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Exposição continua nesta sexta e no sábado, das 9h às 16h, com entrada franca (Foto: Alexandre Dornelas)

“Nunca tinha visto, gostei de tudo, não sabia que existiam tantos tipos de moluscos”. A impressão de Rafael Haddad, 10 anos, expressa a surpresa de muitas crianças e adultos que foram nesta quinta-feira, 7, na abertura da exposição interativa “Mudanças Climáticas e Biodiversidade em Risco: Histórias que os moluscos têm pra contar”. Montada na Sala Verde do Parque da Lajinha, a exposição apresenta uma coleção de mais de 45 mil conchas do mundo inteiro e todo o acervo do Museu de Malacologia Professor Maury Pinto de Oliveira, da UFJF, considerado um dos maiores do Brasil e de reconhecida referência mundial.

O evento, promovido pelo Museu, em parceria com os alunos da disciplina “Educação em espaços urbanos não formais”, do curso de Ciências Biológicas da UFJF, aborda como as mudanças climáticas podem alterar a distribuição das espécies de moluscos e os impactos na biodiversidade do planeta. Em seu primeiro dia, a programação inaugurou as quatro sessões temáticas: Diversidade e Cultura; Cada um com a sua Concha; Devagar se vai ao longe; e Uma Íntima Relação; todas elas divididas em mesas que, através de atividades interativas, lúdicas e sensoriais abordam aspectos históricos, sociais, culturais e biológicos dos moluscos.

As mesas trazem questões que vão desde a arquitetura inspirada em moluscos até as formas evolutivas da esquistossomose, doença transmitida pelos mesmos. Além das sessões temáticas, uma atividade externa propõe ao visitante expressar-se através de um desenho que tenha sido inspirado pela exposição.

Para Luísa Esperon, 14, estudante do 9º ano do ensino fundamental, o melhor momento foi o da dinâmica interativa. “Foi muito legal poder fazer o fóssil, pegá-lo na mão, e ainda poder levar a lembrança para casa.” A atividade, além de divertida, pode ser de aprendizado. “Aprendi o modo que devemos nos portar em relação à preservação dos moluscos. O homem maltrata muito a biodiversidade”, conta Luísa.

A professora e curadora do evento, Sthefane D’ávila, atenta para a importância da análise crítica sobre o processo de aquecimento potencializado pelo homem. “Essas mudanças climáticas alteram a água em que os moluscos vivem, tornando-a ácida. Esse processo prejudica a concha, o que leva os indivíduos à morte. Com essa perda de diversidade, há uma modificação de todas as relações entre os diferentes organismos que têm uma ligação ecológica”, explica.

As atividades do evento continuam nesta sexta-feira e no sábado, 8 e 9 de julho, na Sala Verde do Parque da Lajinha, e tem entrada franca, com funcionamento das 9h às 16h.

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