comemoração 50 anos HU - Coral Pró-Música UFJF Foto Alexandre Dornelas

A solenidade contou com apresentação do Coral Pró-Música-UFJF (Foto: Alexandre Dornelas)

Fragmentos de diversos poemas famosos estiveram presentes na recepção dos que compareceram à solenidade Noite da Saudade, evento que encerrou as comemorações pelos 50 anos do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), completados na última segunda-feira, dia 8. Na cerimônia realizada na noite de quinta-feira, 11, no auditório Gilson Salomão, na Unidade Santa Catarina, profissionais aposentados e ainda atuantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências e saudar a todos que fizeram parte da história da instituição.

A solenidade rememorou toda os grandes marcos do HU, como o convênio em 1963 que iniciou o desenvolvimento das atividades, até aos processos que levaram à construção das atuais sedes do hospital (a lista com os marcos se encontra aqui). Quem iniciou a saudação aos profissionais foi o atual superintendente do HU, Dimas Araújo, que ressaltou a grande importância do evento: “É um momento de reunir quem participou da construção dessa história, estudantes, residentes, trabalhadores, professores. Cinquenta anos de uma história exitosa.”

comemoração 50 anos HU - diretor Dimas Araújo  Foto Alexandre Dornelas

Dimas Araújo: “São 50 anos de uma história exitosa” (Foto: Alexandre Dornelas)

Sobre a pluralidade de profissionais das mais diversas áreas sendo homenageados no evento, o superintendente avaliou como positiva: “Tivemos professores de diversas áreas, trabalhadores, ex-alunos, acho que conseguimos representar todos nesse evento simples, mas que expressa toda a diversidade do Hospital Universitário”. Após a fala de Dimas, quem deu prosseguimento à solenidade foi o ex-reitor da UFJF e ex-chefe de serviço do HU, Renê Gonçalves Matos, que rememorou diversas figuras importantes na construção da instituição nos 50 anos, enquanto imagens históricas eram apresentadas ao fundo.

Ele ressaltou a importância de relembrar os tempos antigos, mas que esta não é a prioridade: “Reunir não é para a gente curtir memória. Não é para a gente relembrar os tempos, o que também é gostoso para a gente. É porque a nossa experiência tem que valer para as próximas gerações. Depois da minha, por exemplo, já devem ter passado duas ou três gerações, então, por isso, é tão importante as pessoas saberem como isso aqui foi construído, o esforço que cada um deu”.

O ex-reitor lembrou que no começo do hospital, o foco era no atendimento de indigentes, cenário que sofreu grande alteração após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS): “Hoje eu ouço as pessoas falando mal do SUS (risos). Mas que coisa boa, já que hoje todo mundo tem direito à atenção, e na época não tinha. Eram carentes as pessoas que eram atendidas na Santa Casa e aqui”.

comemoração 50 anos HU - ex-reitor Renê Matos Foto Alexandre Dornelas

Renê Matos: Nossa experiência tem que valer para as próximas gerações” (Foto: Alexandre Dornelas)

A cerimônia contou, ainda, com uma apresentação do coral Pró Música-UFJF. No final, os presentes tiveram acesso à uma exposição de quadros dos membros do Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (Caps), e a uma série de honrarias recebidas pelo HU ao longo dos 50 anos. O evento contou com cerca de 50 pessoas, das mais diversas gerações que trabalharam no hospital, dando a oportunidade de contato entre antigos amigos e profissionais mais novos que conheceram veteranos do HU. Por último, um coquetel na cerimônia deu fim a série de eventos realizados nesta semana em comemoração aos 50 anos do hospital.

Presença feminina

Uma marca presente durante as saudações na cerimônia foi o papel das mulheres ao longo dos 50 anos. Os dois convidados para exporem na solenidade, Dimas Araújo e Renê Gonçalves Matos, ressaltaram a importância que várias mulheres tiveram na história do HU, apesar de isto não ter sido representado com uma alcançando o cargo máximo de chefia. A gerente de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário, Ângela Gollner, falou sobre esta presença marcante: “As mulheres estão à frente de múltiplas ações, em que é muito importante o olhar feminino, aquele cuidado, aquela delicadeza com detalhes, e que às vezes os homens passam direto. Eu acho que a gente tem a mulher muito presente na vida do hospital”.

A gerente destacou que apesar de uma mulher nunca ter alcançado o máximo cargo de chefia, muitas tiveram posições destacadas nas mais diversas áreas do hospital, como dermatologia, hematologia, farmácia e outras: “Há dez anos estou na gestão do hospital: passei por coordenadora do CEP, editora da HU revista, depois diretora de ensino e pesquisa durante quatro anos e, desde janeiro de 2015, na função de gerente de Ensino e Pesquisa”.