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Apresentação – Fundo Odilon Braga

Negativo de foto em vidro. Fonte: fundo Odilon Braga

Negativo de foto em vidro. Fonte: fundo Odilon Braga

Odilon Duarte Braga nasceu em Guarani (MG) em 2 agosto de 1894 e faleceu  em 11 de outubro de 1958. Era filho de Tertuliano da Silva Braga, negociante, e de Maria Carlota Duarte Braga. Casou-se com Irene Murgel Braga, com quem teve os seguintes filhos: Maria Carmen, Silvia, Raul, Lúcia, Célia, Paulo.

Iniciou seus estudos em Guarani. Mais tarde transferiu-se para o Instituto Granbery, em Juiz de Fora. E, finalmente, estudou na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais no ano de 1916.

Odilon Braga iniciou sua carreira de advogado em Ubá (MG)  em 1917. A partir de 1918, ocupou cargos na administração pública estadual e federal e iniciou carreira política tendo sido eleito vereador, deputado estadual e federal. Foi Assistente Civil do Comando Geral da Revolução em Minas, em 1930. Foi Ministro de Estado dos Negócios da Agricultura no período de 1934 a 1937, cargo ao qual renunciou, segundo ele próprio, “para não participar do Golpe do Estado Novo”. Foi redator e signatário do Manifesto dos Mineiros em 1943. Odilon Braga foi membro-fundador e Presidente da União Democrática Nacional (UDN) pela qual concorreu na chapa do Brigadeiro Eduardo Gomes à Vice-Presidência da República em 1950.

Carta de Monteiro Lobato a Getúlio Vargas, 1935. Fonte: fundo Odilon Braga

Carta de Monteiro Lobato a Getúlio Vargas, 1935. Fonte: fundo Odilon Braga

Além de ocupar postos políticos, exerceu atividades como Advogado e Consultor Jurídico do Banco do Brasil, Diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais; Delegado pelo Brasil na Comissão Mista Brasil – OIR (Organização Internacional de Refugiados), Representante do Brasil na Comissão de Reparações de Guerra, Presidente e Redator da Comissão do Anteprojeto da Legislação do Petróleo, Diretor da Companhia Ultragás S.A.; foi membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); do Instituto dos Advogados do Brasil; da Associação Brasileira de Educação (ABE), da qual foi presidente; da Sociedade Amigos da América e do Pen Club do Brasil.

 Colaborou com artigos para os jornais “O Granbery”e “Diário Mercantil”de Juiz de Fora, “A  Justiça” de Rio Pomba (MG) e “Folha do Povo”de Ubá. E  foi autor  de diversas obras.

O fundo é composto por fotografias, impressos, correspondências, manuscritos, cartas, telegramas, cartões, recortes de jornais e diversos tipos de documentos. Também conta com uma biblioteca

O fundo possui anotações feitas por Odilon Braga acerca de:

– assuntos diversos como a obra de Alberto Torres, organização de trabalhadores, serviços públicos;

– economia como bancos e código de águas e eletricidade, cooperativismo, crédito, petróleo, propriedade pública e privada;

– educação como decretos, estatísticas, reformas, Conferência de Juristas de Genebra;

– questões jurídicas como conferência Nacional de Juristas, direito administrativo, comercial, econômico, individual e internacional, estradas de ferro, Poder Legislativo;

– política como administração pública, autoridade, constituição, crise constitucional, democracia, economia e política, eleições, Estado, parlamento, partidos, política e religião, sociologia política, tarifas, tecnocracia e tecnologia.

Relativos à sua atuação na Câmara dos Deputados possui:

– anotações de Odilon Braga;

– documentos de comissões (energia elétrica, Usina Hidrelétrica de Furnas, legislação sobre energia elétrica, finanças, navegação aérea, interdição da sede da União Nacional dos Estudantes, Plano Salte);

– projetos de lei que tratam de, entre outros temas, energia elétrica, petróleo, Rede Ferroviária   Federal  Sociedade Anônima.

O fundo possui ainda documentos relativos aos Ministérios da Agricultura, da Justiça e Negócios Interiores e outros, à Presidência da República, a órgãos públicos federais e estaduais e à Revolução de 1930 em Minas Gerais.