Sisu e Pnaes foram temas debatidos durante eventos em Brasília (Foto: Divulgação)

Sisu e Pnaes foram temas debatidos durante eventos em Brasília (Foto: Divulgação)

Quatro membros da Administração Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participaram de seminários promovidos, no dia 19 de junho, pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasíia. Os eventos tiveram como temáticas o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes).

O pró-reitor adjunto de Graduação da UFJF, Cassiano Amorim – membro do Colégio de Pró-reitores de Graduação das Ifes (Cograd) – foi convidado a falar sobre vícios e virtudes do Sisu, ao lado do diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Carlos Eduardo Moreno Sampaio, e do professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jesualdo Farias.

Na mesa redonda, apresentamos uma pesquisa que desenvolvemos a partir de dados coletados em todas as instituições federais de Ensino Superior (Ifes) brasileiras, destacando como cada universidade desenvolve suas políticas de ingresso, incluindo o Sisu como possibilidade”, conta Amorim. Segundo o pró-reitor, também foi desenvolvida uma discussão sobre os avanços e limites do Sisu na UFJF, “apresentando, ainda, dados sobre os impactos do Sistema no fluxo de estudantes no Ensino Superior – evasão e retenção dos sistemas”.

Criado em 2009, o Sisu é hoje uma das principais formas de acesso à universidade pública no país. Em 2017, na edição de janeiro, foram disponibilizadas 238 mil vagas – 4,5% a mais do que em 2016 – oferecidas por 131 instituições, e disputadas por mais de 2,5 milhões de candidatos. Na primeira edição deste ano, realizada em janeiro, foram disponibilizadas 239.601 vagas.

O reitor da UFJF, Marcus Vinícius David, e a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, também participaram do evento. “O encontro nos permitiu discutir com os reitores, vice-reitores e demais participantes da Andifes, as vantagens de utilização do Sisu no cotidiano da gestão da graduação nas Ifes, assim como apresentar quais limites e dificuldades são enfrentadas pelas instituições”, explica Amorim.

Plano Nacional
Ainda no dia 19, a Andifes reuniu especialistas para tratar sobre o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Com a temática “O Pnaes e a democratização do acesso, permanência e êxito na universidade federal”, o seminário abordou a importância da assistência estudantil e debateu sobre a necessidade de se ampliar o investimento nas políticas públicas voltadas para estudantes de baixa renda que, de outra forma, não teriam acesso ao ensino superior.

O pró-reitor de Assistência Estudantil da UFJF, Marcos Souza Freitas, participou do seminário, que contou com a presença de reitores e pró-reitores de universidades públicas de todo o país. “Ficou claro que o desejo das instituições de Ensino Superior é a ampliação das verbas do Pnaes e da assistência estudantil como um todo. Isso foi falado por vários atores sociais, abordando a importância deste momento político que estamos vivendo, no qual a universidade mudou e o quadro social cada vez mais se acirra com relação ao desemprego e às necessidades sociais”.

Segundo a Andifes, o aumento da inclusão de jovens de baixa renda no ensino superior público foi possível graças a políticas de Estado, considerando os processos seletivos massivos, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a criação de mais de 300 campi no interior do país e a Lei de Cotas, criada em 2013, que garantiu o ingresso de 32% dos estudantes que compõem o corpo discente das 63 universidades federais brasileiras.

“Na segunda parte do evento, houve uma discussão sobre a Matriz Pnaes. Está se construindo uma matriz que seja mais justa em relação à distribuição de renda no país, que considere o maior número de vulnerabilidade dos nossos estudantes e que possa atuar de forma mais equânime, tendo mais recursos para os espaços que tenham maior vulnerabilidade, em detrimento de outro”, conta Freitas.

De acordo com levantamento coordenado pela Andifes e pelo Fórum Nacional dos Pró-reitores de Assuntos Estudantis (Fonaprace), dois terços dos universitários têm origem em famílias com renda média de 1,5 salário mínimo, ou seja, mais de 43% dos alunos que ingressaram no ensino superior público e gratuito nos últimos anos pertencem às classes C, D e E.

Outras informações
(32) 2102-3975 – Pró-reitoria de Graduação

(32) 2102-3777 – Pró-reitoria de Assistência Estudantil