Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) descobriu que a maioria das empresas brasileiras pretende contratar mais funcionários nos próximos anos. As vagas abertas revelam quais são as profissões do futuro.
Os olhos examinam os equipamentos industriais. Mas enxergam os caminhos que podem se abrir com o curso de tecnologia em petróleo e gás. “Eu era da área da saúde e estou indo para o petróleo, por causa da oportunidade do mercado de trabalho”, revela Valdir Francisco dos Santos, aluno do curso técnico. “Mudei em virtude dessa grande ascensão do pré-sal no Brasil, que está na moda”, diz outro aluno.
Os laboratórios são salas de aula. Qualificam os profissionais para ocupar vagas em um mercado de trabalho que não para de crescer. Uma pesquisa feita em 402 indústrias de todo o Brasil revelou as nove profissões do futuro. Todas elas têm ligação com engenharia, automação e conhecimentos de informática:
– supervisor de produção em indústria de transformação de plástico;
– engenheiro de petróleo;
– técnico em sistema de informação;
– trabalhador de superfície de metais;
– engenheiro de mobilidade;
– técnico em mecatrônica;
– biotecnologista;
– engenheiro ambiental e sanitário;
– desenhista técnico em eletricidade, eletrônica e eletromecânica.
“A perspectiva é mais positiva na área de produção, mas na área de gestão também está bastante intensa”, avalia Hilda Alves, gerente de pesquisas da Firjan. Essa projeção de crescimento traçada pelas empresas é um cenário que deve se estender até 2020, segundo a pesquisa.
Mas esse panorama positivo tem um preço. Para cuidar de toda essa automação, tecnologia e competitividade, o setor industrial nunca esteve tão exigente quanto agora em relação à preparação e qualificação desses profissionais. “A gente vai ter uma trajetória de crescimento construída em cima dessas novas oportunidades dessa grande demanda de mão de obra qualificada que o mercado vai continuar colocando”, afirma Daniel Moczydlower, presidente de empresa.
Fonte: Jornal Nacional, 5.3.2012