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Audiência pública debate Plano de Drenagem de Juiz de Fora

A audiência pública realizada ontem, 27 de março, na Câmara Municipal de Juiz de Fora  para discutir alternativas para os recorrentes alagamentos no Bairro Industrial, Zona Norte, terminou sem respostas efetivas à população local. Apesar de a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Estratégico (SPDE) ter apresentado Plano de Drenagem Urbana que contempla a região, o conjunto de intervenções proposto por pesquisadores da UFJF à Prefeitura, orçado em cerca de R$ 20 milhões, depende da captação de recursos junto ao Governo federal para que possa ser posto em prática. Os vereadores Chico Evangelista (PP) e Wanderson Castelar (PT), proponentes da reunião, sugeriram que documento solicitando agilidade na confecção de um projeto para pleito de verba seja encaminhado à Secretaria de Obras.

Representando os moradores do local, Renata Moraes lembrou que a comunidade passa o período chuvoso atenta ao nível do Rio Paraibuna e do Córrego Humaitá, que corta o bairro. O presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Industrial, José Chaves Júnior, destacou que o problema é mais grave na Rua Henrique Simões, mas afeta o patrimônio e a saúde física e psicológica de toda a região. “Existe a enchente que nos obriga a levantar os móveis, e existe e enchente que esperamos chegar e que nos impede de dormir enquanto não vem. É essa que arrasa qualquer ser humano.”

Segundo o diretor do Departamento de Articulação e Integração de Políticas Setoriais da SPDE, Heber de Souza Lima, a Zona Norte foi priorizada no Plano de Drenagem Urbana por ser a que apresenta situação mais crítica na cidade. “Devido à crescente impermeabilização dos solos, decorrente da construção civil, a água tem chegado muito rápido às regiões mais baixas, provocando as inundações”, expôs.

Em entrevista à Tribuna, o coordenador do projeto, Fabiano César Tosetti Leal, professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFJF, explicou que foram estudadas as manchas de inundação e as áreas passíveis de enchentes, dependendo da intensidade das chuvas, e oferecidas algumas propostas. Entre as intervenções estruturais e não estruturais indicadas está a construção de bacias de detenção e bacias de infiltração, que retêm a água da chuva e a libera lentamente, para que escoe com mais facilidade e não haja inundação.

Fonte: Tribuna de Minas, 28.3.2012