O Quinteto BH Brass é formado por membros da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (Foto: Divulgação)

Atração desta quarta-feira, dia 25, no Teatro Pró-Música da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o Quinteto BH Brass apresenta para o público do 29º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, às 20h, numa rara formação musical no Brasil – o quinteto de metais. Formado por cinco membros da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, o grupo surgiu com a proposta de promover “uma nova experiência de música de câmara”, capaz de ressaltar a versatilidade dos instrumentos desse naipe para a execução de diferentes estilos.

“Estamos desejosos em enfatizar o quão eclético são os instrumentos da família dos metais. Executamos obras renascentistas, barrocas e de muitos outros períodos da música de concerto ocidental, além de diversas vertentes estilísticas do jazz, da música brasileira e do mundo”, afirma o trompetista Érico Fonseca.

O BH Brass inclui dois trompetes (Érico Fonseca e Daniel Leal), uma trompa (Gustavo Trindade), um trombone (Mark Mulley) e uma tuba (Rafael Mendes). Segundo Érico Fonseca, essa formação camerística, típica de países do hemisfério norte, é pouco usual no Brasil em razão de o país ainda ter pouca projeção na cena internacional de música de câmara. Se depender do Quinteto BH Brass, porém, essa situação poderá mudar, pois o grupo pretende divulgá-la em salas de concerto e festivais de música em todo o país.

O programa do concerto no evento juiz-forano – onde o grupo já se apresentou há alguns anos – divide-se em duas partes, começando por uma sonata de autor desconhecido e passando por compositores como o inglês Giles Farnaby (1563-1640) e o alemão Samuel Scheidt (1587-1654). Na segunda parte, o repertório avança para o século XX, com obras de autores como o norte-americano Paul Nagle e os brasileiros Gilberto Gagliardi, Tom Jobim, Luiz Gonzaga e Ari Barroso.

Para Fonseca, o grande diferencial e a importância do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga é que, embora aborde mais enfaticamente o repertório dos séculos XVI, XVII e XVIII, o evento “criou uma área de abrangência que vai além da música antiga, abraçando profissionais com múltiplas vivências artísticas”. Além disso, o músico destaca o papel pedagógico do Festival, dando relevo ao “papel da música como poderoso transformador social”.

A entrada é franca e os convites – quatro no máximo  por pessoa – serão distribuídos no Centro Cultural Pró-Música no dia da apresentação, de 8h30 às 17h30. Todos os concertos noturnos serão precedidos de palestras ministradas pelo Prof. Rodolfo Valverde (UFJF), com início às 19h, nos mesmos locais das apresentações.

O Teatro Pró-Música fica na Avenida Barão do Rio Branco 2.329, no Centro.

Confira a programação completa do 29º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga

Outras informações: (32) 3218-0336 (Centro Cultural Pró-Música-UFJF)