Refletir sobre o emblemático ano de 1968 e sobre as novas questões comportamentais que surgiram naquele período é o objetivo do mais recente projeto do Grupo de Pesquisa Comunicação, Cidade e Memória (Concime), da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Facom-UFJF). “A Longa Marcha dos Gays” é o tema da primeira das rodas de conversa mensais e será realizada na próxima sexta-feira, dia 4, às 14h, na sala de demonstração da Facom. Não é necessária inscrição prévia.

O professor convidado do encontro inaugural é o doutor em Sociologia pela Marcelo do Carmo, formado pela Universidade Sorbonne – Paris Descartes, local onde ocorreram ocupações em maio de 1968. Carmo vai abordar as identidades homossexuais e o imaginário que as circunda a partir destas ocupações.

De acordo com uma das líderes do Concime e professora da Facom, Christina Musse, as questões de gênero passaram a ser cada vez ser mais relevantes a partir desta data, em especial, as questões do feminismo. “Com toda sua pesquisa no tema, Marcelo pode nos apresentar a agenda de gênero em 1968 com o aporte da reflexão teórica possibilitada pelo estudo do imaginário. Nós pensamos que seria interessante debater um tema de tamanha relevância atualmente e que aparece numa normalidade incrível, mas que não era tão comum nos anos 60.”                 

Sobre o tema geral das discussões                                                                                                                                                                                                         

O grupo de pesquisa elegeu o tema dos 50 anos do ano de 1968 porque, além de ter sido um período emblemático na história recente mundial, foi naquele ano que se deu o início de uma grande revolução comportamental-cultural mobilizada pelos jovens.

“O Concime se dispôs a discutir essa temática durante todo o ano, mudando apenas a abordagem de acordo com o convidado, porque 50 anos é um tempo significativo, que sempre faz as pessoas rememorarem o que se passou. Queremos proporcionar aos alunos a reflexão e a discussão sobre esse passado recente, para vermos de que forma o período influenciou o que vivemos hoje”, conta Musse.

O conceito de roda de conversa foi amplamente disseminado nos anos 60, especificamente em 68, por proporcionar a troca de ideias e trabalhar o debate democrático, sobretudo nos campi universitários. Desse modo, a proposta do Concime é formar um “coletivo pensante”, abrindo espaço para a discussão de temas relevantes para a construção de um pensamento crítico na contemporaneidade que, mesmo feita em um contexto universitário, não terá a formalidade de uma ementa disciplinar.

Outras informações: (32) 2102-3601/3602 – Faculdade de Comunicação