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Risco de epidemia de dengue em Juiz de Fora

Os resultados do primeiro Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypyti (Liraa) revelam um quadro preocupante em Juiz de Fora. Depois de um ano com redução significativa de casos de dengue, a cidade mais uma vez corre risco de viver uma epidemia da doença. O índice de infestação foi de 7,56%, quando o patamar considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 1%. “Estamos nos preparando para o pior”, reconheceu o secretário de Saúde, José Laerte Barbosa. Segundo ele, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) e o Hospital Regional João Penido, no Grama, devem ser preparados para atender a um possível surto. “Se a situação se agravar, vamos recorrer à Secretaria de Estado de Saúde.”

Em 2011, a cidade registrou 2.580 casos de dengue, com infestação de 6,4% no Liraa de janeiro. Já no ano passado, a cidade teve apenas 48 diagnósticos positivos da doença, e o primeiro levantamento apontou infestação de 3,11%. Apesar de a pesquisa realizada entre os dias 7 e 16 deste mês apontar infestação elevada, neste mês, a cidade registrou somente seis notificações da doença, contra 223 em janeiro de 2012. “Isso significa que temos muitos mosquitos pela cidade, mas nem todos estão infectados”, explicou José Laerte. Segundo ele, a intenção da pasta é evitar que os mosquitos sejam infectados, o que acontece quando eles picam uma pessoa com dengue. A maioria dos focos encontrados pelos agentes de endemia estava dentro das casas, em garrafas, latas e vasos de plantas.

Entre as orientações da PJF para evitar a disseminação da doença está a notificação de casos contraídos em outros município à Vigilância Epidemiológica. Já as equipes de saúde devem comunicar todos os casos suspeitos de infecção. As antigas Batalhas regionais, agora chamadas de Força saúde, terão tratamento dos focos de dengue, o que não acontecia anteriormente.

Segundo o secretario de Saúde, foram visitadas 6840 imóveis, 956 a mais do que o previsto. Também ficou comprovado que não existe na cidade a dengue do tipo 4. José Laerte acrescentou que o índice de infestação ainda pode sofrer variação, já que, até ontem, nem todos os dados puderam ser lançados no sistema do Ministério da Saúde que calcula os resultados.

Fonte: Tribuna de Minas, 18.1.2013