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Mestrando Marcos Caetano Teixeira analisou o mangá como tradição e contemporaneidade, a partir do modelo Mushishi (Foto: saiberiac via Visualhunt/CC BY)

O termo “mangá” é conhecido no mundo inteiro por designar as histórias em quadrinho japonesas. São eles os responsáveis pela origem de diversos “animes”, palavra que se refere às animações produzidas nos estúdios do Japão. É sobre este tema, analisando como o ser humano é representado principalmente no contexto japonês, que o mestrando Marcos Caetano Teixeira, do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), buscou analisar em sua dissertação “O Mangá como Tradição e Contemporaneidade: o caso de Mushishi”, defendida no dia 28 de setembro.

Baseando-se na catarse e nas linhas filosóficas de Nietzsche sobre tragédia e potência, o mestrando também buscou analisar as marcas do ser humano que é objeto e é atingido pelas forças externas do meio em que vive, forças essas simbolizadas pelas doenças causadas pelos “mushis” no mangá “Mushishi”, que retrata a realidade de um povo simples e sofrido que viveu entre as eras Edo e Meiji.

Por meio de uma metodologia analítico-descritiva, o mestrando buscou comparar a evolução histórica do mangá à história do Japão e da influência ocidental sobre o país. Além disso, utilizou-se de pensamentos, como, por exemplo, McCloud e Eisner a respeito dos quadrinhos. A conclusão obtida por ele foi que o “Mushishi” “realmente representa o contexto humano da época, apesar de todo o escapismo que o acompanha” e dos detalhes destoantes, advindos da imaginação da autora, Yuki Urushibara.

Amante da cultura japonesa e incomodado com as “mesmices” das histórias tradicionais, o mangá “Mushishi” chamou a atenção de Marcos Caetano. Orientado por Anderson Pires da Silva e co-orientado por Carolina Alves Magaldi, a dissertação tem um caráter inovador, visto que é uma das primeiras pesquisas sobre mangá no programa de estudos literários, segundo o professor. Pires conclui dizendo que “sua contribuição social é importante à medida que o mangá é uma leitura muito popular no Brasil; e, com isso, é imprescindível compreender essa literatura e como se constrói seu imaginário ficcional”.

Banca Examinadora:
Anderson Pires da Silva – Orientador (Programa de Pós-graduação em Letras – Estudos Literários – UFJF)
Carolina Alves Magaldi – Co-orientadora (Programa de Pós-graduação em Letras – Estudos Literários – UFJF)
Marcos Vinícius Ferreira de Oliveira – UFJF
Rony Petterson Gomes do Vale – Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Contato
marcoscaetanoteixeira@gmail.com