Grupo da UFJF-GV que participou do Congresso de Hansenologia em Belém do Pará Foto: Divulgação

Rodrigo, Luíza, Rosângela, Lúcia Fraga, Lúcia Diniz (UFES), Thaís, Lorena, Gabriel e Márcio (Foto: Divulgação)

Rodrigo, Luiza, Rosangela, Profa Lucia, Dra Lucia Diniz da UFES, Thais, Lorena, Gabriel, Márcio

Estudantes de Doutorado do Programa Multicêntrico de Bioquimica e Biologia Molecular- PMBqBM e dos cursos de Farmácia, Medicina e Nutrição da UFJF-GV participaram do 14º Congresso Brasileiro de Hansenologia, realizado entre os dias 8 e 11 de novembro, em Belém do Pará.

 

A viagem propiciou aos estudantes a exposição de painéis, apresentações orais e o lançamento de um aplicativo para celular. Idealizada pelo professor do Departamento de Ciências Básicas da UFJF-GV, Márcio de Souza, em parceria com o estudante de Medicina da UFJF-GV, Gabriel Ayres, “A Bússola Hansen” busca o enfrentamento da endemia de hanseníase pelo acesso a informação e raciocínio clínico disponíveis através da criação de chaves de classificação para a doença por meio da plataforma, possibilitando a todos os profissionais de saúde pública, adequadamente qualificados, a classificação da hanseníase com precisão ampliada. “Recebemos diversos elogios e críticas construtivas em relação a ele, despertando interesse de pesquisadores da Fiocruz em uma possível parceria no aprimoramento do aplicativo” destacou Gabriel.

 

De acordo com Lúcia Fraga, professora do Departamento de Ciências Básicas da UFJF-GV, coordenadora do projeto Hanseníase e orientadora dos estudantes, a oportunidade de levar o grupo ao congresso foi gratificante. “Me senti realizada ao vê-los, todos, quer seja os estudantes de graduação como os de Pós- graduação, apresentando seus trabalhos, discutindo questões relativas à hanseníase, com pesquisadores nacionais e internacionais presentes ao evento”.

 

A hanseníase, doença endêmica na região de Governador Valares, ainda é considerada um problema de saúde pública no Brasil. 

 

Confira abaixo os depoimentos de estudantes que participaram do evento:

 

Thais D. de Souza – Acadêmica de Farmácia

A ida ao 14° Congresso Brasileiro de Hansenologia foi muito gratificante, pois pude aprimorar os meus conhecimentos, como também pude adquirir novos saberes mediante toda a riqueza de informações que foram apresentadas.

 

Rosângela Gomes –  Acadêmica de Farmácia

É uma vivência de extrema importância para nos acadêmicos que estamos inseridos na pesquisa através da iniciação científica, podemos ter contato com grupos de pesquisa de diversas localidades e nos atualizar cada vez mais sobre essa doença que ainda enfrenta diversos preconceitos, apresentamos os nossos trabalhos e aprendemos com o trabalho de outras pessoas. Sem dúvida foi uma experiência muito produtiva.

 

Verônica  Miranda – Acadêmica de Medicina

A ida ao 14° Congresso de Hansenologia da SBH em Belém me fez perceber o quanto ainda lidamos com uma doença negligenciada, sobre a qual ainda faltam estudos, mas que existem inúmeros profissionais qualificados dispostos a mudar esse panorama nacional. Também me permitiu conhecer a cultura diferente e bonita do povo local, a solidariedade das pessoas que lá vivem e aumentar meus conhecimentos teóricos sobre a doença e o exame dermatoneurológico. 

 

Gabriel Ayres Lopes – Acadêmico de Medicina

Uma das propostas do Núcleo de Pesquisa em Hansenologia ao participar do congresso foi a de apresentar a versão inicial de um aplicativo, a Bússola Hansen, desenvolvido com o intuito de auxiliar o diagnóstico da hanseníase. Durante o congresso, recebemos diversos elogios e críticas construtivas em relação a ele, despertando interesse de pesquisadores da Fiocruz em uma possível parceria no aprimoramento do aplicativo. Por essa e outras razões, o congresso foi importantíssimo para o estabelecimento de relações que têm grande potencial para dar visibilidade aos trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo.

 

Luíza Reis –  Acadêmica de Nutrição

Foi de grande importância a participação no Congresso de Hansenologia, pude perceber que ainda precisamos de pesquisar e dedicar muito para conseguirmos eliminar a doença no Brasil. 

 

Rodrigo de Paiva – Acadêmico de Medicina

Foi uma oportunidade única para a troca de conhecimentos e experiências, num ambiente com uma pluralidade de culturas e descontraído como Belém do Pará, e ainda com um padrão científico extremamente elevado. Desde líderes mundiais da área de Hansenologia, que até então conhecíamos só de nome, bem como distintivos jovens cientistas brasileiros, que nos mostraram que somos capazes de crescer na ciência. Dentre as palestras que assistimos, uma das sessões que mais me chamou atenção foi a de Neuropatias na Hanseníase e diagnósticos diferenciais. Através destas palestras pudemos ter a certeza que estamos fazendo corretamente a detecção diagnóstico e tratamento de pacientes com a Hanseníase Neural Primária – uma forma menos comum de manifestação da doença. Também aprendemos várias peculiaridades e dicas no diagnóstico das Mononeuropatias Múltiplas, que serão de grande utilidade nos futuros casos que atendermos. Assim que recebi o comunicado que um dos nossos resumos, no qual eu iria ser o apresentador, tinha sido escolhido para apresentação oral, fiquei muito surpreso e feliz em ver que todo o nosso trabalho e esforço ao longo desses anos estão sendo reconhecidos em âmbito nacional, e o que estamos escrevendo realmente tem importância e respaldo cientifico.