Rafael José Freitas de Paula:  “Tenho mais tranquilidade. Como meu curso é bastante caro e como a gente está ganhando essa bolsa agora, diminuíram os gastos.(Foto: Iago de Medeiros)

Rafael José Freitas de Paula: “Tenho mais tranquilidade. Como meu curso é caro, diminuíram os gastos.(Foto: Iago de Medeiros)

Há exatamente um mês a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizou a concretização de um marco histórico para a permanência estudantil no período de graduação: a entrega das chaves da Moradia Estudantil. Uma demanda recorrente de antigas gestões que, com apoio do corpo estudantil, ganhou forma e tornou-se realidade. Os prédios oferecem uma nova oportunidade de vivência e continuidade na instituição.

A Moradia Estudantil assegura aos estudantes condições de manutenção na Universidade, não apenas pela diminuição de gastos, mas por garantir que eles concluam a graduação com a proteção e o cuidado da UFJF. Juntamente ao auxílio de outras políticas estudantis, o aluno tem a garantia de que o conjunto de ações realizadas na Instituição asseguram algo além da estadia, pois formaliza o compromisso e prioridade da Universidade com as questões estudantis.

Para que essa demanda saísse do papel, fez-se necessário um trabalho em equipe, que envolveu toda a Administração Superior, com a participação efetiva do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Os prédios, que estavam fechados por mais de quatro anos, passaram por modificações e melhorias até que pudessem se tornar o lar de 66 alunos, selecionados por meio de edital.

Alguns dos alunos da Moradia Estudantil retratam como tem sido a experiência de vivência coletiva neste período. Conheça as histórias dos alunos Rafael José Freitas de Paula, Yan Santos Policarpo e Thamares Hagar da Silva.

Conforto e suporte

A história de Rafael com a UFJF começa quando ele foi aprovado no curso de Odontologia e precisou se adaptar à nova realidade acadêmica. Foi necessário deixar sua cidade, Lima Duarte (MG), e se mudar para Juiz de Fora. Quando chegou ao município, buscou uma moradia e acabou indo viver em uma república. “Na minha primeira república, eu dividia quarto com três pessoas. Esse foi o meu primeiro contato de dividir quarto, e isso até me ajudou, pois quando cheguei aqui (Moradia) percebi que era mais fácil dividir com apenas uma.”

Segundo o estudante, a Moradia Estudantil possibilitou uma maior estabilidade financeira e conforto para que ele pudesse concluir a graduação. “Tenho mais tranquilidade. Como meu curso é bastante caro e como a gente está ganhando essa bolsa agora, diminuíram os gastos. Me permite comprar os materiais de estudo, pois viver de aluguel dificulta e  morar aqui dá uma estabilidade.”

Aluno do 4º período, Rafael aponta que, manter uma boa relação de diálogo com o colega de quarto é imprescindível para que ambos se sintam à vontade no mesmo espaço. “Para resolvermos questões cotidianas é preciso conversar, como por exemplo, para poder colocar uma cortina, decidir quem vai dormir em cima ou embaixo. Temos que pensar em algo que fica confortável para os dois. É um desafio diário, mas isso é algo que a gente consegue adaptar”.

Segurança, companheirismo e uma boa roda de violão

 Yan Santos Policarpo: “Sempre acordo, faço café, pego o violão, toco baixinho para não incomodar ninguém e depois vem um, vem outro. A gente se reúne e vai todo mundo para o RU.”(Foto: Iago de Medeiros)

Yan Santos Policarpo: “Sempre acordo, faço café, pego o violão, toco baixinho para não incomodar ninguém e depois vem um, vem outro. A gente se reúne e vai todo mundo para o RU” (Foto: Iago de Medeiros)

Da região dos Lagos, mais precisamente de Silva Jardim (RJ), Yan Santos Policarpo chegou à UFJF em março deste ano, para cursar o Bacharelado em Ciências Exatas, mas acabou se encontrando no curso de Ciências da Computação. O estudante conta que, quando chegou a Juiz de Fora, mudou-se para o bairro Dom Bosco, na expectativa de conseguir um espaço na Moradia. “Antes ficava bastante complicado. Por eu morar no Dom Bosco, passava em uma trilha atrás da Faculdade de Economia e subia um morro todos os dias para assistir aula, almoçar, jantar, para fazer tudo o que era necessário. Agora, aqui na Moradia, é muito mais simples e com segurança, além de bem mobiliado. Onde eu morava tinha dificuldades, pois só tinha micro-ondas, não tinha nem fogão.”

Yan destaca o fato de o espaço ser cuidado o tempo todo, coisa que não acontece quando se mora em uma pensão ou república. “Aqui, o pessoal que fica na portaria tem contato direto com a Proinfra e com o pessoal da Universidade. É uma responsabilidade que a Gestão pegou para ela e que faz toda a diferença na vida do aluno.”

O estudante diz que não teve dificuldade em relação ao convívio com os moradores e seu companheiro de quarto. “Ele faz Engenharia de Produção e a nossa convivência é muito boa. Temos disciplinas parecidas, então conversamos bastante sobre essas questões também. Ter alguém para dividir as experiências é sempre bom.”

Para diminuir a saudade de casa, Yan trouxe para a Moradia Estudantil o seu violão. “Sempre acordo, faço café, pego o violão, toco baixinho para não incomodar ninguém e depois vem um, vem outro. A gente se reúne e vai todo mundo para o RU.”

A mãe do estudante, Dulcilene da Silva Santos, se diz surpreendida com o local que seu filho está morando. “Estou muito satisfeita com o trabalho e as condições oferecidas pela UFJF, principalmente, por não ter que me preocupar com alimentação, segurança e comodidade do Yan. Sabendo das possibilidades da Universidade, eu pretendo vir morar em Juiz de Fora e trazer meu outro filho para estudar aqui também.”

Thamares Hagar: “Aqui me sinto mais segura, sabendo que temos vigilantes na portaria, além do pessoal que está aqui dando apoio constante. É ter a certeza de que nós estamos seguros.”  (Foto: Iago de Medeiros)

Thamares Hagar: “Aqui me sinto mais segura, sabendo que temos vigilantes na portaria, além do pessoal que está aqui dando apoio constante. É ter a certeza de que nós estamos seguros” (Foto: Iago de Medeiros)

Thamares Hagar veio de São Paulo para cursar graduação em Artes e Design e também destaca a segurança como um dos pontos complementares de auxílio à Moradia. A aluna conta que esse apoio oferecido pela Instituição é mais do que apenas um auxílio financeiro, mas uma maneira de otimizar o tempo de estudo sem a preocupação com locomoção e segurança.

Ela ressalta que a Moradia traz segurança e tranquilidade que não seria capaz de encontrar se vivesse em uma república ou pensão. “Aqui me sinto mais segura, sabendo que temos vigilantes na portaria, além do pessoal que está aqui dando apoio constante. É ter a certeza de que nós estamos seguros.”

Outras informações: (32)2102-3777 (Pró-reitoria de Assistência Estudantil)