeiros dois cadáveres para o campus da UFJF em Governador Valadares. Esse material biológico está sendo dissecado por servidores técnicos e docentes e em breve beneficiará os discentes de todos os cursos da área de saúde.

A primeira remessa de materiais e as peças que virão em futuras cessões – já que o acordo não prevê prazo de vencimento – vão contribuir para aumentar o acervo anatômico do campus e para a melhoria da formação dos estudantes.

O professor de Anatomia da UFJF-GV, Kennedy Martinez, explica que é por meio desta disciplina que os futuros profissionais “estabelecerão as correlações com diversas outras, como a cirurgia, patologista, semiologia, propedêutica [conhecimentos básicos sobre determinada área]” e que “não há possibilidade de investigar as complexidades humanas sem entender a sua conformação”, conhecimentos que são adquiridos principalmente na prática com o cadáver.

Esta primeira cessão de materiais biológicos aconteceu apenas uma semana depois da assinatura do termo de cooperação técnica firmado entre a UFJF e a UFMG e que foi resultado, segundo o diretor do Instituto de Ciências da Vida (ICV) do campus de Governador Valadares, Ângelo Denadai, do “trabalho em equipe” das reitorias das duas universidades, do setor de Anatomia e do próprio ICV.

Para a consolidação da Anatomia da UFJF-GV, o próximo passo agora é o programa de doação voluntária de corpos em vida, cujo projeto já está tramitando no campus de Juiz de Fora.