Os governos brasileiros disponibilizaram um grande volume de verbas para obras civis nos últimos anos, principalmente para as construções relacionadas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Devido à complexidade de monitoramento e controle durante a execução desses empreendimentos, as questões relativas à segurança do trabalho, muitas vezes, são comprometidas.
Wellington Coutinho da Silva, engenheiro civil da PROINFRA. (Foto: Jaime Ulisses)
Um estudo realizado pelo engenheiro civil Wellington Coutinho da Silva, Coordenador de Projetos e Obras da Pró-reitoria de Infraestrutura e Gestão (PROINFRA) da UFJF, destacou a eficiência e a eficácia da aplicação de procedimentos de controle da gestão de segurança do trabalho em uma obra pública. A dissertação foi apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de mestre no Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora, em 2015.
A pesquisa foi desenvolvida na obra de ampliação do Hospital Universitário (HU) da UFJF – Unidade Dom Bosco – no período de junho de 2013 a junho de 2015. O empreendimento prevê a construção de mais nove blocos e a disponibilização de 342 novos leitos.
Parte da obra de ampliação do HU/UFJF – Unidade Dom Bosco. (Foto: Géssica Leine)
O pesquisador realizou um estudo exploratório com o intuito de identificar boas práticas e desvios relacionados à segurança do trabalho em vários segmentos desde o início da obra. Em um segundo momento, para garantir a eficácia e a eficiência do controle da gestão de segurança do trabalho, Wellington usou como ferramentas a análise preliminar de riscos (APR) – inclusive para liberação do serviço, avaliações mensais e reuniões operacionais com outros servidores encarregados de monitorar o risco de acidentes.
Wellington destaca a importância de unir produtividade e segurança. “O cumprimento da legislação é apenas o passo inicial para a redução drástica das altas perdas econômicas e humanas decorrentes dos acidentes. As empresas devem ter a cultura de que a segurança pode ser vantajosa economicamente em parceria com a produção”, explica o engenheiro. “Deve existir a cultura de que mais importante que terminar o empreendimento é terminar o mesmo sem acidentes”, complementa o autor da pesquisa.
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