E aí, já sabe onde vai pular carnaval ou você é daqueles que não quer nem saber da folia? Seja como for, o feriado é prolongado para receber a maior e mais famosa festa popular brasileira. Na rua, na praia, nos sambódromos, na micareta ou em casa, é importante estar atento a alguns cuidados para não deixar a saúde de lado. Afinal de contas, o ano tem que continuar depois, não é mesmo? Para quem quer curtir o período da melhor maneira possível, especialistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recomendam algumas dicas.

“A hidratação é a primeira questão com a qual o folião deve se preocupar.” A recomendação é do chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário (HU), da UFJF, Aloísio Gamonal. De acordo com o profissional, a cada uma dose de bebida alcoólica, outras duas de água devem ser ingeridas, para manter a hidratação ao longo das celebrações e evitar a temida ressaca.

O cuidado com a pele também deve estar entre as prioridades, com o uso de protetor solar. “As pessoas podem recorrer ao fator 30 de proteção, que já é suficiente. O importante é reaplicar o produto a cada duas horas, o que atende bem, inclusive, a quem está na praia ou exposto a muita sudorese. Além do protetor químico, outros acessórios podem ser utilizados, como bonés, sombrinhas e a não exposição demasiada ao sol no período das 10h às 16h.”

Para garantir que o organismo funcione a todo vapor, mesmo sendo exigida energia extra no ritmo de folia, Gamonal recomenda a ingestão de frutas, saladas, legumes e carboidratos. “São alimentos leves, que não pesam na digestão. É essencial evitar exageros, como comidas muito gordurosas, doces e bebidas alcoólicas em grandes quantidades. A dor de cabeça no dia seguinte é causada pela desidratação no organismo.” Caso a ressaca ainda assim insista em aparecer, o especialista diz que o jeito é reidratar o organismo e fazer uso de remédios sintomáticos, como para dor de cabeça ou diarréia, comer o menos possível e alimentos leves.

Infectologista do HU, Rodrigo Daniel de Souza, ressalta que a prevenção deve ser o lema nesta semana. Ele enfatiza que o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis aumenta consideravelmente no carnaval, devido ao maior contato com pessoas e a possibilidade de fazer novos parceiros, somado ao consumo elevado de álcool e outras drogas. “A camisinha pode falhar em até 3% dos casos normalmente. Se colocada de maneira equivocada, essa porcentagem aumenta. Pessoas alcoolizadas podem usar o preservativo de forma errada, então, é preciso ter muita atenção, para que ele não rompa ou se solte durante a relação.”

O beijo está liberado! “Não há muitas restrições em relação ao beijo. As doenças mais comuns associadas costumam entrar em contato com o organismo antes da fase adulta ou irão entrar em contato em algum momento da vida. Então, exceto em casos que feridas estejam à mostra, não é preciso se privar do prazer do beijo, porque o risco é baixo. Doenças transmitidas pela boca costumam ser benignas, de leves a moderadas”, avalia Souza. Então, é só ficar atento às dicas e curtir a folia.