O documentário exibido, "De gravata e unha vermelha", foi objeto de estudo da dissertação de mestrado de Ailton Melo em uma pesquisa conhecida como “etnografia de tela”. (Foto: Victor Marcelino)

O documentário exibido, “De gravata e unha vermelha”, foi objeto de estudo da dissertação de mestrado de Ailton Melo em uma pesquisa conhecida como “etnografia de tela”. (Foto: Victor Marcelino)

O documentário “De gravata e unha vermelha” foi exibido com o intuito de instigar o debate acerca das questões de gênero na Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). As discussões contaram com o professor Ailton Melo, da Universidade Federal de Lavras, e fazem parte do evento ‘Combate à LGBTTIfobia: construindo resistências em tempos de conservadorismos’, sendo a segunda atividade deste que ocorre em todas as quartas-feiras do mês de maio, às 19h.

“De gravata e unha vermelha” trata sob diferentes perspectivas as vivências Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros  e Intersexos (LGBTTI) no Brasil, contando com a participação de famosos como Laerte e Rogéria, perpassando por anônimos e suas dificuldades no cotidiano. A obra é de 2015 e tem como diretora a psicanalista Miriam Chnaiderman.

O documentário foi objeto de estudo da dissertação de mestrado de Ailton Melo em uma pesquisa conhecida como “etnografia de tela”. Com base no filme, Melo buscou compreender os aspectos ali retratados: “Eu fui até o documentário, mergulhei nele, e fui trazendo relatos que depois passei a problematizar, que é um conceito que a gente trouxe do Foucault. Meu mestrado foi baseado no documentário, tendo como aporte teórico a teorização foucaultiana”, explica.

O Brasil é o país em que mais transexuais são mortos no mundo, assunto que levou a Organização das Nações Unidas (ONU), na última semana, a recomendar ações ao governo brasileiro para garantir a preservação dos direitos humanos. Com base neste cenário, Melo avalia que é fundamental retratar o assunto e mitigar o debate: “A educação é quem vai conduzir um novo processo. Se não conseguirmos formar pessoas com outra mentalidade, não vamos conseguir avançar muito. Ter esse espaço na Universidade, nas escolas, nas ruas, e discutir isso é fundamental. Expor essa realidade é muito importante para que as pessoas pensem no que está acontecendo.”

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed) promove durante o mês de maio eventos com o intuito de combater a LGBTTIfobia.As atividades são sempre às quartas-feiras, às 19h, na Faculdade de Educação da UFJF. (Foto: Victor Marcelino)

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed) promove durante o mês de maio eventos com o intuito de combater a LGBTTIfobia. As atividades são sempre às quartas-feiras, às 19h, na Faculdade de Educação da UFJF. (Foto: Victor Marcelino)

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed), vinculado à Faculdade de Educação da UFJF, promove durante o mês de maio eventos com o intuito de combater a LGBTTIfobia. A escolha do mês se dá pelo fato de no dia 17 de maio ser o Dia Internacional de Combate à LGBTTIfobia, por conta da decisão da Organização Mundial da Saúde de nesta data, em 1992,  retirar a homossexualidade de sua lista de doenças.

Na próxima quarta-feira, 17, haverá a mesa redonda “Educação e combate à LGBTTIfobia” com a professora Amanda Mattos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Anderson Ferrari da Faced/UFJF. A entrada é gratuita e o comparecimento em ao menos quatro dos cinco eventos confere certificado.  As atividades são sempre às quartas-feiras, às 19h, na Faculdade de Educação da UFJF, exceto o último encontro, no dia 31, que será realizado no  Centro de Formação do Professor, na Avenida Getúlio Vargas, 200 – Centro.