O Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe até esta sexta-feira, 5, inscrições para o Programa de Treinamento Profissional. Ao todo, são ofertadas 13 vagas para bolsistas, sendo quatro para tradução/interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras); seis para acompanhamento a acadêmicos com barreiras de acessibilidade curricular e de comunicação; e três vagas para assessoramento às atividades do NAI. Além disso, também serão selecionados seis voluntários.

Confira o edital na íntegra aqui.

Para participar do processo seletivo, é preciso ser aluno de uma das graduações da UFJF e estar matriculado a partir do 2º período. Além disso, é exigida disponibilidade de 12 horas semanais para realização de atividades presenciais no NAI, no prédio da Reitoria, no Campus Juiz de Fora, e em outros setores da Universidade. Os candidatos que concorrerão às vagas de tradutor/intérprete também deverão comprovar conhecimentos da Língua Brasileira de Sinais, por meio de banca de proficiência composta por profissionais do núcleo. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail nucleo.nai@ufjf.edu.br.  

“A ideia é que os estudantes selecionados trabalhem em monitorias e no acompanhamento acadêmico junto aos alunos com deficiência. Por isso, podem participar do processo seletivo graduandos de todos os cursos. O objetivo é que os selecionados colaborem com a estruturação do NAI. A intenção é que já comecem a atuar neste mês de abril, sob nossa supervisão”, explica a coordenadora Katiuscia Vargas Antunes.

Katiuscia ressalta que os bolsistas passarão por formação específica, para melhor desempenho das atividades. “A expectativa é que os aprovados tenham mais do que uma atividade de treinamento profissional ou do campo administrativo e do acompanhamento acadêmico. Este processo é oportunidade de trabalho de formação mesmo, para tentar mudar a cultura institucional no sentido da inclusão. Os alunos que passarem pelo treinamento profissional do núcleo vão ter uma compreensão diferente sobre o outro e, consequentemente, vão ser profissionais diferentes quando estiverem em seu campo de atuação.”

Ainda, segundo a coordenadora, a integração dos estudantes com deficiência à comunidade acadêmica é uma das metas do NAI. “Os alunos com deficiência ainda estão muito solitários na Universidade. A integração deles na vida acadêmica é um ponto que nos preocupa. Para além de estarem aqui frequentando as aulas, é importante que estabeleçam um círculo de amizades, de convivência, que é fundamental. Essa relação com os bolsistas será enriquecedora para todos.”  

A avaliação é compartilhada pelo diretor de Ações Afirmativas da UFJF, Julvan Moreira de Oliveira, que destaca a relevância da estruturação do NAI. O núcleo foi criado em agosto do ano passado e está vinculado à Diaaf.

“O NAI tem uma importância fundamental na política de ações afirmativas da Universidade, pensando na inclusão e na permanência das pessoas com deficiência. Como a Diaaf trabalha, especificamente, as políticas de ações afirmativas, ter um braço específico é muito importante. Estamos no processo de construção desta política de inclusão e isso se dá com a participação de todos da Universidade. O NAI dará apoio para que todas as pessoas da Universidade possam pensar e implementar essas políticas de inclusão das pessoas com deficiência.”

Outras informações: nucleo.nai@ufjf.edu.br